quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nanotecnologia

A nanotecnologia que cria borboletas e flores
A confirmação da existência das borboletas de Hofstadter pode abrir a porta para a descoberta de propriedades elétricas completamente desconhecidas nos materiais. [Imagem: The University of Manchester] Borboleta de Hofstadter Nem sempre o resultado de um trabalho denso e complicado de física precisa abrir mão da beleza nos resultados. Acaba de ser comprovada experimentalmente a existência de um efeito conhecido como Borboleta de Hofstadter. O fenômeno, um complexo padrão nos estados de energia dos elétrons, apresenta-se na forma de uma borboleta. Ele já aparecia em vários livros didáticos de física como um conceito teórico da mecânica quântica previsto pelo matemático Douglas Hofstadter, em 1976. Entretanto, ele nunca tinha sido observado diretamente até agora. A confirmação de sua existência, feita com a ajuda do grafeno, pode abrir a porta para a descoberta de propriedades elétricas completamente desconhecidas nos materiais. "Estamos agora à beira de uma fronteira completamente nova em termos de explorar as propriedades de um sistema, algo que não era possível antes," disse o professor Cory Dean, membro de uma das equipes que comprovaram a existência das borboletas de Hofstadter. "A capacidade de gerar esse efeito poderia ser explorada para criar novos dispositivos eletrônicos e optoeletrônicos." Nada menos do que três grupos internacionais de pesquisadores publicaram simultaneamente resultados similares sobre as borboletas nanotecnológicas. A nanotecnologia que cria borboletas e flores As esculturas curvilíneas e delicadas não lembram em nada as formas cúbicas ou irregulares dos cristais - mas é isso o que elas são: flores de cristais. [Imagem: Wim L. Noorduin, Harvard University] Flores de cristais
Manipulando gradientes químicos em um frasco de laboratório, Wim Noorduin e seus colegas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criaram cristais em formato de flor. As esculturas minúsculas, curvilíneas e delicadas, não lembram em nada as formas cúbicas ou irregulares normalmente associadas com os cristais - mas é justamente isso o que elas são, flores de cristais. "Por pelo menos 200 anos, as pessoas têm-se intrigado acerca de como formas complexas poderiam ter evoluído na natureza. Este trabalho ajuda a demonstrar o que é possível fazer apenas com alterações químicas ambientais," disse Noorduin. Na verdade, ele apenas ajustou os parâmetros dos fluidos no interior dos frascos, e os cristais cresceram de forma autônoma, um autêntico design inteligente deixando que as forças da natureza atuassem. "Nossa abordagem é estudar sistemas biológicos, pensar o que eles podem fazer e o que não podem, e, em seguida, usar essas abordagens para otimizar tecnologias existentes ou criar novas tecnologias," disse a professora Joanna Aizenberg, orientadora do estudo, ela própria autora de outros trabalhos unindo beleza e nanotecnologia.

Radiação de calor em nanoescala desafia Lei de Planck

Radiação de calor em nanoescala desafia Lei de Planck
Onda de calor A Física está decididamente sendo invadida por uma "onda de calor" - mais especificamente, sobre mudanças radicais na forma como a ciência compreende e interpreta o calor. Depois de uma proposta inusitada para marcar o tempo pelo calor, demonstrou-se que o calor pode ser manipulado como se fosse luz, usando lentes e espelhos. Mas as duas novidades mais radicais vieram com a demonstração, feita por equipes separadas, de que a energia pode ser transportada diretamente do frio para o calor e que, em escala atômica, o calor se concentra e não aquece todos os lugares. Agora, Christian Wuttke e Arno Rauschenbeutel, da Universidade de Tecnologia de Viena, na Áustria, fizeram uma descoberta ainda mais surpreendente, que mexe com um dos pilares da física, a chamada Lei de Planck, ou "lei da radiação dos corpos negros". Lei de Planck Em 1900, o físico Max Planck estruturou uma fórmula que descreve a radiação de calor dos corpos como uma função da sua temperatura, estabelecendo as bases para a física quântica. Sua teoria descreve a radiação de uma ampla variedade de objetos, da luz emitida pelas estrelas até a cor de uma bijuteria brilhante, passando pela invisível radiação de calor, que pode ser registrada com câmeras de infravermelho. Mas, embora a teoria possa ser aplicada a muitos sistemas diferentes, o próprio Planck já sabia que ela não era universal e teria que ser substituída por uma teoria mais geral quando objetos muito pequenos fossem envolvidos. Esses objetos muito pequenos começaram a ser envolvidos de fato nas pesquisas com o desenvolvimento das nanociências e com a criação das ferramentas para a nanotecnologia. Em 2009, por exemplo, Sheng Shen e seus colegas do MIT demonstraram que, quando dois objetos muito pequenos ficam próximos o suficiente, abre-se um buraco na Lei de Planck, um fenômeno com possibilidades de aplicação em discos rígidos e na geração de energia termovoltaica: Na distância certa, nanotecnologia fica fora da lei Lei geral da radiação termal Agora, a dupla austríaca trabalhou não com distâncias, mas especificamente com a dimensão das partículas, conforme previsto por Planck. E descobriram que, quando os objetos são menores do que o comprimento de onda da radiação termal, o calor não se irradia da "forma eficiente" verificada nos corpos maiores. Ao verificar isto experimentalmente, os dois cientistas desenvolveram uma teoria mais genérica da radiação termal. E não se trata apenas de uma teoria, a descoberta é importante para o gerenciamento do calor em nanodispositivos - nas dimensões que os processadores de computador estão chegando - e para a ciência dos aerossóis, micropartículas que ficam dispersas na atmosfera e que influenciam o clima. "A radiação térmica de um pedaço de carvão pode ser descrita perfeitamente pela lei de Planck, mas o comportamento das partículas de fuligem na atmosfera só podem ser descritas por uma teoria mais geral, que pudemos agora confirmar em nosso experimento," disse Rauschenbeutel. Impacto dos aerossóis sobre o clima ainda é pouco conhecido Fibras ópticas ultrafinas O experimento consistiu em enviar luz através de fibras ópticas ultrafinas, com um diâmetro de apenas 500 nanômetros. Os pesquisadores então mediram a quantidade de energia óptica que foi convertida em calor e, a seguir, irradiada para o ambiente. "Pudemos mostrar que as fibras levam muito mais tempo para alcançar a temperatura de equilíbrio do que uma simples aplicação da lei de Planck poderia sugerir," disse Rauschenbeutel. "Entretanto, nossos achados estão em perfeito acordo com a teoria mais geral da eletrodinâmica flutuacional, que permite levar a geometria e a dimensão do corpo em consideração," completou o pesquisador. O grupo trabalha com fibras ópticas ultrafinas para transportar informações quânticas. Para isso, é muito importante entender bem o comportamento termal dessas fibras porque qualquer variação no transporte efetivo do calor cria um risco real de que as fibras derretam-se quando os dados são transmitidos. Fonte:Site Inovação Tecnológica

