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domingo, 31 de outubro de 2010
Mãos podem 'notar' erros ao digitar quando cérebro falha, diz estudo
Mãos podem 'notar' erros ao digitar quando cérebro falha, diz estudo
Digitadores profissionais não percebem alguns dos erros que corrigem.
Trabalho será divulgado pela revista 'Science'.
Uma pesquisa da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, mostra que o ato de digitar, quando praticado po pessoas experientes, é uma atividade controlada por uma espécie de "piloto automático" humano, que consegue captar erros que às vezes o cérebro não nota. Os resultados serão publicados na revista Science nesta sexta-feira (29).
"Todos nós fazemos algumas coisa no 'piloto automático' como andar e tarefas domésticas como passar café", diz Gordon Logan, principal autor do estudo. "No caso dessa pesquisa sobre digitação, o que nós descobrimos de surpreendente é que esses processos são dissociados, ou seja, as próprias mãos 'sabem' quando cometeram um erro, mesmo quando o cérebro não os percebe."
Para conhecer a relação entre tarefas realizadas no "piloto automático" e a consciência (referida como piloto no estudo) e o papel de cada um na detecção de erros, Logan e Matthew Crump, outro autor do estudo, conduziram experimentos que buscaram separar o que era visto na tela e como os dedos dos voluntários se comportavam ao digitar.
No primeiro deles, digitadores experientes foram solicitados a reproduzir palavras que apareciam em uma tela e comentar se haviam ou não cometido erros. Com um programa de computador, os dois cientistas corrigiram deslizes e alteraram palavras escritas corretamente.
Pessoas compensam os seus erros mesmo quando não os percebem. Nós descobrimos uma nova ferramenta para investigar, separadamente, o papel da consciência e do 'piloto automático' na hora de perceber erros de digitação"
Matthew Crump, pós-
doutor em psicologia
Também levaram em conta a rapidez de digitação, procurando pela redução de velocidade que ocorre quando alguém aperta uma tecla errada. No final, os digitadores deram notas para o desempenho deles.
Os digitadores, em geral, entenderam como seus os erros gerados pelo computador, assim como emprestaram o crédito pelas correções que a máquina fez. Segundo os cientistas, eles foram enganados pelo programa, mas os dedos, dirigidos pelo "piloto automático", passaram no teste.
As mãos somente pararam quando uma tecla foi pressionada fora de hora, mantendo o ritmo ao escrever palavras certas.
No segundo experimento, os digitadores tiveram de julgar o desempenho logo após a escrita de cada palavra. No último, os pesquisadores contaram aos voluntários que o programa de computador poderia inserir ou excluir erros e pediram, mais uma vez, por uma análise do resultados por parte dos datilógrafos.
As "cobaias" só conseguiram acertar quando de fato erravam no terceiro experimento. Quanto ao padrão dos dedos, o mesmo foi observado em todos os experimentos: os digitadores, sem perceber, reduziram a velocidade ao apertarem teclas fora de hora e mantiveram a rapidez ao grafarem corretamente o que aparecia na tela.
"Os resultados sugerem que a detecção de erros pode acontecer tanto consciente como inconscientemente", diz Crump, pós-doutor em psicologia. "Pessoas compensam os seus erros mesmo quando não os percebem. Nós descobrimos uma nova ferramenta para investigar, separadamente, o papel da consciência e do 'piloto automático' na hora de perceber erros de digitação."
Fonte G1.
Médicos são condenados por fazer operações desnecessárias na Itália
Médicos são condenados por fazer operações desnecessárias na Itália
Foram mais de 80 procedimentos, incluindo remoção de pulmões e seios.
Chefe de departamento cumprirá pena de mais de 15 anos de prisão.
Oito médicos italianos foram condenados a prisão nesta sexta-feira pela realização de dezenas de operações desnecessárias para obter ganhos financeiros, de acordo com o jornal "La Repubblica".
