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sábado, 30 de março de 2013
Médico cria próteses de pernas baratas feitas com cano de plástico
Médico cria próteses de pernas baratas feitas com cano de plástico
Cirurgião ortopedista Viquar Qurashi já colocou mais de cem próteses em vítimas de conflitos na Síria.
O cirurgião ortopedista Viquar Qurashi, do hospital Russells Hall, em Dudley, na Inglaterra, retornou recentemente de uma campo de refugiados sírios, onde colocou mais de cem pernas artificiais – feitas de canos de plástico – em pessoas mutiladas durante conflitos no país. Veja o vídeo da BBC Brasil.
Qurashi foi quem criou os modelos de prótese. O material é aquecido e depois moldado à parte restante do membro amputado.
A vantagem dessa peça artesanal, quando comparada aos produtos comerciais, está no preço: enquanto que uma perna artificial convencional custa em torno de R$ 3.900 no Reino Unido, a prótese desenvolvida por Qurashi sai por aproximadamente R$ 90.
Fonte G1
Técnica utiliza corante para diferenciar células normais de tumores no cérebro
Técnica utiliza corante para diferenciar células normais de tumores no cérebro
Cor azul vai ajudar neurocirurgiões a remover tumores cerebrais com mais precisão, especialmente em locais com menos recursos.
Cientistas dos EUA desenvolveram uma técnica que colore as células tumorais do cérebro para auxiliar na diferenciação entre tumores e tecido normal do cérebro durante a cirurgia.
O método pode ser importante para os hospitais desprovidos de equipamentos sofisticados para preservar a quantidade máxima de tecido normal e a função cerebral durante a cirurgia.
O líder da pesquisa Barun Brahma e seus colegas da Georgia Tech inicialmente decidiram ver se seria possível distinguir manualmente um tumor do tecido normal durante a cirurgia sem o uso de equipamentos complexos que podem não estar disponíveis em alguns serviços de saúde.
Trabalhando com o pesquisador Ravi Bellamkonda, que desenvolveu uma nanopartícula feita de gordura que transportava um corante aprovado clinicamente chamado Azul de Evans, Brahma demonstrou que essas nanopartículas vazam para fora dos vasos sanguíneos no tumor e mancham os tumores cerebrais de azul.
Usando células tumorais injetadas em um cérebro de rato, a equipe provou que as nanopartículas são capazes de encontrar o caminho para o tumor cerebral e, seletivamente, tingi-lo azul, enquanto excluindo o tecido normal do cérebro.
A equipe acredita que os resultados são significativos para hospitais em todo o mundo que não possuem aparelhos que ajudam na retirada de tumores do cérebro, como um aparelho de ressonância magnética intraoperatório.
Esta nova técnica poderia ajudar os neurocirurgiões a remover tumores cerebrais em crianças com mais precisão em todo o mundo, concluem os pesquisadores.
Fonte: Isaude.net
quarta-feira, 20 de março de 2013
Enfermeiras e parteiras podem desempenhar um papel crítico na redução do risco de doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes, de acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de coautoria da UCLA.
A pesquisa mostra que essas quatro doenças não transmissíveis somam 60% de todas as mortes no mundo.
"A carga global de doenças não transmissíveis já é elevada e continua a crescer em todas as regiões do mundo. As enfermeiras e parteiras têm a experiência para ajudar os indivíduos e as comunidades a melhorarem os resultados de saúde", afirma a coautora do relatório Linda Sarna.
Sarna aponta que, como enfermeiras e parteiras representam mais de 50% de todos os prestadores de cuidados de saúde na maioria dos países, elas são candidatas lógicas para afetar as mudanças de estilo de vida entre os pacientes e aumentar a conscientização sobre a saúde. "No mundo todo, existem mais de 19 milhões de enfermeiras e parteiras", afirma Sarna.
O relatório de 38 páginas emitido pela OMS destaca intervenções de enfermeiras que reduziram fatores de risco como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e dietas pouco saudáveis. "Os exemplos contidos no relatório são atividades comprovadas que os profissionais de enfermagem podem começar a fazer hoje para fazer ter um impacto significativo com seus pacientes e na sua comunidade. Muitas das intervenções ainda reduzem os custos e melhoram a qualidade do atendimento", observa a coautora.
Segundo o relatório, o controle do tabaco tem sido uma das áreas com mais oportunidades perdidas. O uso do tabaco é a principal causa evitável de morte nos Estados Unidos e no mundo, e é o fator de risco que leva a todas as quatro categorias de doenças não transmissíveis. Estudos de intervenção de enfermagem apoiam a ideia de que os enfermeiros podem desempenhar um papel importante em ajudar os fumantes a parar.
Conforme os papéis e responsabilidades da profissão de enfermagem continuam a evoluir em muitos países, o relatório da OMS valida a importância da função dos enfermeiros e parteiras não apenas no atendimento de pacientes em momentos de necessidade, mas também na prevenção. A este respeito, o relatório tem a intenção de incentivar as escolas de enfermagem a oferecer um currículo que aborda o papel do enfermeiro no aconselhamento de pessoas sobre comportamentos insalubres e incentivando opções de vida inteligentes.
Fonte: Isaude.net
Aplicativo para smartphones criado na USP ajuda no controle da tuberculose
Com sistema operacional Android, software auxilia no registro para acompanhamento do tratamento dos pacientes.
Pesquisadores da USP utilizam aplicativo móvel instalado em smartphones com sistema operacional Android para operar um sistema integrado e padronizado de registro para o acompanhamento do tratamento dos pacientes com tuberculose. O aplicativo foi criado pelo professor Domingos Alves, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, e por dois alunos sob sua orientação.
A cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, pelo alto número de casos da doença, foi escolhido para o teste piloto da implantação dessa nova tecnologia, que já recebe apoio da Secretaria Estadual e Ministério da Saúde para expandir o seu uso em outros municípios do Brasil.
Uma das coordenadoras do projeto, professora Tereza Cristina Scatena Villa, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP afirma que a duração do tratamento pode ser de, no mínimo seis meses, sendo que a ingestão dos medicamentos precisa ser supervisionada e registrada diariamente por um profissional de saúde. Nesse sentido, diz ela, o aplicativo permite que o profissional tenha acesso fácil às informações de cadastro e de acompanhamento do paciente. " Ele pode, ainda, inserir novas informações para o gerenciamento clínico do caso, como exames realizados (baciloscopia e RX), esquema terapêutico, além de ações para avaliação das pessoas que entraram em contato com os doentes, uma vez que a tuberculose é transmitida pelo ar."