Laser insere gene em células individuais

Transfecção Você certamente já ouviu falar de terapia genética, engenharia genética, animais e plantas geneticamente modificados e etc. Mas você já parou para pensar como é que os pesquisadores manipulam os genes? O termo técnico para a inserção de um gene exógeno em uma célula é transfecção. Há muitos métodos para realizar a transfecção, mas todos tendem a ser complicados e destrutivos, não permitindo um controle preciso sobre a inserção do DNA, obrigando os pesquisadores a destruir um grande número das células até finalmente acertar em uma. Na prática, o que eles fazem é trabalhar com aglomerados de células, selecionando estatisticamente aquelas que devem ter recebido o gene. Transfecção óptica Agora, Muhammad Waleed e seus colegas do Instituto de Ciência e Tecnologia de Gwangju, na Coreia do Sul, usaram luz para criar a técnica mais precisa para inserir DNA nas células disponível até agora. A técnica consiste em usar um laser pulsado para criar nanofuros muito precisos na superfície de uma célula, e, em seguida, enfiar suavemente um pedaço de DNA através do furo usando "pinças ópticas", manipuladores de luz gerados pelo campo eletromagnético de outro laser. A partícula de DNA é colocada sobre a célula, funcionando como guia para o disparo do primeiro laser, que faz o furo bem ao seu lado. A seguir, as pinças ópticas capturam a partícula e enfiam-no pelo furo. "O que é mais fantástico é que tudo isso acontece em uma única célula," comenta o professor Yong-Gu Lee, orientador do estudo. "Até hoje, a transfecção de genes vem sendo realizada em uma grande quantidade de aglomerados de células, e o resultado é calculado como uma média estatística, sem observações em células individuais." Segundo o pesquisador, com a técnica de transfecção óptica, "você pode colocar um gene em uma célula, outro gene numa outra célula, e nenhum gene em uma terceira. Então você pode estudar exatamente como [esse gene] Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br