Dezenas de pacientes com tuberculose tiveram seus pulmões retirados na 'clínica dos horrores'
O diário italiano disse que os médicos da clínica Santa Rita, em Milão, fizeram mais de 80 operações desnecessárias, incluindo a remoção de pulmões e seios.
O responsável pela departamento torácico da clínica, Pier Paolo Brega Massone, foi condenado a 15 anos e meio de prisão.
O juiz do caso descreveu Massone como "cruel e despido de qualquer senso de compaixão humana".
Casos
O "La Repubblica" diz que a sentença foi recebida com aparente indiferença pelos médicos. Seus advogados dizem que vão recorrer da decisão.
As operações desnecessárias ocorreram entre 2005 e 2007 para que a instituição, apelidada de "clínica dos horrores" pela imprensa italiana, cobrasse subsídios do governo.
Entre os casos desnecessários, foram registrados os de dezenas de pacientes com tuberculose que tiveram seus pulmões retirados.
Uma garota de 18 anos de idade teve um seio removido quando a simples retirada de um nódulo teria sido suficiente, diz o jornal.
Em outro caso, uma senhora de 88 anos foi submetida a três cirurgias de pulmão quando apenas uma teria sido necessária.
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca
Nova regra de ressuscitação dá
prioridade à massagem cardíaca
Os médicos deram uma "ajudinha" para quem tem a difícil missão de ressuscitar uma pessoa que sofreu de parada cardíaca. De acordo com as novas diretrizes de ressuscitação cardiopulmonar, divulgadas nesta semana, a massagem cardíaca sem a respiração boca a boca é tão eficaz quanto os dois procedimentos em sequência, quando realizada por leigos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas normas nesta segunda-feira (18), as chances de sucesso de uma pessoa que faz a massagem cardíaca corretamente são praticamente as mesmas de quem opta pela dobradinha, além de contar com a vantagem de se ganhar tempo – essencial no processo.
Fotos: veja como fazer a ressuscitação
Pela nova norma, a respiração deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde, que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50% até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.
Pela nova norma, o leigo que se deparar com uma pessoa desacordada deve seguir cinco passos até que os paramédicos cheguem – antes eram pelo menos oito. O cardiologista Hélio Penna Guimarães, do Hospital do Coração, de São Paulo, mostra quais são.
- 1º. Antes de ajudar o desacordado, tenha certeza de que o lugar é seguro para você e para fazer o atendimento. Caso contrário, serão duas vítimas.
- 2º. Avalie o nível de consciência da vítima, vendo se está acordada e perguntando se está bem.
- 3º. Peça ajuda. Solicite a quem aparecer para ligar para o resgate e peça também para trazerem um DEA (Desfibrilador Externo Automático), geralmente localizado em aeroportos, rodoviárias e shopping centeres.
- 4º. Ver se a pessoa tem algum sinal de vida, se está respirando. Para isso, recline a cabeça dela, levantando levemente o queixo para cima. Chegue próximo ao rosto e sinta se há respiração, mesmo que espaçada. Se não houver, comece a massagem cardíaca.
- 5º. Conhecida no termo médico como compressão torácica, a massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) sob braços retos, que devem fazer ao menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.
Os movimentos servem para retomar a circulação do sangue e, consequentemente de oxigênio, para o coração e o cérebro, interrompida quando o coração para. Não espere mais de dez segundos para começar a compressão e a faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção. Como demanda esforço físico, tente revezar com outra pessoa, de forma coordenada, se puder.
O cardiologista explica que a mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de fazê-lo pelo receio de encostar sua boca na boca de desconhecidos.
- Algumas pesquisas nos Estados Unidos mostraram que o número de ressuscitações havia diminuído muito em cidades onde o número era alto, por causa do medo de contrair doenças pela boca.