A professora também destaca que " muitos pacientes com tuberculose recebem diariamente o medicamento em seu próprio domicílio e este fato justifica ainda mais a importância do uso da tecnologia móvel [smartphones], uma vez que o profissional de saúde terá na tela do celular todas as informações para um melhor acompanhamento do paciente, permitindo atualizar as informações em tempo real" .
Pretende-se ainda, diz ela, que o dispositivo substitua diversos formulários de acompanhamento dos casos de tuberculose, assim as informações serão complementadas e registradas, por meio de relatórios semanais e mensais, junto ao Sistema de Informação Estadual e Nacional sobre Tuberculose. " Com isso será evitada a perda de informações e permitida uma real avaliação da situação epidemiológica da doença. O uso dessa tecnologia inovadora também permitirá o agrupamento sistematizado das informações. Assim, os profissionais terão acesso aos dados do usuário centralizados em um único local, facilitando a tomada de decisão em relação à terapêutica e evitando a duplicidade de registros."
Já para o paciente, as vantagens são muitas. " Ele terá uma diminuição nos gastos com deslocamento ao serviço, pois poderá agendar consultas e receber informações durante a medicação supervisionada no domicílio."
Testes
Os testes do novo aplicativo começaram em janeiro deste ano em uma Unidade de Saúde de Ribeirão Preto. Segundo Nathalia Halax, aluna de mestrado da EERP e uma das responsáveis pela realização do teste, junto com Nathalia Crepaldi, graduada em Informática Biomédica da USP, essa iniciativa é muito motivadora para todos e, principalmente, para os profissionais de saúde, que reconhecem a importância do dispositivo na sistematização dos registros. " O interesse dos profissionais vai além do esperado. Eles acreditam que os pacientes e o próprio serviço têm muito a ganhar com a utilização da tecnologia móvel em termos de acesso a informações atualizadas de resultados de exames e outras intercorrências que ocorrem durante o tratamento" , afirma Nathalia.
Até o início deste mês, foi feito o cadastramento de aproximadamente 30 pacientes em tratamento na Unidade de Saúde, para os ajustes necessários e capacitação dos profissionais para a utilização da tecnologia móvel de gerenciamento da assistência à Tuberculose.
Com informações da USP
Fonte: Isaude.net
Chip implantado na pele realiza exame de sangue com resultado imediato
Protótipo detecta várias proteínas e ácidos orgânicos ao mesmo tempo e transmite resultados para uma tela de computador
Cientistas da Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, desenvolveram um pequeno dispositivo que pode ser implantado sob a pele para analisar a concentração de substâncias no sangue.
O aparelho pode detectar até cinco proteínas e ácidos orgânicos, simultaneamente, e depois transmitir os resultados diretamente para o computador de um médico. Este método permitirá um nível muito mais personalizado de cuidados do que os testes tradicionais de sangue podem proporcionar.
Segundo os pesquisadores, prestadores de cuidados de saúde serão mais capazes de monitorar os pacientes, particularmente aqueles com doença crônica ou submetidos a quimioterapia. O protótipo, ainda em fase experimental, demonstrou que pode detectar várias substâncias comumente traçadas.
Três milímetros cúbicos de tecnologia
O dispositivo foi desenvolvido por uma equipe liderada por Giovanni de Micheli e Sandro Carrara. O implante tem apenas alguns milímetros cúbicos em volume, mas inclui cinco sensores, um rádio transmissor e um sistema de fornecimento de energia.
Fora do corpo, uma bateria em forma de adesivo fornece a energia, através da pele do paciente, portanto, não há necessidade de cirurgia cada vez que a bateria precise de mudança.
A informação é encaminhada através de uma série de fases, do corpo do paciente para o computador do médico. O implante emite ondas de rádio. O adesivo coleta os dados e os transmite via Bluetooth a um telefone celular, que os envia ao médico através da rede celular.
Para capturar a substância alvo no corpo, por exemplo, lactato, glucose, ou ATP, cada sensor tem a superfície coberta com uma enzima. "Potencialmente, podemos detectar qualquer coisa. Mas as enzimas têm uma vida útil limitada, e temos que projetá-las para durar o maior tempo possível", explica De Micheli.
As enzimas sendo testadas atualmente são bons por cerca de um mês e meio, que é já tempo suficiente para muitas aplicações.
Outras aplicações
O implante pode ser particularmente útil na quimioterapia. Atualmente, os oncologistas usam exames de sangue ocasionais para avaliar a tolerância de seus pacientes a uma dose de tratamento especial. Nestas condições, é muito difícil administrar a dose ótima. De Micheli está convencido que seu sistema será um passo importante para melhorar a medicina personalizada. "Isso permitirá o monitoramento direto e contínuo com base na tolerância individual do paciente, e não em gráficos de peso e idade ou exames de sangue semanais", afirma.
O protótipo já foi testado em laboratório para cinco substâncias diferentes, e mostrou-se tão confiável quanto os métodos tradicionais de análise. Os pesquisadores esperam que o sistema esteja disponível comercialmente dentro de 4 anos.
Fonte: Isaude.net
Novo sensor registra exposição ao fumo passivo em tempo real
Protótipo, que é menor e mais leve do que um celular, também detecta presença de nicotina em roupas, móveis, assentos de carro
Pesquisadores do Dartmouth College, nos EUA, criaram, pela primeira vez, um sensor de fumo passivo que registra dados em tempo real.
A equipe espera, em breve, converter o protótipo, que é menor e mais leve do que um telefone celular, em um dispositivo sem fio, acessível e reutilizável que ajuda a aplicar regulamentações ao fumo e destaca a difusão do fumo passivo. O sensor também pode detectar o tabagismo de terceira mão e a presença de nicotina desgaseificada em roupas, móveis, assentos de carro e outros materiais.
O dispositivo usa filmes de polímeros para mensurar com segurança moléculas de vapor de nicotina em um ambiente e um chip sensor para gravar os dados em tempo real, identificar quando e onde ocorreu a exposição e até mesmo o número de cigarros fumados. O protótipo foi bem sucedido em testes de laboratório. Estudos clínicos terão início ainda em 2013.