Grafeno emite pulsos de laser terahertz

Radiação terahertz
Se o grafeno não tivesse nenhuma outra utilidade e nenhuma outra propriedade interessante, esta seria suficiente para colocá-lo em lugar de destaque. O material é capaz de emitir pulsos de raios laser com comprimentos de onda muito longos, na frequência dos terahertz. A emissão direta de radiação terahertz terá amplo uso na ciência e na tecnologia, mas até hoje ninguém conseguiu construir um laser capaz de fazer isso. Isabella Gierz e seus colegas do Instituto Max Planck, na Alemanha, demonstraram que isso pode ser feito com o grafeno. Funcionamento do laser Um laser amplifica a luz gerando várias cópias idênticas dos fótons - clonando os fótons, por assim dizer. O processo de clonagem dos fótons é chamado de emissão estimulada de radiação - LASER é uma sigla para o termo em inglês para Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação. Um fóton faz com que elétrons no material do laser (um gás ou um sólido) passe de um estado de energia mais alto para um estado de energia mais baixo, emitindo um segundo fóton completamente idêntico. Este novo fóton pode, por sua vez, gerar fótons idênticos - o resultado é uma avalanche de fótons clonados. Uma condição para isso é ter mais elétrons no estado de energia mais elevado do que no estado de energia mais baixo - em princípio, todos os semicondutores podem satisfazer este critério. Isabella Gierz descobriu que o mesmo é verdade para o grafeno. Semicondutor sem bandgap A descoberta é surpreendente porque o grafeno não tem uma propriedade semicondutora clássica, chamada bandgap. A bandgap é uma região de estados de energia "proibidos", que separam o estado fundamental dos elétrons de um estado excitado, de maior energia. Sem excesso de energia, o estado excitado acima da bandgap será quase vazio, e o estado fundamental abaixo da bandgap quase completamente preenchido. O efeito avalanche necessário para fazer o laser é conseguido pela chamada "inversão da população", adicionando energia para que os elétrons saltem por essa barreira. No entanto, a banda proibida no grafeno é infinitesimal. "No entanto, os elétrons no grafeno se comportam de forma semelhante às de um semicondutor clássico," ressalta Gierz. Embora pareça um contrassenso, isso significa que o grafeno poderia ser descrito como um "semicondutor de bandgap zero". Devido à ausência de bandgap, a inversão de população no grafeno só dura cerca de 100 femtossegundos - menos de um trilionésimo de segundo. E é justamente aí que está a vantagem. "É por isso que o grafeno não pode ser usado para lasers contínuos, mas potencialmente pode gerar pulsos ultracurtos de laser," esclarece Gierz. O grafeno pode então ser utilizado para amplificar a luz laser com comprimentos de onda muito longos - a radiação terahertz. Largura de banda Até hoje, a radiação terahertz tem sido produzida usando os chamados processos ópticos não lineares, relativamente ineficientes. Além disso, a gama de comprimentos de onda disponível é muitas vezes limitada pelo material não-linear utilizado. O grafeno, por sua vez, pode ser usado para a amplificação de banda larga de comprimentos de onda arbitrariamente longos. Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br

Barata ciborgue

Barata ciborgue: neurocientista do futuro ou psicopata do presente?
Barata ciborgue: neurocientista do futuro ou psicopata do presente? A Backyard Brains diz que o aparelho tem o objetivo de fazer as crianças se interessarem por neurociência, mas o projeto já está obrigando a companhia a se defender de acusações de crueldade. [Imagem: Backyard Brains] Há bastante tempo os cientistas criam insetos ciborgues para estudar a robótica e outros temas. Mas ganhar dinheiro com isso parece ter passado das contas. O neurocientista Greg Gage lançou uma empresa para comercializar uma "mochila eletrônica" que pode ser colocada em uma barata para permitir que os movimentos do inseto sejam controlados por meio de um telefone celular. A ideia não foi bem recebida, embora o "teste de mercado" ainda não tenha sido feito. A Backyard Brains diz que o aparelho tem o objetivo de fazer as crianças se interessarem por neurociência, mas o projeto já está obrigando a companhia a se defender de acusações de crueldade. Antes de receber a mochila, a barata tem que ser preparada. Primeiro, ela é colocada viva em água gelada - que funciona como uma espécie de anestesia. Depois, a cabeça do inseto é lixada para eliminar uma camada de cera. Um conector e eletrodos são então colados no corpo do inseto e uma agulha é usada para fazer um buraco no tórax, para que um fio seja inserido. As antenas da barata são então cortadas para que eletrodos sejam instalados. Um circuito é preso nas costas do inseto. Esse aparato é capaz de receber sinais emitidos por meio de um aplicativo instalado em um telefone celular. O sistema permite ao usuário controlar alguns movimentos da barata, definindo se ela anda para a esquerda ou para a direita. O processo, claro, é irreversível. Polêmica O professor de filosofia da Universidade Queens, Michal Allen, disse que o aparelho vai "encorajar amadores a operar de forma invasiva em organismos vivos" e "encorajar o pensamento de que organismos vivos e complexos são meras máquinas ou ferramentas". A empresa, baseada em Michigan, chegou a receber e-mails dizendo que a "mochila eletrônica" - batizada de Roboroach - "ensina crianças a serem psicopatas". Mas a Backyard Brains diz que 20% da população do mundo em breve terá uma desordem neurológica - enfermidades para as quais ainda não há cura conhecida. As "mochilas eletrônicas" seriam uma forma dos estudantes começarem cedo a analisar o problema. A companhia afirma que a "mochila eletrônica" foi desenvolvida exclusivamente para encorajar as crianças a desenvolver interesse pela neurociência, um conhecimento que precisaria ser melhor lecionado nas escolas. Os aparelhos chegarão ao mercado norte-americano em Novembro a um preço estimado de US$ 99 (R$ 227). Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br