Embolia pulmonar é fatal em 22% das internações Apesar do alto poder de morte, doença é desconhecida por 78% dos brasileiros
Embolia pulmonar é fatal em 22% das internações
Apesar do alto poder de morte, doença é desconhecida por 78% dos brasileiros
A cada dez pessoas que dão entrada num hospital público por causa de embolia pulmonar (EP), pelo menos duas delas irão morrer. De acordo com o Datasus, do Ministério da Saúde, entre setembro de 2009 e agosto de 2010 (período de um ano), das 4.963 pessoas hospitalizadas no SUS, 1.087 morreram (21,9%). Apesar da alta taxa de mortalidade da doença, uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) mostrou que a embolia pulmonar é desconhecida por 78% dos brasileiros.
O levantamento foi realizado pelo Ibope a pedido da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Dentre os 1.008 entrevistados, 39% já tinham ouvido falar da doença, mas não sabiam do que se tratava, enquanto outros 39% sequer conheciam a enfermidade.
O poder de morte da embolia pulmonar (21,9%) é maior do que o de outras doenças mais conhecidas, como o infarto agudo do miocárdio (com 12,8% de taxa de mortalidade), a tuberculose pulmonar (6,9%) e o mal de Alzheimer (18,8%).
A embolia pulmonar é uma complicação de outra doença: a trombose. O tromboembolismo venoso (TEV) ocorre quando um coágulo (trombo) bloqueia a circulação sanguínea. Quando esses trombos se fixam dentro de vasos profundos da perna, coxa ou pelve – os membros inferiores concentram 90% dos casos – a doença é chamada de trombose venosa profunda (TVP). Os sintomas mais comuns são inchaço da perna, endurecimento da panturrilha (empastamento) e aparecimento de veias e varizes.
O tratamento da TVP ocorre por meio de anticoagulantes que impedem o crescimento do trombo e a formação de novos coágulos. No entanto, se essa doença não for identificada e tratada, o trombo pode cair na corrente sanguínea e atingir o pulmão, bloqueando as artérias pulmonares – configurando a embolia pulmonar. Dependendo da obstrução provocada pelo êmbolo, os sintomas vão desde dificuldades na respiração até a morte.
Riscos maiores nos hospitais
Segundo o presidente da SBACV, Guilherme Pitta, é importante impedir a progressão da trombose e reduzir as dores e edemas para evitar sequelas e complicações, como a embolia pulmonar. O médico lista uma série de fatores de risco que aumentam as chances de uma pessoa desenvolver os trombos: AVC, câncer, infarto, tabagismo, idade superior a 40 anos, reposição hormonal, quimioterapia, gravidez, pós-parto, obesidade, presença de varizes, dentre outros.
Mas a situação que aumenta de forma significativa as chances de tromboembolismo venoso são as cirurgias, em especial aquelas que reduzem a mobilidade do paciente. De acordo com a pneumologista Ana Thereza Rocha, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), o TEV ocorre mais frequentemente nos hospitais.
- Uma vez no hospital, o paciente precisa alertar seu médico [sobre os fatores de risco]. E o hospital precisa identificar o risco de TEV em todos os pacientes internados.
O acompanhamento dos hospitais, no entanto, está abaixo do esperado. Ana Thereza cita um estudo chamado Endorse, que foi feito em 2008 em 32 países. No Brasil, 1.295 pacientes de 12 hospitais foram avaliados. Os resultados mostraram que, apesar de 56% deles serem candidatos a desenvolver TEV, somente 51% recebiam o tratamento adequado.
- O TEV é assintomático em 80% dos casos. As dificuldades diagnósticas são múltiplas, por isso é importante a prevenção.
Segundo o coordenador de pneumologia da Rede D’Or Hospitais, João Pantoja, os riscos não são exclusivos do período de internação no hospital. Ele afirma que, mesmo quando os pacientes que passam por cirurgia deixam o hospital, é preciso manter o acompanhamento e o tratamento adequado com anticoagulantes para impedir a formação dos trombos.