Segundo os pesquisadores, o dispositivo poderia ajudar a impor a proibição de fumar em carros alugados, quartos de hotéis, apartamentos, restaurantes e outros locais. Também poderia ajudar a convencer os fumantes que fumar em outros ambientes e usar purificadores de ar ainda expõe as crianças e pessoas não fumantes ao fumo passivo. O dispositivo seria mais preciso e menos dispendioso do que os atuais sensores de fumaça passiva, que fornecem apenas a exposição média em uma área limitada por vários dias ou semanas.
"Este é um salto na tecnologia de detecção da exposição ao fumo passivo", afirma o professor de química Joseph BelBruno, cujo laboratório conduziu a pesquisa.
Autoridades federais de saúde relatam que não há nível seguro de exposição ao fumo passivo, que aumenta os riscos de doença. Estima-se que 88 milhões de americanos não fumantes, incluindo 54% das crianças de 3 anos, estejam expostos ao fumo passivo.
Fonte: Isaude.net
Tecnologia torna exame do câncer de mama mais confortável e preciso
Tecnologia torna exame do câncer de mama mais confortável e preciso
Sistema, que usa imagens de tomografia de micro-ondas, fornece diagnóstico da doença com uma fração do custo das técnicas atuais
Software desenvolvido por pesquisadores da South Dakota State University, nos EUA, pode tornar o exame do câncer de mama mais confortável e preciso.
O sistema, que usa a tecnologia de imagens de tomografia de micro-ondas, ou MTI, fornece diagnóstico da doença com uma fração do custo de técnicas atuais.
MTI oferece um maior conforto e menos etapas para o paciente. "Ao contrário de mamografia, a compressão da mama não é necessária. As ondas viajam através de um gel chamado Phantom, assim que a paciente deita em uma cama especial que lhe permite colocar o seio no gel. Além disso, os exames de tomografia tridimensional necessitam apenas de uma imagem, em vez dos múltiplos ângulos necessários com a mamografia", explica o pesquisador Wei Wang.
O procedimento experimental foi aprovado para uso em seres humanos na Coreia no ano passado e os primeiros 15 pacientes foram selecionados. Cada paciente foi avaliado usando MTI (que tem o potencial de produzir imagem capaz de detectar o câncer mesmo em mulheres com tecido mamário denso), ressonância magnética e mamografia.
O novo software primeiro identifica o tumor no exame de MTI e então compara essa imagem com um banco de dados de mais de 100 mil imagens de ressonância magnética. Em seguida, o programa escolhe os casos que são mais similares e extrai a imagem junto com os arquivos do caso. Isso irá dizer ao médico quais tratamentos foram utilizados e quão eficazes eles foram no combate ao câncer.
Com base nos históricos de pacientes, os médicos têm a informação que precisam para determinar o melhor plano de ação para o paciente individual.
A equipe agora está desenvolvendo vários algoritmos para otimizar a identificação do tumor. Usando os dados de novos pacientes, eles vão determinar qual o programa de computador é o mais eficaz para determinar as semelhanças entre MTI e as imagens de ressonância magnética. Com base nessas comparações, então eles pretendem melhorar as capacidades do programa.
Segundo os pesquisadores, o processo é dependente da qualidade de imagem que a máquina produz. Atualmente, a máquina de imagem usa uma frequência de onda de três gigahertz, "o que dá a exposição do paciente a menos radiação do que usando um telefone celular", observa Wang.
Em novembro, o instituto de pesquisa começou a atualizar a máquina para seis gigahertz e espera agendar testes em humanos em março de 2014. "Maior frequência dará uma melhor imagem", afirmam.
Uma vez que o software e técnica de imagem sejam aperfeiçoados, os pesquisadores acreditam que a tomografia de micro-ondas pode reduzir significativamente os custos de cuidados de saúde de triagem para as mulheres.
Fonte: Isaude.net
quarta-feira, 13 de março de 2013
Criado dente a partir de células humanas e de rato
Criado dente a partir de células humanas e de rato
Cientistas afirmam em estudo que talvez seja possível, no futuro, substituir dentaduras por dentes reais.
Cientistas britânicos dizem que estão um passo de ser capazes de substituir dentes perdidos com implantes criados a partir de células-tronco.
Uma equipe de pesquisadores do King's College de Londres combinou as células de tecido gengival humano adulto a outro tipo de células de ratos para fazer crescer um dente.
"As células epiteliais derivadas do tecido gengival humano adulto podem responder a sinais de células mesenquimais dentárias, de modo a permitir a formação de raízes e a coroa e gerar diferentes tipos de células", disse o responsável pelo estudo, Paul Sharpe.
"Estas células epiteliais, prontamente disponíveis, são, portanto, uma fonte realista a ser considerada na formação de dentes", acrescentou.
Ao transplantar a combinação de células para camundongos, os pesquisadores foram capazes de fazer crescer um dente híbrido de humano e rato.
Os pesquisadores dizem que esse método poderia eventualmente significar que as dentaduras seriam substituídas por dentes reais, mas alertam que isso pode levar muitos anos.
A pesquisa foi publicada no "Journal of Dental Research".
Fonte G1
Obesidade materna antes da gravidez aumenta risco de asma nos filhos
Obesidade materna antes da gravidez aumenta risco de asma nos filhos
Dados mostram que, em média, risco de sibilância é quatro vezes maior entre crianças nascidas de mães com excesso de peso.
Pesquisadores do Centre for Research in Environmental Epidemiology (CREAL), na Espanha, demonstraram que filhos nascidos de mães obesas antes da gravidez são mais propensos a ter chiado frequentes, um dos sintomas da asma, em comparação a filhos de mães com peso normal.
O estudo confirmou que, em média, o risco de sibilância durante os primeiros 14 meses de vida é quatro vezes maior entre as crianças nascidas de mães com excesso de peso.
"Estamos baseando isto no pressuposto de que a obesidade das mães pode ser um fator de risco potencial intergeracional para a asma. Nossa proposta foi determinar se a obesidade materna está associada a um maior risco de fenótipos de sibilância em crianças", explica o autor da pesquisa Stefano Guerra.
A equipe, então, analisou dados de 1.107 pares de mãe e filho de um estudo espanhol sobre a infância e o ambiente.
Os resultados confirmaram a associação entre obesidade materna e chiado no peito, independentemente do peso da criança e de outros fatores, tais como a educação da mãe, sua idade e o tabagismo.
"A relação independente da obesidade antes da gravidez com o aumento do risco de sibilância frequente em crianças acrescenta mais evidências para os efeitos da exposição fetal e suas consequências sobre a asma", afirma Guerra, sugerindo "possíveis benefícios preventivos da perda de peso."