Um novo aparelho de TC expõe os pacientes a menos radiação

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
e fornece imagens mais nítidas para ajudar em diagnósticos, de acordo com pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA A tomografia computadorizada é uma tecnologia que consiste em combinar muitas imagens de raio X tiradas de diferentes ângulos numa visão tridimensional do interior do corpo. A tecnologia pode ser especialmente útil para diagnósticos em situações de emergência, e o número de exames de TC nos últimos anos aumentou drasticamente, afirmou Marcus Chen, operador de imagens cardiovasculares do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue, em Bethesda, Maryland. Mas o maior uso de exames de TC levanta temores sobre a quantidade de radiação à qual os pacientes são expostos, explicou Chen. O risco de desenvolver câncer com a radiação de um exame de TC é baixo, mas o maior número de exames realizados a cada ano – mais de 70 milhões – representa um risco significativo. Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer estimam que os 72 milhões de exames de TC realizados nos EUA em 2007 poderiam levar a 29 mil novos cânceres. Na média, o órgão de um adulto estudado num exame de TC recebe cerca de 15 milisieverts de radiação, sendo que a exposição radioativa por fontes naturais é de aproximadamente 3,1 milisieverts por ano. Essa preocupação levou pesquisadores a buscar maneiras de reduzir a quantidade de exposição radioativa do paciente num exame. Eles estão trabalhando para aprimorar tanto o hardware, para fazer os exames serem mais rápidos e exigirem menos repetições, quanto o software, para processar melhor os dados de raio X. O novo sistema de TC combina diversas melhorias para reduzir a exposição radioativa. A estrutura de um aparelho de TC tem o formato de um grande anel. Um tubo de raios X e um detector giram separadamente no anel, um em frente do outro, e o paciente fica no centro. Raios X passam pelo paciente conforme são entregues pelo tubo e capturados pelos detectores. A nova máquina possui cinco vezes mais detectores do que a maioria das máquinas, significando que uma parte maior de um órgão pode ser capturada num dado momento – reduzindo o número de passagens exigidas pelo leitor. Os componentes de raios X no novo sistema também giram mais rápido – eles precisam de apenas 275 milissegundos para concluir uma rotação, em vez de 350 milissegundos –, e o paciente é irradiado por menos tempo. Em casos onde médicos estejam analisando um órgão em movimento, como o coração, esse giro mais rápido também reduz o número de tentativas para se obter uma boa imagem. "É como ter um filme mais rápido em sua câmera", comparou Chen. Mudanças na forma como o sistema gera os raios X e computa as imagens também significam que o paciente passa menos tempo sendo atingido por radiação. Chen e colegas do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue usaram o sistema para examinar 107 pacientes adultos de diferentes idades e tamanhos em busca de acúmulo de placas e problemas cardiovasculares. O tamanho do paciente importa porque mais raios X são necessários para gerar imagens de uma pessoa maior. "Muitos centros de imagens usam uma configuração para todos os pacientes", afirmou Chen. "Você consegue uma incrível qualidade de imagem para todos, mas a desvantagem é que alguns pacientes recebem mais radiação do que deveriam." Em seu estudo, o sistema realiza uma leitura preliminar que usa raios X de baixa dose para definir o tamanho do paciente – e quanta radiação será necessária para as imagens de diagnóstico. A maioria dos pacientes examinados na nova máquina recebeu 0,93 milisieverts de radiação, e quase todos eles receberam menos de 4 milisieverts. Frente a outros aparelhos de TC atualmente em uso, a exposição radioativa foi reduzida em até 95%. Fonte: CONTER

Descoberta acidental viabiliza memórias holográficas 3D

Luz do acaso Cientistas descobriram por acaso um aumento de 400 vezes na condutividade elétrica de um cristal simplesmente expondo-o à luz. O efeito, que dura vários dias depois que a luz foi desligada, pode melhorar drasticamente o desempenho dos computadores, criando memórias holográficas 3D. Marianne Tarun fez a descoberta depois de chegar ao laboratório e verificar que a condutividade elétrica de alguns cristais de titanato de estrôncio esquecidos sobre a mesa havia disparado. Inicialmente ela pensou que as amostras estavam contaminadas, mas uma série de experimentos mostrou que o efeito foi gerado pela exposição à luz. "Foi totalmente acidental. Não é algo que esperávamos," confessa ela. Tarun então refez tudo de modo criterioso, expondo novas amostras de titanato de estrôncio à luz durante 10 minutos. A condutividade subiu 400 vezes e permaneceu nesse patamar durante dias, sem a necessidade de expor novamente o cristal à luz. Fotocondutividade persistente A equipe levanta a hipótese de que a luz libera elétrons no material, permitindo que ele transporte mais corrente, mas isso é algo que somente estudos mais detalhados poderão confirmar. O fenômeno, chamado fotocondutividade persistente, fica longe da supercondutividade, a ausência total de resistência elétrica apresentada por alguns materiais, geralmente em temperaturas próximas do zero absoluto. Mas o fato de que a fotocondutividade persistente ocorre no titanato de estrôncio a temperatura ambiente faz com que o fenômeno possa ter aplicações práticas imediatas. As memórias de computador armazenam os dados na superfície de um chip de silício ou na camada superior de um disco rígido. Já um dispositivo que apresente a fotocondutividade persistente poderá armazenar informações ao longo de todo o volume de um cristal. Esse é o princípio das chamadas memórias holográficas, ou memórias 3D, que poderão representar um salto na densidade de armazenamento, guardando muito mais informações por área.

