sábado, 17 de dezembro de 2011

Tomografia por impedância elétrica.

Tomografia por impedância elétrica.

Uma empresa brasileira de bioengenharia desenvolveu um modelo de tomógrafo que usa pulsos elétricos – ao invés de raio X – para gerar imagens de órgãos internos humanos.

O equipamento foi desenvolvido por pesquisadores da USP e pela Timpel, empresa privada que conduziu o projeto. De acordo com o fabricante, a principal inovação do produto é a substituição do método clássico de tomografia por raio X (que gera imagens estáticas em única dimensão) por uma forma baseada em pulsos elétricos que, segundo o fabricante, permite visualizar imagens dos órgãos internos geradas em tempo real. Já no novo método, chamado de impedância elétrica, vários sensores são colocados no peito do paciente e emitem pequenas correntes elétricas.

Ao analisar a maior ou menor dificuldade da corrente atravessar o corpo, o tomógrafo gera uma imagem digital. A principal vantagem deste método é que a fotografia é gerada em tempo real e dá um subsídio mais preciso à equipe médica.

O método permite, por exemplo, ver com precisão se há acúmulo de ar na pleura em diferentes momentos da respiração, algo mais difícil de perceber com o tomógrafo convencional.

Dois equipamentos que usam a impedância elétrica estão sendo usado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e um terceiro é usado no InCor, também em São Paulo.

Nos próximos dois anos, a USP vai avaliar os resultados de mortalidade dos pacientes que usam o tomógrafo por impedância elétrica e os que usam o mecanismo convencional. A expectativa dos fabricantes é que o estudo comprove a maior eficácia do novo tomógrafo em salvar vidas nas UTIs.

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