quinta-feira, 6 de junho de 2013

Uso prolongado de anti-inflamatórios aumenta risco de ataques cardíacos Pesquisa internacional reuniu resultados de 639 estudos aleatórios envolvendo mais de 350 mil pessoas. O uso prolongado de alguns anti-inflamatórios analgésicos aumenta o risco de ataques cardíacos. A afirmação é de estudo internacional liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford no Reino Unido. Segundo a pesquisa, altas doses de diclofenaco e o ibuprofeno, classe de analgésicos denominados anti-inflamatórios não-esteróides (NSAIDs), aumentaram o risco de ataques cardíacos, Acidente Vascular Cerebral ou morte por doença cardiovascular. "A pesquisa mostra que o uso de doses elevadas destes medicamentos causa cerca de 3 ataques cardíacos a mais a cada 1000 pacientes tratados, um dos quais seria fatal, afirma Colin Baigent, da Unidade de Serviço de Ensaio Clínico de Oxford e líder do estudo. "Gostaríamos de enfatizar que os riscos são principalmente relevantes para as pessoas com artrite que precisam tomar doses elevadas durante um longo período. O uso de baixas doses de comprimidos comprados sem receita médica, por exemplo, para uma dor muscular, não causa este tipo de risco," afirmou o pesquisador. Os pesquisadores reuniram resultados de 639 estudos aleatórios envolvendo mais de 350 mil pessoas. A disponibilidade de dados detalhados permitiu prever com precisão o aumento do risco de ataques cardíacos e úlcera hemorragia em determinados tipos de pacientes. Somente na Inglaterra, em 2010, havia 17 milhões de prescrições de NSAIDs, com cerca 30% de diclofenaco, 30% de ibuprofeno, e 15% de naproxeno. Os NSAIDs são mais utilizados para o alívio da dor de propriedades anti-inflamatórias em pacientes com osteoartrite ou artrite reumatóide. Naproxeno A pesquisa apontou, ainda, que outro medicamento utilizado com a mesma finalidade não " pareceu" aumentar o risco de ataques cardíacos. De acordo com os pesquisadores, estas características podem dar ao naproxeno condições de atuar para o equilíbrio dos risco adicional de ataques cardíacos, mas ainda tem seus efeitos colaterais. Para Alan Silman, diretor médico da " Arthritis Research UK" , "os NSAIDs são uma tábua de salvação para muitos milhões de pessoas com artrite, e, quando utilizados de forma adequada, podem ser extremamente eficazes no alívio da dor. No entanto, devido aos seus potenciais efeitos secundários, principalmente o aumento do risco de complicações cardiovasculares, existe uma necessidade urgente de encontrar alternativas que mesmo não sendo tão eficazes, sejam mais seguras. "Para pacientes com artrite, não fumar, uma dieta saudável e ter sua pressão arterial verificada regularmente são fatores mais importantes na redução do risco de um ataque cardíaco. Aconselhamos às pessoas com artrite que tomam NSAIDs a não se preocuparem excessivamente com estas últimas descobertas e a buscar o aconselhamento de seu médico," completa Silman. Fonte: Isaude.net
Equipe cria técnica não invasiva que permite manipular a memória Método pode substituir medicamentos usados no tratamento de condições como transtorno de estresse pós-traumático. Comentar tamanho da letra A- A+ Foto: Iowa State University Jason Chan usa clipes de vídeo para testar a recuperação da memória no laboratório. Jason Chan usa clipes de vídeo para testar a recuperação da memória no laboratório. Uma série de estudos realizados por pesquisadores da Universidade de Iowa, nos EUA, revelou que é possível manipular a memória existente simplesmente sugerindo informações novas ou diferentes. Técnica não invasiva de manipular a memória pode substituir medicamentos, que muitas vezes têm efeitos colaterais, no tratamento de condições como transtorno de estresse pós-traumático. "Se você reativar uma memória recuperando-a, essa memória torna-se suscetível a mudanças novamente. E se nesse momento você fornecer às pessoas novas informações contraditórias, isso pode tornar a memória original muito mais difícil de ser recuperada depois", observa o pesquisador Jason Chan. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Uma das principais conclusões dos estudos é o impacto sobre a memória declarativa, memória que pode ser conscientemente lembrada e verbalmente descrita, como o que você fez na semana passada. Os efeitos são poderosos porque as pessoas estão recuperando a memória e, em seguida, incorporando novas informações. Chan e a pesquisadora Jessica LaPaglia testaram o impacto de novas informações quando apresentadas em diferentes intervalos de tempo após a recuperação da memória original. Se a nova informação é inserida de imediato, a memória pode ser alterada. No entanto, não houve qualquer efeito sobre a memória original quando a informação foi apresentada após 48 horas. Segundo Chan, com base em outros estudos, parece que há uma janela de seis horas antes de a memória ser reconsolidada após a recordação e não poder ser alterada. "Durante esse período de reconsolidação é quando a memória é fácil de ser alterada. Uma vez que a janela se fecha e a memória se torna estável novamente, se você receber nova informação, ela não deve interferir com a memória original", afirma Chan. Impacto fora de um ambiente experimental Para os estudos, os participantes assistiram a um episódio de 40 minutos do programa de TV "24 Horas", no qual um terrorista usa uma agulha hipodérmica para atacar uma aeromoça. Eles foram, então, testados para reativar a memória do programa. Após o teste, os participantes ouviram uma recapitulação de áudio que incluiu detalhes diferentes, tais como o terrorista usando uma arma de choque em vez de uma agulha. De acordo com Chan, os participantes tiveram dificuldade em lembrar a agulha quando perguntados sobre isso em um teste, mas apenas se eles tivessem recordado da agulha antes de ouvir sobre a arma de choque. A equipe acredita que a pesquisa fornece uma melhor compreensão de como processar novas informações que são aprendidas no trabalho ou na escola. Isso pode afetar o modo como os alunos se lembram do material para um exame. Em estudos futuros, Chan e seus colegas planejam identificar formas para a utilização desta técnica não invasiva de manipular a memória em vez de usar medicamentos que muitas vezes têm efeitos colaterais em casos de transtorno de estresse pós-traumático, por exemplo. Chan afirma que o método pode ser direcionado a memórias indesejáveis específicas, preservando outras que são menos traumáticas. Fonte: Isaude.net
Médicos implantam vaso sanguíneo artificial no braço de paciente humano Procedimento pioneiro nos EUA foi realizado em um homem de 62 anos de idade que sofre de insuficiência renal. Médicos do Duke University Hospital implantaram, pela primeira vez nos EUA, um vaso sanguíneo criado em laboratório no braço de um paciente humano com doença renal em estágio final. O primeiro paciente a receber o implante foi um homem de 62 anos de idade, de Danville, Virgínia, que tem insuficiência renal. Ele recebeu o enxerto de veia em um procedimento de duas horas no dia 5 de junho de 2013. O procedimento, primeiro ensaio clínico dos EUA para testar a segurança e a eficácia do vaso sanguíneo criado por meio da bioengenharia, é um marco no campo da engenharia de tecidos. O vaso sanguíneo foi criado com base em células humanas doadas, sem propriedades biológicas que causem a rejeição. Em testes pré-clínicos, as veias tiveram desempenho melhor do que outros implantes sintéticos e de origem animal. A Food and Drug Administration dos EUA (FDA) aprovou, recentemente, um estudo fase 1, envolvendo 20 pacientes em diálise nos Estados Unidos. O julgamento inicial concentra-se em implantar os vasos sanguíneos em um local de fácil acesso nos braços de pacientes renais em hemodiálise. Mais de 350 mil pessoas nos Estados Unidos requerem hemodiálise, que muitas vezes necessita de um enxerto para ligar uma artéria a uma veia para agilizar o fluxo de sangue durante os tratamentos. As opções atuais têm desvantagens. Enxertos vasculares sintéticos são propensas à coagulação, levando a frequentes hospitalizações. Se as veias criadas por meio da bioengenharia forem benéficas para pacientes de hemodiálise, em última análise, os pesquisadores pretendem desenvolver um enxerto prontamente disponível e durável para as cirurgias de ponte de safena e para o tratamento de vasos sanguíneos bloqueados nos membros. Inicialmente, os investigadores tentaram desenvolver veias utilizando as próprias células de uma pessoa para crescer em andaime, reduzindo o risco de que o corpo do paciente rejeite o tecido implantado. Mas cultivar veias personalizadas levou muito tempo e descartou a produção em massa, de modo que os pesquisadores mudaram de rumo para desenvolver um produto universal. Eles utilizaram, então, tecido humano doado. "Quando implantados em animais, os enxertos de veia efetivamente adotaram as propriedades celulares de um vaso sanguíneo. Eles não apenas evitaram a rejeição, mas tornaram-se indistinguíveis dos tecidos vivos conforme as células cresceram no implante", observa a pesquisadora Laura Niklason. Segundo os pesquisadores, o enxerto é funcionalmente ativo. "Nós não saberemos, até testá-lo, se ele funciona dessa maneira nos seres humanos, mas sabemos a partir dos modelos animais que o sangue flui através dos vasos sanguíneos e têm as propriedades naturais que mantêm as células sanguíneas saudáveis", afirma Jeffrey H. Lawson, que ajudou a desenvolver o vaso sanguíneo. Fonte: Isaude.net