Condições ao nascer interferem no desenvolvimento infantil

Condições ao nascer interferem no desenvolvimento infantil Pesquisa investigou a relação entre aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais com prematuridade e peso.
Pesquisa da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP avaliou 677 crianças que nasceram prematuras, pequenas para a idade gestacional ou com baixo peso, e identificou altas taxas de comprometimento comportamentais e emocionais destas crianças O estudo da psicóloga Adriana Martins Saur, do Departamento de Psicologia, investigou possíveis associações entre o desenvolvimento de crianças no que se refere a aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais e a relação com a prematuridade e peso ao nascer. O estudo foi desenvolvido em Ribeirão Preto (SP) e avaliou 677 crianças entre 10 e 11 anos de idade, de ambos os sexos. Elas foram divididas em grupos segundo três critérios: peso ao nascer, podendo ser muito baixo peso (MBP), baixo peso (BP) peso insuficiente (PI), peso normal (PN) e muito alto peso (MAP); idade gestacional (prematuros e a termo); e tamanho ao nascer, neste caso podendo ser pequeno para a idade gestacional (PIG) ou adequado para a idade gestacional (AIG). Do ponto de vista cognitivo, as crianças foram avaliadas por meio dos Testes de Raven (teste de inteligência não-verbal, em que as crianças são solicitadas a escolher uma figura que se encaixe na matriz apresentada) e da técnica de Desenho da Figura Humana (medida de desenvolvimento cognitivo e conceitual, em que as crianças são solicitadas a desenhar as figuras de um homem e uma mulher). Para análise comportamental e emocional, os pais colaboraram, respondendo a um questionário sobre as capacidades e dificuldades de seus filhos.A pesquisa também identificou os fatores que podem interferir no desenvolvimento cognitivo, comportamental e emocional destas crianças com base em variáveis biológicas, clínicas e socioeconômicas. Estabeleceu, ainda, as taxas de problemas comportamentais encontradas, independentemente do critério adotado. Baixo peso e hiperativas Os resultados mostraram que crianças de muito baixo peso são mais hiperativas que os outros grupos. Além disso, o peso ao nascer não se mostrou associado ao desfecho cognitivo ou comportamental. Em relação aos sintomas emocionais, o grupo formado por crianças com baixo peso ao nascer apresentou mais problemas emocionais do que aquelas que nasceram com muito baixo peso ou peso normal. No que se refere ao critério da prematuridade, este não se mostrou associado a nenhum dos três desfechos investigados e, em relação ao tamanho ao nascer, o estudo identificou que crianças consideradas pequenas para a idade gestacional apresentaram mais comprometimentos cognitivos, comportamentais e emocionais em comparação àquelas nascidas com peso adequado para a idade gestacional. Outro importante resultado encontrado mostra que o grau de escolaridade da mãe e a classificação econômica influenciaram os desfechos cognitivo, comportamental e emocional das crianças avaliadas no estudo. Além disso, nascer com tamanho considerado pequeno para a idade gestacional contribuiu para o aumento de problemas emocionais. Meninos apresentaram mais chances de desenvolver problemas comportamentais. Em geral, as taxas de identificação de problemas comportamentais foram altas: 38,2% para problemas gerais e 53,9% para sintomas emocionais. Os resultados encontrados no estudo apontam para a necessidade de ações preventivas direcionadas ao período pré-natal das gestantes, a fim de evitar o nascimento prematuro e/ou de crianças com baixo peso ao nascer, atenuando possíveis riscos decorrentes de tais adversidades. Além disso, sugere-se também a elaboração de programas sociais que possam incrementar as condições socioeconômicas e educacionais da população visto serem estes fatores que influenciaram o desenvolvimento das crianças em idade escolar. Fonte: USP