Fonte: Isaude.net
Homens têm esperma mais saudável nos períodos de inverno e primavera
Homens têm esperma mais saudável nos períodos de inverno e primavera
Descoberta sobre padrão sazonal pode ser importante para casais que passam por tratamentos devido à infertilidade masculina.
omens têm esperma mais saudável nos períodos de inverno e início da primavera do que no verão. É o que revela estudo de pesquisadores israelenses.
A pesquisa mostra espermatozoides com maior número e velocidades mais rápidas e menos anormalidades no sêmen durante o inverno. A qualidade diminuiu de forma constante a partir da primavera.
Segundo os pesquisadores, isso pode explicar por que há tantos bebês nascidos no outono.
A razão pela qual o esperma parece ser saudável no inverno ainda não está clara. Uma teoria sugere que o esperma é afetado pela mudança de temperatura.
Os resultados foram publicados no American Journal of Obstetrics & Gynaecology.
A equipe, liderada por Eliahu Levitas e seus colegas da Universidade Ben-Gurion, estudou amostras de sêmen de 6.455 mil homens que estavam sendo tratados para a infertilidade entre janeiro de 2006 e julho de 2009.
Destes, 4.960 tiveram produção normal de espermatozoides, e 1495 tiveram produção anormal, tais como baixa contagem de espermatozoides.
A Organização Mundial de Saúde define qualquer nível acima de 16 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen como uma contagem de esperma normal.
Levando em conta os cerca de 70 dias que leva para o organismo produzir uma célula de esperma, os pesquisadores descobriram que os homens com a produção de esperma normal tiveram o esperma mais saudável no inverno.
Por exemplo, os homens produziram cerca de 70 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen durante o inverno.
Cerca de 5% dos espermatozoides apresentaram motilidade "rápida", ou velocidade de natação, o que melhora a chance de um casal engravidar. Em comparação com o esperma produzido na primavera, no qual apenas cerca de 3% eram "rápidos".
Segundo os pesquisadores, se existir mesmo um padrão sazonal, esse conhecimento pode ser de extrema importância, especialmente para casais com infertilidade masculina que lutam com tratamentos de fertilidade prolongados e sem êxito.
Fonte: Isaude.net
Suco de melão amargo previne aparecimento do câncer de pâncreas
Suco de melão amargo previne aparecimento do câncer de pâncreas
Bebida limita capacidade das células cancerosas de metabolizar a glicose, reduzindo a fonte de energia e levando-as à morte.
Suco de melão amargo previne o câncer de pâncreas em modelos de ratos, de acordo com pesquisadores da University of Colorado, nos EUA.
A pesquisa revela que a bebida à base da espécie Momordica charantia restringe a capacidade das células do câncer de pâncreas de metabolizar a glicose, reduzindo assim sua fonte de energia e matando-as.
Há três anos os pesquisadores demonstraram o efeito do extrato do também chamado melão-de-São-Caetano em células de câncer de mama apenas em uma placa de Petri. "Este estudo vai muito mais longe, usamos o suco, pessoas, especialmente nos países asiáticos já estão consumindo bastante. Mostramos que ele afeta a via de metabolismo da glicose para restringir a energia e matar células de câncer de pâncreas", afirma o pesquisador Rajesh Agarwal.
O interesse de Agarwal veio de ligar os pontos de investigações existentes de uma nova forma. Diabetes tende a prever o câncer de pâncreas e o melão tem sido usado por séculos contra o diabetes em remédios populares da China e Índia.
Seguindo esta linha de pensamento, Agarwal e seus colegas se perguntaram o que aconteceria se eles explorassem diretamente a ligação entre melão amargo e câncer pancreático.
O resultado, segundo Agarwal, é, "alteração nos eventos metabólicos nas células cancerígenas pancreáticas e a ligação da proteína quinase ativada por AMP, enzima que indica baixos níveis de energia nas células."
Talvez não por coincidência, o melão amargo também regula a secreção de insulina pelas células-beta pancreáticas. Após estudos em culturas de células, o grupo mostrou que ratos com câncer pancreático que foram alimentados com suco de melão amargo tiveram 60% menos probabilidade de desenvolver a doença do que os controles.
"É uma descoberta muito emocionante. Muitos pesquisadores estão desenvolvendo novos medicamentos específicos para eliminar a capacidade das células cancerosas para reabastecer as energias, e aqui temos um composto que ocorre naturalmente e pode fazer isso", destaca Agarwal.
Fonte: Isaude.net
Equipe transforma iPhone em microscópio capaz de diagnosticar infecções
Equipe transforma iPhone em microscópio capaz de diagnosticar infecções
Aparelho pode se tornar uma ferramenta valiosa na detecção de infecções por vermes em regiões pobres e remotas.
Cientistas que trabalham na área rural da Tanzânia transformaram um aparelho de celular em um microscópio capaz de diagnosticar infecções por vermes intestinais em crianças.
Pesquisa sugere que microscópios adaptados em telefones celulares podem em breve se tornar uma ferramenta valiosa no diagnóstico de doenças em regiões pobres e remotas.
A equipe usou uma lente de vidro simples, uma tira de fita dupla-face, e uma lanterna barata para converter um iPhone em um microscópio de campo.
"Há várias adaptações em laboratórios com microscópios de telefones celulares, mas esta é a primeira vez que a tecnologia tem sido usada no campo para diagnosticar parasitas intestinais", afirma o principal autor do estudo Isaac Bogoch, do Toronto General Hospital, no Canadá.
Os cientistas utilizaram um microscópio de telefone celular, em conjunto com um microscópio de luz padrão, para avaliar amostras de fezes de 199 crianças que tinham sido preparadas em uma lâmina de laboratório típica. As crianças estavam participando de um ensaio clínico em Pemba, na Tanzânia, que testava a eficácia de tratamentos com medicamentos diferentes para se livrar de vermes intestinais.
Para examinar uma amostra de fezes, os pesquisadores cobriram o slide em celofane, usaram a fita dupla face para anexá-lo à câmara, iluminaram com a lanterna e depois tiraram uma fotografia.
Embora o microscópio iPhone não tenha sido tão sensível quanto um microscópio padrão para a detecção de vermes intestinais em amostras de fezes, Bogoch e seus colegas acreditam que, com alguns ajustes, ele pode chegar muito perto. "Acreditamos que microscópios de telefone celular podem em breve se tornar uma ferramenta valiosa no diagnóstico de doenças em regiões pobres e remotas, onde os vermes intestinais são um grave problema de saúde, principalmente em crianças", afirma.