Desconhecimento da população
Diante desse cenário de desconhecimento, a SBACV e a SBPT resolveram fazer o levantamento para identificar o grau de conhecimento dos brasileiros a respeito da trombose, tanto da trombose venosa profunda como de sua mais grave consequência, a embolia pulmonar.
O estudo revelou que a população não tem informações suficientes sobre a trombose e desconhecem os riscos de desenvolver a doença. Apesar de 56% da população afirmar que já ouviu falar da trombose, 57% desconhece seus sintomas e consequências. A embolia pulmonar é ainda mais desconhecida, com 78% dos brasileiros sem nenhum tipo de informação.
De acordo com Pitta, os resultados mostram que é preciso aumentar a conscientização da população sobre a doença.
- [Isso vai permitir] cobrarmos mais ações preventivas por parte dos hospitais, investir em programas de ação continuada, para identificar pacientes sob o risco de TEV no ambiente hospitalar e implementar a prevenção adequada. Estas medidas podem ajudar a evitar vários óbitos.
É consenso dos especialistas que, com a população mais informada, ela poderá interferir nos fatores de risco e alertar os profissionais de saúde sobre suas condições. Ainda assim, o diretor clínico do Hospital São Camilo, José Ribamar Branco, afirma que a responsabilidade por manter a segurança dos pacientes é das instituições de saúde.
- Os hospitais precisam gerenciar isso e identificar os pacientes de risco.
EUA proíbem remédio contra obesidade Qnexa pode causar riscos para a saúde do coração do usuário
EUA proíbem remédio contra obesidade
Qnexa pode causar riscos para a saúde do coração do usuário
O FDA (agência norte-americana que regulamenta os setores de alimentos e remédios) proibiu a venda do Qnexa, um remédio experimental contra a obesidade produzido pelo laboratório Vivus.
O órgão indicou em uma carta que "não pode aprovar o Qnexa em sua forma atual". Assim, o FDA seguiu, como faz muitas vezes, as recomendações de um comitê consultivo de especialistas, adotadas na metade de julho. Eles se pronunciaram contra a comercialização do medicamento, citando seus possíveis riscos cardíacos.
Qnexa era o primeiro medicamento para tratar a obesidade submetido à aprovação da FDA em dez anos.
Trata-se de uma combinação de dois fármacos que já estão no mercado: fentermina, derivado da anfetamina e utilizado para reduzir o apetite, e topiramato, um antiepilético que serve para tratar convulsões. Apesar de quase um terço dos americanos serem obesos ou estejam em sobrepeso, há poucos tratamentos no mercado.
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Anoréxicas correm mais riscos de gravidez não planejada e aborto induzido Mulheres com distúrbio alimentar podem engravidar mesmo com ciclo menstrual
Anoréxicas correm mais riscos de
gravidez não planejada e aborto induzido
Mulheres com distúrbio alimentar podem engravidar mesmo com ciclo menstrual irregular
Pesquisadores noruegueses e da Universidade Carolina do Norte (Estados Unidos) revelaram que mulheres anoréxicas estão mais sujeitas a gravidez não planejada e a aborto induzido do que as mulheres que não têm problemas alimentares.
Os cientistas avaliaram 62.060 mulheres, com idade média de 29,9 anos. Desse total, 62 sofriam de anorexia nervosa, com média de 26,2 anos.
O estudo revelou que 50% das anoréxicas grávidas não tinham planejado a gestação. Já entre as mulheres sem distúrbios alimentares, esse índice era de 18,9%. Com relação a aborto provocado, 24,2% das mulheres com anorexia relataram pelo menos um caso no passado, em comparação a 14,6% das outras.
De acordo com Cynthia Bulik, autora do estudo, esses resultados devem servir de alerta para as mulheres que sofrem de anorexia, pois muitas delas acreditam que não conseguem engravidar porque apresentam ciclo menstrual irregular.