OMS lança estratégia para melhorar planejamento familiar no pós-parto

OMS lança estratégia para melhorar planejamento familiar no pós-parto Objetivo é que as mulheres recebem informações e acesso à métodos contraceptivos para evitar nova gravidez antes de dois anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma iniciativa para melhorar o acesso das mulheres ao planejamento familiar, após terem dado à luz e durante o primeiro ano de maternidade. De acordo com a agência, a ferramenta denominada "Acesso Completo ao Planejamento Familiar Pós-Parto" fornece intervenções de cuidados de saúde a todos os níveis. Apresentado nesta quarta-feira (13), em Adis Abeba (Etiópia), o recurso pretende ampliar o acesso às medidas para novas mães através de métodos cientificamente comprovados. A agência lembra que há riscos para a saúde das mães e dos bebês devido ao curto espaço de tempo entre as vezes em que elas engravidam ou quando a gravidez ocorre num momento indesejado. Estudo sobre Dados Demográficos e de Saúde em 27 países em desenvolvimento demonstra que 95% das mulheres querem evitar nova gravidez por pelo menos dois anos após o parto. Entretanto, quase sete em cada dez não usam nenhum método de contracepção. A Etiópia é destacada em análise similar por ter oito em cada 10 mulheres sem usar qualquer contraceptivo após terem um filho De acordo com a OMS, um espaçamento de pelo menos dois anos entre duas gestações pode evitar 10% das mortes de bebês, e cerca de um em cada cinco casos de mortes de crianças entre um e quatro anos de idade. Os principais alvos do novo recurso são gestores de programas de saúde e responsáveis pela criação de políticas para o setor. Uma das principais ações propostas é garantir boa aplicação da estratégia de distribuição e incentivo do uso de contraceptivos no pós-parto. Também foi sugerido material informativo de alta qualidade e de fácil compreensão sobre as opções de planeamento, além da aplicação de padrões globais de cuidados na formação dos profissionais de saúde. O lançamento dos novos procedimentos aconteceu na capital etíope durante a Conferência Internacional sobre Planeamento Familiar que termina nesta sexta-feira (15). Fonte: Isaude.net

domingo, 17 de novembro de 2013

Efeitos do autismo podem ser minimizados com intervenções precoces

Efeitos do autismo podem ser minimizados com intervenções precoces Estudo consegue identificar marcadores para doença a partir dos dois meses de idade, antes do declínio das habilidades sociais.
O contato com os olhos durante a primeira infância pode ser a chave para a identificação precoce de autismo, de acordo com um estudo financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) dos Estado Unidos. Publicado semana passada na revista Nature, o estudo revela o primeiro sinal de desenvolvimento do autismo seria um declínio constante na fixação dos olhos do segundo ao sexto mês de vida. O autismo geralmente é diagnosticado depois de 2 anos de idade, quando os atrasos no comportamento social e habilidades linguísticas de uma criança se tornam aparentes. Este estudo mostra que crianças apresentam claros sinais de autismo em uma idade muito mais jovem, disse Thomas R. Insel, diretor do NIMH. "Quanto mais cedo formos capazes de identificar marcadores precoces para o autismo, as intervenções de tratamento podem ser mais eficazes." Crianças com desenvolvimento típico começam a focar rostos humanos nas primeiras horas de vida, e eles aprendem a entender os sinais socialização, prestando especial atenção aos olhos de outras pessoas. As crianças com autismo, no entanto, não apresentam esse tipo de interesse. Na verdade, a falta de contato visual é uma das características de diagnóstico da doença. O estudo acompanhou crianças desde o nascimento até 3 anos de idade. Os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos, com base em seu risco de desenvolver um transtorno do espectro do autismo. Os integrantes do grupo de alto risco tinham um irmão mais velho já diagnosticado com autismo, aqueles no grupo de baixo risco, não. O estudo utilizou equipamentos de rastreamento ocular para medir os movimentos dos olhos de cada criança enquanto elas observavam as cenas de um vídeo do cuidador. Os pesquisadores calcularam a porcentagem de tempo que cada criança fixou os olhos na boca, corpo, bem como nos espaços não-humanos das imagens. Todas as crianças realizaram 10 diferentes testes entre 2 e 24 meses de idade. Aos 3 anos, algumas das crianças (quase todas do grupo de alto risco) tinham recebido um diagnóstico clínico de um transtorno do espectro do autismo. Os pesquisadores, então, revisaram os dados de rastreamento ocular para determinar quais os fatores que diferenciaram as crianças que receberam um diagnóstico de autismo e aquelas que não o tiveram. Nas crianças que foram diagnosticadas com autismo, observamos um declínio constante no tempo que eles permanecem olhando para os olhos mãe, afirmaram os pesquisadores. Esta queda na fixação do olhar começou entre dois e seis meses e continuou durante todo o curso do estudo. Por 24 meses, os bebês que mais tarde foram diagnosticados com autismo ficaram focados nos olhos cuidador apenas metade do tempo que o grupo de bebês com desenvolvimento normal. Em oposição a uma teoria de longa data que afirma que comportamentos sociais são inteiramente ausente em crianças com autismo, os resultados deste estudo sugerem que as habilidades de engajamento social estão intactas logo após o nascimento de crianças com o problema. Fonte: Isaude.net