No geral, o microscópio celular detectou evidência de infecções por vermes intestinais (por revelar a presença de ovos) em cerca de 70% das amostras que haviam sido consideradas infectadas através de um microscópio padrão.
A sensibilidade do microscópio celular variou muito, dependendo do tipo de intensidade da infecção. Ele detectou 81% das infecções por lombriga gigante (A. lumbricoides) e 54% das infecções por lombrigas (T. trichiura). No entanto, revelou apenas 14% de todas as infecções pelo ancilóstomo, que os pesquisadores atribuem ao fato de as infecções por esse parasita deixarem menos ovos do que os outros. "Foi muito bem sucedido na detecção de infecções moderadas a fortes, mas não muito bons em detectar infecções leves onde pode haver apenas alguns ovos na amostra", observa Bogoch.
A equipe está confiante de que, no futuro próximo, vão ver microscópios de telefone celular amplamente utilizados em locais de poucos recursos. "Eles são fáceis de fazer, portáteis e hoje você pode encontrar telefones celulares com câmeras mesmo em algumas das regiões mais remotas do mundo", destaca Bogoch.
O estudo foi publicado no American Society of Tropical Medicine and Hygiene.
Fonte: Isaude.net
sábado, 9 de março de 2013
Pesquisadora cria tecido capaz de regular temperatura do corpo humano
Pesquisadora cria tecido capaz de regular temperatura do corpo humano
Aparelho desenvolvido na UEMG consegue absorver, armazenar e liberar o calor do corpo, mantendo o conforto térmico ideal.
Uma pesquisadora da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) desenvolveu um tipo de tecido capaz de regular a temperatura do corpo humano. O aparelho consegue absorver, armazenar e liberar o calor do corpo, mantendo o conforto térmico ideal e não causando irritação quando em contato com a pele. Inicialmente voltada para a prática esportiva, a inovação poderá ser aplicada em outras áreas.
A ideia é que a vestimenta possa oferecer mais conforto aos esportistas, como os triatletas, que passam por mudanças bruscas de temperatura durante a prática esportiva. " Quando a temperatura do nosso corpo se altera, o desconforto é grande. Bastam três graus acima ou abaixo da média habitual (36,5ºC) para afetar nossas atividades" , explica a criadora da tecnologia e estudante do curso de design de produtos da UEMG, Priscila Ariane Loschi.
" Os atletas buscam por materiais que potencializem o desempenho nas atividades físicas e que tragam conforto durante a prática. Tecidos que tenham a capacidade de absorver o calor liberado pelo atleta, permitindo-lhe um maior conforto e possibilitando uma prática esportiva de melhor qualidade, estão trazendo inovação para o setor têxtil e maior ênfase no mercado" , acrescenta Priscila.
Segundo a estudante, o revestimento, incialmente desenvolvido para os mais diversos segmentos do esporte, também pode ser aproveitado em outras áreas. "O material pode ser aplicado em uniformes de trabalhadores expostos sob altas temperaturas por longos períodos de tempo, vestimentas do cotidiano, como ternos e roupas de trabalho, dentre outras aplicações fora do setor têxtil.
Ainda de acordo com a pesquisadora, já existem propostas para a comercialização do material.
Pelo trabalho inovador, Priscila foi a vencedora do XXVI Prêmio Jovem Cientista na categoria Ensino Superior. O trabalho foi coordenado pela professora da UEMG Eliane Ayres.
Fonte: Isaude.net
segunda-feira, 4 de março de 2013
Tecnologia de imagem 3D melhora compreensão de doenças pulmonares crônicas
Tecnologia de imagem 3D melhora compreensão de doenças pulmonares crônicas
Abordagem é capaz de mapear doenças pulmonares, bem como a ação dos medicamentos inalados pelos pacientes.
Estudo conduzido na Universidade de Southampton, no Reino Unido, utiliza tecnologia de imagem em 3D para melhorar a vida de pacientes que sofrem de doença pulmonar crônica.
A pesquisa, liderada pelo professor Joy Conway tem por objetivo proporcionar melhor compreensão de doenças como a bronquite crônica, a fibrose cística e a asma. A tecnologia 3D utilizada na pesquisa é capaz de mapear a doença, bem como as drogas inaladas para trabalhar especificamente nos pulmões de um paciente.
Após a captação das imagens, físicos da Universidade de Southampton interpretam os dados colhidos nos exames dos pacientes voluntários para desenvolver uma imagem em 360º da atuação de um determinado medicamento inalado, disperso e exalado pelos pulmões.
A imagem é utilizada para informar aos especialistas sobre a melhor forma de otimizar a administração e entrega de medicamentos por via inalatória, como antibióticos e antivirais para doenças como asma, mas também futuras terapias genéticas para doenças como fibrose cística.
A expectativa é que as imagens também auxiliem fisioterapeutas no futuro, ajudando a melhorar a eficácia da fisioterapia respiratória exigida por muitos pacientes como parte de uma rotina diária para limpar secreções pulmonares.
Fonte: Isaude.net
Ferramenta de diagnóstico permite detecção precoce de cânceres e doenças de pele
Ferramenta de diagnóstico permite detecção precoce de cânceres e doenças de pele
Sistema de imagem multimodal híbrido produz imagens tridimensionais de alta resolução in vivo de forma não invasiva.
Um consórcio Europeu desenvolveu um sistema de imagem multimodal híbrido de diagnóstico com a capacidade de produzir imagens tridimensionais de alta resolução in vivo de forma não invasiva. A abordagem batizada de Skinspection se configura como uma ferramenta de diagnóstico que tem potencial para permitir que dermatologistas identifiquem distúrbios dérmicos em fases muito precoces. O equipamento pode, em um futuro próximo, auxiliar na prevenção de algumas formas de câncer.
Estudos recentes apontam o crescimento de casos de câncer de pele no mundo. Estimativas sugerem que uma em cada cinco pessoas irá desenvolver alguma forma de câncer de pele durante a vida, dentre eles o meloma, o câncer de pele mais agressivo. O melanoma é o segundo câncer mais comum em mulheres com idade entre 20-29 anos, e o sexto tipo de câncer mais comum em homens e mulheres. Em 2007, mais de um milhão de novos casos foram diagnosticados somente nos Estados Unidos.
