sábado, 17 de dezembro de 2011

NOVAS TECNOLOGIAS INCERIDAS NO CONTEXTO DO TÉCNICO EM RADIOLOGIA

Todos temos consciência de que vivemos na era da informação, do conhecimento e da globalização. Uma economia cada vez mais global implica maiores desafios e exigências para as organizações, assim como constantes mudanças, que ocorrem de forma mais rápida. As organizações precisam ajustar-se a esta nova realidade, por forma a manterem a sua competitividade e prestarem serviços de qualidade.

Um dos principais desafios da modernização do sistema de saúde passa pela aposta intensiva nas tecnologias de informação, enquanto investimento estratégico, capaz de racionalizar a utilização dos recursos disponíveis e de incrementar a eficiência e a qualidade. No atual contexto, de profunda transformação, um dos fatores decisivos passa pela capacidade de organizar os múltiplos dados dispersos num conjunto útil de indicadores que permita gerir, com rigor, a globalidade do sistema de saúde num quadro de eficiência dos processos e de qualidade da informação.

Os sistemas de informação para a gestão de imagens e informações clínicas surgiram no final da década de 80, quando os sistemas de aquisição digital começaram a ser utilizados em larga escala nos hospitais. Naquela época, cada equipamento era considerado um sistema isolado, estando apenas conectado à sua estação de trabalho e a uma determinada impressora.

O filme radiológico veio servir à radiologia, diríamos com excelentes resultados, desde há mais de 100 anos, na detecção e na visualização e armazenamento das imagens. A evolução da radiologia convencional levou ao sistema filme + ecrã intensificador, que, associada, deu origem à detecção, à visualização e ainda ao armazenamento da informação.

A introdução de dispositivos que permitem a aquisição de imagens radiológicas digitais, sem a utilização de filme radiológico, associada às capacidades dos atuais computadores e a outros meios, deram origem à radiologia digital.

Foi já no final do último século, nomeadamente na última década, que, devido à evolução nas tecnologias de informação, começou-se a equacionar soluções alternativas à película. O picture archiving and communication system (PACS), ou seja, sistema de arquivo e comunicação de imagem médica digital, aparece como a alternativa para quebrar toda a estrutura da película radiológica, quer ao nível de funcionalidade quer na sua utilidade, dando origem ao conceito de radiologia digital, com a ideia principal e subjacente de não haver neste contexto produção da mesma.

As técnicas digitais em radiologia estão, em parte, ainda na fase de works in progress. Digitalizar consiste em transformar os dados analógicos em informação numérica. Na radiologia digital os componentes de detecção, visualização e armazenamento da informação são independentes. Assim, o detector executa a detecção, envia os dados para o computador, que, após o seu processamento, encaminha para um monitor de visualização apropriado ou, então, para um dos sistemas de armazenamento disponíveis. A vantagem mais imediata deste processo é a capacidade de os sistemas digitais permitirem a manipulação prévia dos dados, de forma a otimizar a visualização da imagem e o seu armazenamento.

A telerradiologia é claramente a área da telemedicina com mais significado em Portugal e em nível mundial. A telerradiologia consiste na transmissão eletrônica de imagens radiográficas e textos de consulta de um local para outro, para posterior interpretação e consulta.

Este tipo de tecnologia permite aos usuários uma maior acessibilidade a cuidados médicos diferenciados, uma maior qualidade de diagnóstico, a informação mais rápida sobre o estado de saúde do usuário e redução de custos. Para as instituições e profissionais de saúde, as vantagens da implementação desta tecnologia são a centralização e otimização de atividades complexas, a diminuição do isolamento geográfico, a rapidez no diagnóstico, a descentralização dos cuidados de saúde, a melhoria da qualidade do diagnóstico, pela troca de experiências, e a possibilidade de ensino médico a distância.

Sendo assim e porque a introdução de novas tecnologias de informação no campo da imaginologia determina uma profunda redefinição da atividade radiológica, ao nível da arquitetura e da distribuição do trabalho, desenvolvemos este estudo com o objetivo de avaliar a adaptabilidade dos técnicos de radiologia às novas tecnologias, avaliar os fatores que possam estar relacionados com o processo de implementação das mesmas, e conhecer algumas vantagens/desvantagens identificadas pelos técnicos de radiologia.


Fonte:http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=924

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