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terça-feira, 20 de agosto de 2013
Técnica utiliza nanopartículas para entregar medicamentos dentro do olho
Droga com revestimento de liberação programada trata a degeneração macular por mais tempo e de forma mais segura.
Engenheiros biomédicos da Johns Hopkins University, nos EUA, desenvolveram uma nova estratégia para a entrega de droga a pacientes com um tipo de perda de visão central causada pelo crescimento dos vasos sanguíneos na parte posterior do olho, onde esse crescimento não deve ocorrer.
Além de testar um novo medicamento eficaz que para o crescimento de vasos, a equipe criou um revestimento biodegradável para o medicamento a fim de mantê-lo no olho por mais tempo.
Se mostrado eficaz em humanos, os engenheiros acreditam que o tratamento pode significar apenas duas ou três picadas de agulha no olho por ano, em vez das injeções mensais que são o padrão atual de tratamento.
A nova droga, com seu revestimento de liberação programada, foi testada em camundongos com alterações semelhantes às vividas por pessoas com degeneração macular relacionada à idade, ou AMD "úmida".
"Se você perde a visão central, você não pode dirigir um carro e você não pode ver seus netos. Você está disposto a fazer o que for preciso para manter a sua visão. Esperamos que o nosso sistema possa funcionar em pessoas, e torne os tratamentos menos invasivos e muito menos frequentes e, portanto, mais fácil de serem cumpridos e mais seguros", afirma o pesquisador Jordan Green.
Atualmente, os doentes de AMD úmida são tratados com injeções frequentes (tão frequentemente quanto uma vez por mês) dentro do olho de um medicamento que bloqueia um dos principais estimuladores do crescimento anormal de vasos sanguíneos. "Os pacientes recebem agentes antibacterianos e analgésicos localizados e, em seguida, uma agulha muito fina é passada através do branco do olho dentro da cavidade central, onde o medicamento é injetado. Não é doloroso, mas não é algo que os pacientes não apreciam. As visitas frequentes para injeções são um fardo e cada injeção traz um pequeno risco de infecção, por isso um dos nossos objetivos é encontrar novas abordagens que permitam menos consultas e injeções", afirmam os autores.
Green e seus colegas descobriram a nova droga, um pequeno pedaço de proteína que bloqueia o crescimento dos vasos sanguíneos indesejados.
Quando o grupo testou o medicamento sobre células cultivadas em laboratório, eles descobriram que ele matou as células dos vasos sanguíneos e impediu o crescimento de novos vasos sanguíneos. O mesmo efeito foi encontrado quando a droga foi injetada nos olhos de ratos com vasos sanguíneos anormais, como aqueles vistos em AMD úmida, mas, como acontece com o tratamento padrão atual, a droga foi eficaz apenas por cerca de quatro semanas.
A solução da equipe foi retardar a liberação e o esgotamento da droga, cobrindo-a de revestimentos biodegradáveis não tóxicos. Primeiro eles criaram "nanopartículas", pequenas esferas pequenas cheias de droga. Quando as esferas foram colocadas em um ambiente aquoso, a água quebrou progressivamente o revestimento e o medicamento foi liberado um pouco de cada vez.
Para maximizar esse efeito, a equipe criou esferas maiores, chamadas de micropartículas, preenchidas com cerca de uma centena de nanopartículas, e unidas por outro tipo de "cola" biodegradável.
Em teste das micropartículas em ratos, a equipe descobriu que a droga persistiu em seus olhos por pelo menos 14 semanas, três vezes mais que o tratamento atual. Green diz que os tratamentos podem durar mais tempo em humanos do que em ratos, mas os ensaios clínicos não começarão antes de mais testes em outros animais.
Fonte: Isaude.net
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Imagem da retina detecta pacientes mais propensos a sofrer derrame
Fotografia do olho revela informações sobre o estado dos vasos sanguíneos no cérebro de pessoas hipertensas.
A imagem da retina pode ajudar os médicos a avaliar se uma pessoa está mais propensa a desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC). É o que revela estudo publicado pela American Heart Association.
Os resultados demonstram que a retina fornece informações sobre o estado dos vasos sanguíneos no cérebro.
De acordo com o líder da pesquisa, Mohammad Kamran Ikram, do Singapore Eye Research Institute, a imagem da retina é uma forma não invasiva e barata de examinar os vasos sanguíneos.