O Skinspection foi desenvolvido a partir destas constatações. O aparelho permite obter uma visão ampla de campo com informações detalhadas quantitativa de lesões de pele e um olhar detalhado em especial dos compartimentos dos tecidos internos com informações quantitativas e resolução hiperespectral subcelular. O objetivo do projeto é fornecer uma nova ferramenta para o diagnóstico precoce e controle do tratamento de cânceres e outras doenças de pele.
Para atingir este objetivo, dois sistemas de imagens microscópicas e macroscópicas das lesões foram desenvolvidos nos últimos três anos pelos parceiros JenLab GmbH, Imperial College London, Fraunhofer IBMT e kibero GmbH. Os sistemas foram certificados com sucesso para estudos clínicos e estão sendo avaliados para geração de imagens de lesões cutâneas em um ensaio clínico bicentric no Hammersmith Hospital, no Reino Unido, e na Universita di Modena, na Itália.
Acesse aqui mais informações sobre o projeto.
Fonte: Isaude.net
Técnica produz imagem 3D do câncer de mama com menor dose de radiação
Técnica produz imagem 3D do câncer de mama com menor dose de radiação
Método mede como raios-X oscilam através do tecido mamário normal e doente e cria imagens mais nítidas que outros exames padrão.
Cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA, desenvolveram uma nova técnica capaz de produzir imagens 3D do tecido mamário duas a três vezes mais nítidas do que as atuais tomografias computadorizadas.
A abordagem oferece ainda uma menor dose de radiação aos pacientes e médicos em comparação com as mamografias convencionais.
"A mamografia depende de imagens bidimensionais. Isso pode ajudar a explicar por que 10 a 20% dos tumores de mama não são detectados na mamografia. A tomografia computadorizada também é tridimensional, mas não é considerada útil para a detecção do câncer de mama, uma vez que requer uma maior dose de radiação do que a mamografia", afirma o pesquisador Jianwei Miao.
Para melhorar a detecção do câncer de mama, Miao e seus colegas desenvolveram uma nova forma de visualizar a doença em três dimensões com uma dose de radiação um pouco menor do que nas mamografias atuais.
Para desenvolver a nova técnica, a equipe combinou um tipo de imagem de raios-X com um método de reconstrução de imagem conhecida pelos cientistas como "tomografia igualmente inclinada".
Uma razão pela qual a técnica pode ser melhor para a detecção é que ela mede a diferença na maneira como os raios-X oscilam através do tecido mamário normal em comparação com o tecido com câncer.
Cinco radiologistas independentes avaliaram o método. Eles descobriram que ele pode reduzir a dose de radiação em cerca de 74% em comparação com os métodos convencionais. Ele produziu imagens com a mais alta qualidade em comparação com imagens 3D de tecidos mamários capturados através de outros métodos padrão.
"Antes de nossa técnica estar disponível, precisamos de uma fonte de raios-X mais avançada. O equipamento para essa fonte está disponível somente em laboratórios de pesquisa. A fonte de raios-X deve ser menor para que possa caber facilmente em um quarto de hospital ou clínica. Pode levar uma década ou mais antes que a técnica 3D esteja clinicamente disponível", conclui Miao.
Fonte: Isaude.net
Índices de Chernobyl confirmam perigos da radiação em baixas doses
Índices de Chernobyl confirmam perigos da radiação em baixas doses
O estudo tem como base 20 anos de trabalhos com 110 mil pessoas que ajudaram nos serviços de limpeza da central nuclear.
Um estudo de 20 anos acompanhando 110 mil trabalhadores que participaram da limpeza da central nuclear de Chernobyl, em1986, na Ucrânia, mostra que eles tiveram um aumento significativo do risco de desenvolvimento de leucemia. Os resultados servem de base para definir o risco de câncer associado a baixas doses de radiação como as encontradas em procedimentos de diagnóstico médico como tomografia computadorizada.
No geral, foram identificados 137 casos de leucemia entre os trabalhadores, com 16% destes casos atribuídos à exposição direta à radiação de Chernobyl. As descobertas destacam a polêmica questão da exposição a baixas doses de radiação, uma realidade para mineiros, trabalhadores de usinas nucleares, de centros médicos de diagnóstico, entre outros profissionais que são cronicamente expostos ou em pacientes que recebem doses de radiação durante exames.
Embora os riscos de leucemia em decorrência da exposição à radiação já fossem esperados, o que surpreendeu os pesquisadores foi o alto índice de leucemia linfocítica crônica (LLC),chegando a ser semelhante ao risco estimado de casos de leucemia não LLC. Esta conclusão contesta a ideia de que a leucemia linfocítica crônica não está ligada a exposição à radiação.
Por muitos anos, as melhores estimativas vieram de estudos de longo prazo envolvendo 1,9 mil sobreviventes dos detonações de bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. A partir dessas avaliações de risco de câncer, os cientistas estimaram os riscos de exposição a pequenas doses de radiação.
" Nós sempre tivemos problemas com esta abordagem," afirma Lydia Zablotska, professora de epidemiologia e bioestatística da University of California, San Francisco (UCSF), e pesquisadora responsável pelo estudo realizado em parceria com o Chernobyl Research Unit at the Radiation Epidemiology Branch of the National Cancer Institute. " Primeiramente, os sobreviventes da bomba atômica foram banhados com raios de nêutrons, enquanto alguém que se submete a uma tomografia computadorizada é exposto a raios-X, um tipo diferente de radiação. Além disso, ainda existem os fatures genéticos, de estilo de vida e dieta que diferenciam a população japonesa da ocidental."
O novo trabalho ajuda a cobrir uma lacuna, pois as doses recebidas pelos trabalhadores ucranianos que ajudaram na limpeza em Chernobyl, fica em algum lugar entre o alto nível recebido pelos japoneses vítimas da bomba atômica e os níveis mais baixos recebidos por pessoas que passam por extensos exames médicos.
" A composição genética da população japonesa pode ter escondido este aumento de risco, A população do país asiático é muito menos propensa a desenvolver este tipo de câncer. A Leucemia Linfocítica Crônica atinge somente 3% dos casos da doença entre japoneses contra cerca de 30% dos casos da entre os norte-americanos e 40% de todos os casos de leucemia na Ucrânia," diz a pesquisadora.
"Nosso objetivo com este estudo é aumentar a consciência destes profissionais sobre os perigos da exposição a baixas doses de radiação", completa Zablotska.