Novo teste sanguíneo pode prever pré-eclâmpsia durante a gravidez

Novo teste sanguíneo pode prever pré-eclâmpsia durante a gravidez O teste mede os níveis de uma proteína chamada fator de crescimento placentário (PlGF) e foi avaliado em 625 mulheres.
Novo exame de sangue pode ajudar os médicos a determinar se uma mulher vai desenvolver uma forma grave de hipertensão arterial, conhecida como pré-eclâmpsia durante a gravidez. A pré-eclâmpsia pode danificar os rins, fígado e cérebro, e levar a complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascimento e morte fetal. O novo teste verifica os níveis de uma proteína chamada fator de crescimento placentário (PlGF), e foi avaliado em 625 mulheres britânicas. De acordo com o estudo, 61% das participantes que desenvolveram pré-eclâmpsia tinham baixos níveis de PlGF. Os resultados também mostraram que se os níveis de PlGF em uma mulher caem abaixo de um determinado limiar antes de sua 35 ª semana de gravidez, o bebê pode nascer num prazo de 14 dias. "O teste foi projetado para diferenciar as mulheres com pré-eclâmpsia daquelas com pressão arterial elevada," afirmou a pesquisadora Lucy Chappell. "Os testes atuais apenas detectam a doença, nos precisamos prever que ela vai acontecer, evitando sua evolução e os consequentes danos aos órgãos." Ao utilizar o teste para identificar mulheres com alto risco de pré-eclâmpsia, "os médicos podem monitorar melhor e tratar a pressão arterial", disse Chappell. "Esta detecção precoce também evita internações desnecessárias das pacientes que não são susceptíveis a desenvolver pré-eclâmpsia." Fonte: Isaude.net

Brasil está atrasado em procedimentos de implantes cardíacos

Brasil está atrasado em procedimentos de implantes cardíacos Levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular comparou países da América Latina e Caribe.
Levantamento feito entre 2000 e 2010 pelo Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (Deca), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) mostra que o Brasil está atrasado nos procedimentos de implantes de marcapassos, de ressincronizadores cardíacos e no uso de desfibriladores em comparação aos países da América Latina e do Caribe. Para a diretora do Deca, Stela Sampaio, o resultado "não é muito animador". O Registro Brasileiro de Marcapassos, Ressincronizadores Cardíacos e Desfibriladores (RBM) está completando 20 anos. Esta base de dados nacional disponibiliza informações sobre os procedimentos de estimulação cardíaca efetuados em todo o país. A doutora Stela Sampaio disse que no Nordeste houve redução do número de implantes de marcapassos, sem que houvesse diminuição da população. "O Brasil é um país que coloca menos marcapassos que o Uruguai, a Argentina e vários países menores. Comparando com Europa e Estados Unidos, aí é que os números ficam mais significativos", ressaltou. De acordo com o Censo Mundial de Marcapassos e Desfibriladores, o Brasil implanta 190 marcapassos por 1 milhão de habitantes, enquanto, no Chile, esse número sobe para 216; na Argentina para 382; no Uruguai para 578; e em Porto Rico, para 606 marcapassos por 1 milhão de pessoas. Nos Estados Unidos, o censo revela que o total de marcapassos implantados supera 765 por 1 milhão de habitantes. Já na França, na Itália e na Alemanha, o total de implantes de marcapassos alcança, respectivamente, 1.019, 1.048 e 1.267 por 1 milhão de cidadãos. "A gente tem batalhado para que isso [a diferença] seja amenizado, mas os governos, os gestores de cada região, não são sensíveis à resolutividade de um problema que não é difícil [de resolver]", ponderou Stela. Ela disse que existem médicos suficientes no país, bem como especialistas, inclusive em cidades do interior, mas não é liberada verba para que o problema dos pacientes possa ser resolvido. Isso faz com que muitos cardiopatas morram enquanto aguardam a liberação de nova verba para o implante. A médica destacou a importância da implantação de marcapassos. Segundo ela, trata-se de um procedimento que "salva vidas e previne". Ela esclareceu que além dos marcapassos convencionais, há outros tipos que melhoram a insuficiência cardíaca e evitam a morte súbita. "São tratamentos resolutivos. Não é um tratamento paliativo. A gente realmente consegue resolver o problema do paciente, melhorar a qualidade de vida, diminuir a mortalidade". Stela Sampaio lamentou, entretanto, que muitos hospitais não apresentam capacidade de fazer procedimentos de alta complexidade, o que aumenta a fila de espera. "É um sofrimento para nós e para a população". Fonte: AGÊNCIA BRASIL