Equipe internacional afirma ter descoberto origem do câncer de mama Tumores se originam a partir de disfunção nos telômeros localizados nas glândulas mamárias que pode produzir células malignas. Cientistas da Indiana University, nos EUA e do Terry Fox Laboratory, British Columbia Cancer Agency, no Canadá, afirmam ter descoberto a origem do câncer de mama. A pesquisa revela que os tumores da mama nascem a partir de uma disfunção dos telômeros localizados nas glândulas mamárias que pode levar à produção de células malignas. Os resultados foram publicados na revista Stem Cell Reports. A equipe, liderada por David Gilley e Connie Eaves, demonstrou que todas as mulheres, propensas ou não a desenvolver câncer de mama, têm uma classe particular de com telômeros, estruturas que formam as extremidades do cromossomo, muito curtos, independente da idade. Os telômeros são essenciais para a integridade genômica, mas pouco se sabe sobre sua regulamentação na glândula mamária humana normal. Segundo os pesquisadores, estes cromossomos com extremidades bem curtas, fazem com que as células fiquem mais propensas a sofrer mutações que podem desenvolver o câncer. Eles demonstram que os telômeros cronicamente disfuncionais têm implicações potencialmente importantes para o desenvolvimento de certos tipos de câncer de mama. Todas as mulheres terem células com telômeros bem curtos, no entanto, nem todas desenvolvem câncer de mama. A equipe explica que, em alguns casos, a multiplicação dessas células pode funcionar mal e produzir uma célula maligna. O novo estudo permite aos cientistas entender o que está por trás do início do câncer de mama e estabelecer marcadores que possam auxiliar a detecção precoce da doença a partir de amostras de tecidos e sangue. Fonte: Isaude.net
Ressonância magnética pode diagnosticar doenças mentais com 70% de precisão Exame não invasivo do cérebro conseguiu diferenciar corretamente pacientes com transtorno bipolar de indivíduos saudáveis. Estudo pioneiro realizado por pesquisadores do The Mount Sinai Medical Center, nos EUA, mostrou que o exame de ressonância magnética pode ser uma maneira eficaz para diagnosticar doenças mentais, como o transtorno bipolar. Em um estudo de referência utilizando técnicas avançadas, os pesquisadores conseguiram distinguir corretamente pacientes bipolares de indivíduos saudáveis com base apenas nos exames do cérebro. Atualmente, a maioria das doenças mentais é diagnosticada com base apenas em sintomas, criando uma necessidade urgente de novas abordagens para o diagnóstico. Na perturbação bipolar, pode haver um atraso significativo no diagnóstico devido à apresentação clínica complexa da doença. No atual estudo, Sophia Frangou e seus colegas decidiram explorar se as imagens do cérebro poderiam ajudar a identificar corretamente os pacientes com transtorno bipolar. "O transtorno bipolar afeta a capacidade dos pacientes para regular suas emoções com sucesso, o que os coloca em grande desvantagem em suas vidas. A situação é agravada pelos longos atrasos, às vezes de até 10 anos, no diagnóstico correto. O transtorno bipolar pode ser facilmente confundido com outras doenças, como depressão ou esquizofrenia", afirma Frangou. Frangou e sua equipe usaram a ressonância magnética para mapear o cérebro de pessoas com transtorno bipolar e de indivíduos saudáveis. Utilizando modelos computacionais avançados, eles conseguiram separar corretamente as pessoas com a doença de indivíduos saudáveis com 73% de precisão usando seus exames de imagem sozinhos. Eles replicaram a descoberta em um grupo separado de pacientes e indivíduos saudáveis e encontraram uma taxa de precisão de 72%. "O nível de precisão que conseguimos é comparável ao de muitos outros testes utilizados na medicina. Além disso, a digitalização do cérebro é muito aceitável para os pacientes já que a maioria das pessoas considera que este é um teste de diagnóstico de rotina", concluem os pesquisadores. Fonte: Isaude.net