Fonte: Isaude.net
Estudo analisa dados de 25 anos após uso de radioterapia em câncer de próstata
Estudo analisa dados de 25 anos após uso de radioterapia em câncer de próstata
O levantamento da Radiotherapy Clinics of Georgia aponta um período de 15 anos com PSA menor que 0,2 para evitar recorrência.
"Se o PSA de um homem é menor que 0,2 ng/ml após passados 15 anos do tratamento, os casos de recorrência da doença devem ser raros. Com base nesta informação, podemos concluir que este é o período mínimo necessário para entender completamente os resultados da evolução da doença."
A afirmação é resultado do estudo realizado por quatro médicos da Radiotherapy Clinics of Georgia (RCOG), clínica que realiza um dos maiores programas de próstata dos EUA, é o primeiro do mundo a analisar 25 anos de dados de acompanhamento após o tratamento de radioterapia em pacientes de câncer de próstata.
De acordo com Frank Critz, fundador e diretor médico da RCOG, " o programa de próstata da instituição é o único do gênero a ter recolhido e mantido um banco de dados de registros de clínica de todos os pacientes ao longo de um período de 30 anos de uma forma consistente e abrangente.
A pesquisa incluiu 3.546 homens com câncer de próstata tratados pelo implante I-125 seguido de radiação externa. Setenta e três por cento dos homens não apresentavam evidência de câncer de próstata 25 anos depois da realização do programa.
O estudo comparou pacientes tratados entre 1984-2000 a dois estudos anteriores de prostatectomia que analisaram 15 anos de acompanhamento de dados e uma sobrevida livre de doença (DFS) usando como base um PSA menor que 0,2. Uma sub-análise dos pacientes tratados com implantes transperineal entre 1995 e 2000, apontou média de 15 anos de sobrevida livre de doença (DFS) em 79% dos casos.
Os levantamentos incluíram, ainda, mais de 300 homens com reincidência do câncer. Pacientes que foram tratados entre 16-25 anos atrás. Os resultados mostraram que a maioria das recidivas ocorreram nos primeiros cinco anos após o tratamento.
Fonte: Isaude.net
Adesivo de estrogênio é nova opção para tratamento do câncer de próstata
Adesivo de estrogênio é nova opção para tratamento do câncer de próstata
Terapia, usada para tratar a menopausa, reduz níveis de testosterona em doentes a um nível semelhante ao do tratamento atual.
Um adesivo que entrega o hormônio estrogênio através da pele pode ser um tratamento mais barato e seguro para o câncer de próstata do que as terapias atuais. É o que revela estudo de pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido.
Ensaios clínicos mostraram que os adesivos, usados normalmente para tratar os sintomas da menopausa nas mulheres, reduziu os níveis de testosterona em homens a um nível semelhante ao alcançado com o tratamento hormonal atual, ou injeções de LHRHa.
Muitos cânceres de próstata precisam do hormônio masculino testosterona para crescer. O uso de drogas para reduzir a testosterona em estágios avançados da doença pode diminuir o crescimento do tumor.
Na década de 1960, isso foi feito usando comprimidos de estrogênio, mas isso causou efeitos colaterais sobre o coração e a coagulação do sangue de alguns homens. Agora, as injeções de LHRHa são o principal tratamento para a redução da testosterona, mas elas podem também causar efeitos secundários graves, incluindo osteoporose, fraturas ósseas e diabetes.
O estudo comparou o tratamento padrão, injeções de LHRHa, aos adesivos de estrogênio em homens com câncer de próstata localmente avançado ou câncer de próstata que se espalhou, a fim de testar os benefícios e efeitos colaterais dos adesivos.
Cerca de 254 homens participaram da tentativa inicial que mostrou que os adesivos pareciam suprimir os níveis de testosterona de forma semelhante às injeções de LHRHa. É importante ressaltar que os adesivos não causaram o mesmo grau de problemas de coagulação do sangue causados por comprimidos de estrogênio.
E depois de 12 meses, os pesquisadores também descobriram que aqueles que receberam o tratamento LHRHa tiveram maior glicemia e colesterol mais alto, o que pode aumentar o risco de doença cardíaca em comparação com os homens tratados com adesivos.
"Estes resultados promissores sugerem que podemos ser capaz de usar adesivos de estrogênio ou um gel de estrogênio para tratar o câncer de próstata sem aumentar significativamente o risco de doença cardíaca e derrame", afirma a pesquisadora Ruth Langley.
O próximo passo da equipe é testar se os adesivos de estrogênio são tão eficazes em parar o crescimento do câncer de próstata quanto os tratamentos hormonais atuais. "Estamos testando isso em mais de 600 pacientes e alguns resultados iniciais podem estar disponíveis ainda este ano", conclui o autor da pesquisa Paul Abel.
Fonte: Isaude.net
Americanos divulgam primeira "cura funcional" do HIV em crianças
Bebê recebeu antirretrovirais a partir de 30 hs de vida. Descoberta pode ser chave para geração de Controladores de Elite
Equipe de pesquisadores do Centro da Criança Johns Hopkins, da Universidade do Mississippi e da Universidade de Massachusetts divulgou, neste domingo (3), o primeiro caso de "cura funcional" em uma criança infectada pelo HIV.
A criança nasceu de uma mãe infectada pelo HIV e recebeu tratamento anti-retroviral 30 horas após o nascimento. Uma série de testes mostrou diminuição progressiva da presença viral no sangue do bebê, até atingir níveis não detectáveis 29 dias após o nascimento. O tratamento foi mantido até 18 meses de idade. Dez meses após a interrupção foram realizados repetidos testes de sangue normais, sem a detecção do HIV. O teste de anticorpos específicos (o indicador padrão clínico da infecção pelo HIV) também permaneceu negativo.
A virologista da Johns Hopkins, Deborah Persaud, principal autora do estudo, acredita que a administração imediata do tratamento antiviral levou à cura por bloquear os reservatórios virais (células dormentes responsáveis por reacender a infecção, na maioria dos pacientes com HIV, dentro de semanas de interrupção do tratamento). "A terapia antirretroviral em recém-nascidos, que começa dentro de dias de exposição, pode ajudar crianças eliminar o vírus e alcançar remissão sem tratamento ao longo da vida, prevenindo a formação destes esconderijos virais."
"Nosso próximo passo é descobrir se este caso foi uma resposta altamente incomum e precoce à terapia anti-retroviral ou algo que realmente possa ser repetido em outros recém-nascidos de alto risco", completa Persaud.