teamLabBody 3D human anatomy app #DigInfo

Aplicativo 3D reúne arquivos de articulações digitalizados durante 10 anos

Aplicativo 3D reúne arquivos de articulações digitalizados durante 10 anos O sistema teamLabBody permite analisar todos os movimentos, além das ligações dos músculos, veias, artérias e nervos com os ossos.
Um novo aplicativo 3D do corpo humano reúne informações, recolhidas durante mais de 10 anos, sobre as articulações e movimentos de pessoas vivas, permitindo visualizar as partes do corpo humano de todos os ângulos possíveis. "Os dados sobre as articulações e movimentos de pessoas vivas foram digitalizados. As partes podem ser aumentadas para que os movimentos possam ser estudados em detalhe considerável, afirma o professor Kazuomi Sugamoto, do Departamento de Ortopedia da Universidade de Osaka ( Japão), onde foi desenvolvido o aplicativo." O sistema chamado teamLabBody ainda permite analisar as ligações dos músculos, veias, artérias e nervos com os ossos. Com um simples toque no canto superior direito da tela, o sistema entra em modo de esqueleto, onde podem ser vistos todos os movimentos do esqueleto humano. Atualmente, o aplicativo suporta Japonês e Inglês e está disponível para compra através da App Store e Google Play. "Este aplicativo já foi introduzido em hospitais, apoiando as explicações dos médicos para receber o consentimento informado do paciente. Com ele, os profissionais podem explicar que parte do corpo está envolvida, como os músculos e os nervos são conectados a ela, e por que os sintomas estão ocorrendo,"completa o pesquisador. Sistema chamado teamLabBody permite analisar as ligações dos músculos, veias, artérias e nervos com os ossos. Sistema chamado teamLabBody permite analisar as ligações dos músculos, veias, artérias e nervos com os ossos. Um novo aplicativo 3D do corpo humano reúne informações, recolhidas durante mais de 10 anos, sobre as articulações e movimentos de pessoas vivas, permitindo visualizar as partes do corpo humano de todos os ângulos possíveis. "Os dados sobre as articulações e movimentos de pessoas vivas foram digitalizados. As partes podem ser aumentadas para que os movimentos possam ser estudados em detalhe considerável, afirma o professor Kazuomi Sugamoto, do Departamento de Ortopedia da Universidade de Osaka ( Japão), onde foi desenvolvido o aplicativo." O sistema chamado teamLabBody ainda permite analisar as ligações dos músculos, veias, artérias e nervos com os ossos. Com um simples toque no canto superior direito da tela, o sistema entra em modo de esqueleto, onde podem ser vistos todos os movimentos do esqueleto humano. Atualmente, o aplicativo suporta Japonês e Inglês e está disponível para compra através da App Store e Google Play. "Este aplicativo já foi introduzido em hospitais, apoiando as explicações dos médicos para receber o consentimento informado do paciente. Com ele, os profissionais podem explicar que parte do corpo está envolvida, como os músculos e os nervos são conectados a ela, e por que os sintomas estão ocorrendo,"completa o pesquisador. Fonte: Isaude.ne

Estudo indica novos caminhos que podem até reverter o diabetes tipos 2

Estudo indica novos caminhos que podem até reverter o diabetes tipos 2 Pesquisadores afirmam que regulação normal da glicose depende da relação entre sistema do cérebro e as ilhotas do pâncreas.
Uma revisão de estudo realizada em três universidades americanas e uma alemã, reafirma a tese de que o cérebro desempenha um papel-chave na regulação da glicose e no desenvolvimento do diabetes tipo 2. Equipes das Universidades de Washington, Cincinnati e Michigan, e a Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, apresentaram evidências de que um sistema centralizado no cérebro pode reduzir o açúcar no sangue, ou glicose através da insulina e de mecanismos que não usam insulina. Eles propõem que a regulação normal da glicose depende de "interações altamente coordenadas" entre esse sistema do cérebro e as ilhotas produtoras de insulina no pâncreas. Se esta concepção estiver correta, poderia dar início a novas abordagens para prevenir e tratar a diabetes tipo 2, talvez até mesmo revertê-la, dizem os pesquisadores. A diabetes tipo 2 desenvolve-se quando o corpo não produz suficiente insulina ou as células do organismo que não reagem à insulina (conhecido como resistência à insulina), levando os níveis de açúcar no sangue se tornarem muito elevados (hiperglicemia). Neste estudo, os pesquisadores observaram que cerca de um século atrás, os cientistas acreditavam que o cérebro desempenhava um papel importante em manter a glicose sob controle. Mas, desde a descoberta da insulina, em 1920, quase todos os tratamentos para a diabetes são concebidas no sentido de aumentar a insulina ou aumentar a sensibilidade do organismo aos hormônios de regulação da glicose. O novo enfoque sugere que a regulação normal de glicose depende de uma parceria entre as células produtoras de insulina (células das ilhotas) do pâncreas e circuitos-chave do hipotálamo, além de outras áreas do cérebro. Os autores argumentam que a diabetes do tipo 2 é o resultado de uma falha tanto do sistema de células do pâncreas como deste sistema centralizado no cérebro. Estudos com animais e humanos mostram que sistema de regulação do cérebro tem um poderoso efeito sobre os níveis de açúcar no sangue independentes da insulina. Este mecanismo cerebral usa um processo chamado de "eficácia de glicose" para promover a absorção de glicose nos tecidos. Este processo é responsável por quase metade do consumo normal da glicose. O modelo proposto agora usa os dois sistemas. As ilhotas pancreáticas reagem ao aumento de glicose no sangue pela liberação de insulina, ao mesmo tempo que o sistema cerebral aumenta o metabolismo da glicose insulino-dependente. De acordo com a investigação, o sistema cerebral tem maior probabilidade falhar, pressionando o sistema do pâncreas, que pode compensar a falha do outro sistema por algum tempo, mas acaba perdendo sua capacidade de manter os níveis adequados, causando ainda mais descompensação no sistema cerebral. O resultado é um ciclo vicioso de deterioração que termina no diabetes tipo 2. Fonte: Isaude.net