Em todo o mundo, a hipertensão arterial é o fator de risco mais importante para o AVC. No entanto, ainda não é possível prever quais os pacientes hipertensos têm maior probabilidade de desenvolver um acidente vascular cerebral.
Os pesquisadores acompanharam a ocorrência de AVC por uma média de 13 anos em 2.907 pacientes com pressão arterial elevada, que não tinham sofrido um acidente vascular cerebral.
Cada paciente teve fotografias tiradas da retina, a camada sensível à luz na parte de trás do globo ocular. Danos aos vasos sanguíneos da retina atribuídos à hipertensão, chamado retinopatia hipertensiva, evidentes nas fotografias foram classificados como nenhum, leves ou moderados / graves.
Durante o acompanhamento, 146 participantes sofreram um derrame causado por um coágulo de sangue e 15 por hemorragia no cérebro.
Pesquisadores ajustaram para vários fatores de risco para AVC, como idade, sexo, raça, níveis de colesterol, glicemia, índice de massa corporal, tabagismo e leituras de pressão sanguínea. Eles descobriram que o risco de acidente vascular cerebral foi 35% maior em pessoas com retinopatia hipertensiva leve e 137% maior em pessoas com retinopatia hipertensiva moderada ou grave.
Mesmo em pacientes sob medicação e que alcançaram um bom controle da pressão arterial, o risco de um coágulo de sangue foi 96% maior em pessoas com retinopatia hipertensiva leve e 198% maior em pessoas com retinopatia hipertensiva moderada ou grave.
"É muito cedo para recomendar mudanças na prática clínica. Outros estudos são necessários para confirmar nossos resultados e analisar se a imagem da retina pode ser útil para fornecer informações adicionais sobre o risco de AVC em pessoas com pressão arterial elevada", afirma Ikram.
fonte:Isaude.net
Especialistas querem medidas de proteção contra radiações na medicina
AIEA aponta que cerca de 10 milhões de pessoas recebem diagnóstico terapêutico ou médico com intervenções que envolvem radiações.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) defendeu novas medidas para proteger pacientes de todo o mundo das radiações na medicina.
De acordo com a agência, diariamente, cerca de 10 milhões de pessoas recebem diagnóstico terapêutico ou intervenções que envolvem o uso de radiações.
A medicina é tida como o setor que expõe o maior número de trabalhadores aos efeitos das radiações, se comparada aos demais campos profissionais.
Apesar se considerar que grande parte dos procedimentos médicos com radiação ionizante é feita com de forma segura e justificável, a preocupação surge com aumento dos casos sem nenhuma justificativa sob o ponto de vista médico ou de segurança.
Uma conferência internacional organizada na cidade alemã de Bona debateu a proteção contra as radiações.
Nas vésperas Conferência da AIEA foi lançada a "Chamada para a Ação de Bona", que destaca as projeções contra radiações na medicina.
Com informações da ONU
Fonte: Isaude.net
Tecnologia monitora quantidade de radiação na pele durante terapia anticâncer
Dispositivo reduz doses em excesso e tem potencial para tornar radioterapia mais segura e eficaz, em especial para crianças.
Pesquisadores da Universidade de Wollongong, na Austrália, desenvolveram uma nova tecnologia que torna o tratamento do câncer mais seguro e eficaz, especialmente em crianças.
O novo dispositivo, conhecido como Moskin, detecta a quantidade de radiação à qual os pacientes são expostos durante a radioterapia, e em tempo real.
Com cerca de dois terços dos pacientes com câncer submetidos a radioterapia durante a doença, o inventor da tecnologia, Anatoly Rozenfeld, afirma que é imperativo garantir a segurança e o sucesso do tratamento.
"Enquanto a radioterapia contemporânea é muito precisa, a garantia de qualidade durante a entrega do tratamento é de suma importância porque overdoses de radiação podem induzir efeitos colaterais crônicos ou agudos, tais como eritema cutâneo", ressalta Rozenfeld.
De acordo com os pesquisadores, Moskin monitora a quantidade de radiação que a pele recebe e, portanto, estes efeitos colaterais podem ser mais estritamente controlados.
Ao monitorar medições de dose na pele, em tempo real, a tecnologia melhora as técnicas para minimizar as doses em excesso, que são de especial preocupação nas crianças.
"Essa tecnologia foi desenvolvida ao longo de 10 anos de pesquisa, e temos recebido resultados de testes científicos e clínicos muito positivos", conclui Rozenfeld.
Fonte: Isaude.net
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