A divulgação aconteceu durante a 20ª Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI), em Atlanta.
Controladores de Elite
Especialistas dizem que a supressão viral natural sem tratamento é um fenômeno extremamente raro observado em menos de 0,5% de adultos infectados pelo HIV, conhecidos como "controladores de elite". O sistema imunológico destes pacientes é capaz de conter a replicação viral e manter o vírus em níveis indetectáveis clinicamente. Especialistas têm buscado uma forma de ajudar todos os pacientes com HIV a alcançar este status. A novidade pode ser a chave para se chegar a este objetivo, pois sugere que o tratamento imediato dos bebês pode levar a uma geração de " controladores de elite."
"Erradicação completa viral em larga escala é o nosso objetivo a longo prazo, mas, por enquanto, permanece fora de alcance, e nossa melhor chance pode vir de uso agressivo, oportuno e bem focalizado de terapias antirretrovirais em recém-nascidos de alto risco, como forma de alcançar a cura funcional," diz Katherine Luzuriaga, da Universidade de Massachusetts.
Em contraste com a cura por esterilização (erradicação completa de todos os vestígios virais do corpo) a cura funcional ocorre quando a presença do vírus é tão mínima que ele permanece indetectável por testes clínicos.
Um único caso de cura por esterilização foi relatado até agora. Ocorreu em um homem HIV-positivo tratado com transplante de medula óssea para leucemia. As células da medula óssea do dador vieram com uma mutação genética rara das células brancas do sangue que torna algumas pessoas resistentes ao HIV, um benefício que foi transferido para o destinatário. Uma abordagem muito complexa para ser aplicada nas 33 milhões de pessoas HIV positivas no mundo.
Prevenção ainda é a melhor saída
Os pesquisadores alertam que não existem dados suficientes para recomendar a mudança da prática atual de tratamento de crianças de alto risco. Hoje, os bebês recebem uma combinação de antirretrovirais em doses profiláticas para evitar a infecção por seis semanas, começando o tratamento com doses terapêuticas uma vez infecção é diagnosticada.
Apesar da importante promessa que esta nova abordagem traz para recém-nascidos infectados, os pesquisadores reafirmaram que prevenção da transmissão mãe-filho continua a ser o objetivo principal. "A prevenção é realmente o melhor remédio e já temos estratégias que podem prevenir 98% das infecções em recém-nascidos por meio da identificação e tratamento de mulheres soropositivas grávidas", afirma a pediatra Hannah Gay, integrante da equipe.
Fonte: Isaude.net
Identificadas vias do cérebro que provocam alimentação compulsiva
Identificadas vias do cérebro que provocam alimentação compulsiva
Estudo indica que larvas da mosca podem ajudar a melhorar o estudo da evolução dos impulsos guiados pela recompensa.
Pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos EUA, identificaram as vias neurais no cérebro das moscas responsáveis por induzir o comer por prazer.
A descoberta lança luz sobre as vias que induzem o ' comer compulsivo' no cérebro dos seres humanos.
"Nós sabemos que quando os insetos estão com fome, eles comem mais, tornam-se agressivos e estão dispostos a trabalhar mais para conseguir a comida. Pouco se sabe sobre a outra metade, a recompensa baseada no comportamento alimentar, quando o animal não está com tanta fome, mas ainda assim se animam sobre o alimento quando sentem o cheiro", observa o pesquisador Ping Shen.
Segundo os pesquisadores, o fato de que um animal relativamente pequeno, uma larva de mosca, realmente desenvolve esta alimentação impulsiva com base em uma sugestão de recompensa foi uma surpresa.
Shen e seus colegas descobriram que apresentar alimentos com odores apetitosos a larvas de moscas de frutas já alimentadas causou alimentação impulsiva por alimentos ricos em açúcar. As descobertas sugerem que comer por prazer é um comportamento antigo e que as larvas da mosca podem ser usadas para estudar a neurobiologia e a evolução dos impulsos guiados pela recompensa.
Para testar comportamentos orientados pela recompensa em moscas, Shen introduziu odores apetitosos para grupos de larvas bem alimentados. Em todos os casos, as larvas já alimentadas consumiram cerca de 30% mais quando rodeadas pelos odores atrativos.
No entanto, quando eles ofereceram aos insetos uma refeição de baixa qualidade, eles se recusaram a comê-la. "Eles têm expectativas. Se reduzimos a concentração de açúcar abaixo de um limite, eles não respondem mais. Similares ao que vemos em seres humanos, se você se aproximar de um belo pedaço de bolo e prová-lo e determinar que ele é velho e horrível, você não fica mais interessado", explica Shen.
A equipe também tentou definir melhor essa conexão entre emoção e expectativa. Eles descobriram que quando as larvas foram presenteadas com um odor breve, a quantidade de tempo que elas estavam dispostos a agir no impulso foi de cerca de 15 minutos.
"Após 15 minutos, elas voltam ao normal. Você fica animado, mas você não pode ficar animado para sempre, então, há um mecanismo para desligá-lo", afirma Shen.
O trabalho também sugere que os neuropeptídeos ou produtos químicos do cérebro que agem como moléculas sinalizadoras desencadeantes do ' comer compulsivo' , são consistentes entre moscas e seres humanos. Neurônios recebem estímulos e convertem em pensamentos que são então transmitidos para o mecanismo que diz aos animais como agir. Estas moléculas de sinalização são necessárias para este impulso, sugerindo que os detalhes moleculares destas funções são evolutivamente ligados entre moscas e seres humanos.
Segundo os pesquisadores, no modelo de mosca, quatro neurônios são responsáveis por retransmitir sinais do centro olfativo no cérebro para estimular a ação. Cada receptor de odor traduz a resposta de forma ligeiramente diferente. Disparadores humanos são obviamente mais diversos, mas o mecanismo de combinação é provavelmente o mesmo.
Shen está trabalhando agora em um modelo de computador para determinar como esses odores são interpretados como estímulos.
"Fazer dieta é difícil, especialmente no meio desta variedade de alimentos bonitos. É muito difícil controlar essa vontade impulsiva. Então, se entendermos como esse comportamento de comer compulsivamente acontece, nós talvez possamos encontrar uma maneira, pelo menos para o aspecto comportamental, de evitar isso. Podemos modular melhor os nossos comportamentos ou usar intervenções químicas para acalmar esses estímulos", conclui Shen.
Fonte: Isaude.net
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