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domingo, 31 de outubro de 2010
Rio tem 43 casos de infecção por superbactéria em 2010
Rio tem 43 casos de infecção
por superbactéria em 2010
Três pessoas infectadas pela KPC morreram em hospitais; veja como evitar contaminação
O Rio de Janeiro confirmou 43 casos de infecção pela superbactéria KPC, resistente a praticamente todos os antibióticos disponíveis, em 2010. O número, que se refere ao período entre janeiro e 27 de outubro, já é maior que o alcançado em todo o ano passado (32).
Neste ano, houve três mortes de pessoas infectadas pelo micróbio, mas ainda não é possível dizer que a bactéria tem relação com o óbito – eram pacientes que já estavam em estado grave.
De acordo com Alexandre Chieppe, superintendente de vigilância ambiental e epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, desde esta semana equipes estão visitando hospitais com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para reforçar as medidas de controle de infecção hospitalar. A bactéria afeta principalmente pessoas em estado grave.
– Estamos reforçando a prevenção, mas não é caso de fazer alarme. Ainda estamos em um cenário em que essas bactérias estão muito restritas ao ambiente hospitalar.
Bactérias resistentes a antibióticos não são uma novidade dos hospitais, segundo especialistas. Esses micróbios se tornam multirresistentes por causa do uso abusivo de antibióticos – tanto em tratamentos no hospital quanto em casa.
Além disso, a falta de algumas medidas de higiene - como a incorreta higienização das mãos pelos profissionais de saúde - também explica a proliferação dessas bactérias. No caso da KPC, o que preocupa os especialistas é que essa enzima permite à bactéria se espalhar com mais facilidade do que as outras.
A transmissão ocorre por meio de contato direto, como tocar em outra pessoa, ou por contato indireto, como, por exemplo, pelo uso de um objeto em comum.
Apesar disso, especialistas alertam que não há motivo para pânico. Nos hospitais, os pacientes que estão infectados pela bactéria, ou com suspeita de infecção, estão sendo isolados dos demais.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) fez recomendações para evitar a contaminação pela doença:
Visitantes ou acompanhantes de pacientes
- Se você é visitante ou está acompanhando algum paciente, antes de tocá-lo, lave bem as mãos com água e sabão.
- Evite contato físico com outros doentes e, se houver, não se esqueça de higienizar as mãos.
- Evite tocar em macas, mesas de cabeceira e equipamentos hospitalares. Se houver contato, lave as mãos antes de encostar novamente no doente.
- Verifique se o médico ou enfermeiro que atende o doente que você acompanha fez a lavagem de mãos ou a assepsia com álcool gel antes de examiná-lo. Você pode pedir que ele o faça, para evitar contaminação.
Profissionais de saúde
- Se você é médico ou profissional da saúde redobre sua atenção com as medidas de higienização.
- Higienize as suas mãos com frequência, especialmente antes e após o contato com o paciente, antes da realização de procedimentos invasivos, após risco de exposição a fluidos corporais e após contato com superfícies próximas ao paciente.
- As mãos devem ser lavadas com água e sabão e higienizadas, de preferência, com preparações alcoólicas para as mãos (sob a forma líquida, gel, espuma e outras) ou com água e sabonete líquido.
- Todos os produtos devem estar devidamente regularizados na Anvisa. Se as mãos estiverem com sujeira visível, o uso do sabonete é o mais indicado.
Do R7
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