- A anorexia não é um método contraceptivo. Só porque a mulher não está menstruando ou tem o ciclo irregular, não significa que ela não possa engravidar.
Para Cynthia, os médicos e profissionais de saúde que cuidam dessas pacientes devem falar com elas sobre sexualidade e métodos de prevenção de uma forma tão clara como é debatido com outras mulheres.
Além disso, a médica afirma que é preciso estar alerta às mulheres grávidas que enfrentam distúrbios alimentares para que elas recebam o tratamento adequado o mais rápido possível.
- A avaliação de problemas alimentares durante as visitas pré-natal é um excelente primeiro passo.
Do R7
Especialistas de SP vetam remédio distribuído pelo Ministério da Saúde
Especialistas de SP vetam remédio
distribuído pelo Ministério da Saúde
Droga usada para doença de Gaucher ainda está em estudo e não é aprovada
Parecer de especialistas que assessoram a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo concluído em setembro vetou o uso do medicamento taliglucerase nos pacientes com a doença de Gaucher. O motivo é a da falta de informações a respeito dos efeitos do remédio. Apenas quem passa por estudos clínicos continuam tomando a medicação.
A droga, que ainda está em estudo e não é aprovada no país, foi distribuída nas últimas semanas emergencialmente pelo Ministério da Saúde aos Estados mediante uma autorização especial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O taliglucerase está substituindo um outro remédio que vinha sendo utilizado e que registrou desabastecimento mundial.
A doença de Gaucher é uma condição rara, causada pela incapacidade do organismo em metabolizar gordura, o que gera anemia e problemas ósseos. Atualmente 610 pessoas estão em tratamento no país, 172 delas em São Paulo. Alguns estão evitando tomar a medicação.
Apesar de a secretaria e o ministério não terem se manifestado oficialmente sobre os questionamentos até a conclusão desta reportagem, dados do parecer já vinham circulando entre médicos e pacientes – o que fez com que parte dos portadores abandonasse a terapia emergencial, mesmo com os sintomas.
Em nota oficial, o Ministério da Saúde reafirmou a segurança do remédio e destacou que o parecer não é a posição oficial da secretaria de São Paulo. A pasta estadual informou apenas que recomenda que os doentes revejam a prescrição com os seus médicos.
A discussão envolve um mercado de pelo menos R$ 52 milhões, custo da última compra emergencial, e drogas de pelo menos três multinacionais do setor farmacêutico - Pfizer, distribuidora da taliglucerase, Genzyme, fabricante da imiglucerase, que registrou o desabastecimento, e a droga miglustate, da Actelion, recomendada pelo grupo de especialistas para adultos com indicação.
Efeitos
O parecer do grupo da Secretaria Estadual de Saúde, enviado ao ministério no início de outubro, é assinado pelas médicas Ana Maria Martins, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Gilda Porta, da USP (Universidade de São Paulo), Jordana Fuzato, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e Teresa Cristina Bortolheiro, da Faculdade de Medicina da Santa Casa.
O texto acusa o ministério de ferir princípios éticos das pesquisas com seres humanos e destaca que não há nenhum estudo publicado sobre a droga, fato que a fabricante Pfizer confirma. Também recomenda que se volte a comprar a droga da Genzyme para crianças, grávidas e aqueles que se recusarem a receber a taliglucerase, além de sugerir a compra da miglustate.
Resposta
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o parecer do comitê assessor paulista “não representa o posicionamento oficial da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo”. A pasta estadual, porém, afirmou em esclarecimento que a decisão sobre o remédio para Gaucher cabe ao ministério, mas que recomenda aos pacientes reverem a prescrição com seus médicos.
Nas últimas semanas, os dois órgãos vêm se desentendo sobre o abastecimento de remédios e a segurança de fármacos do SUS.
Segundo destacou o ministério, a aquisição de taliglucerase foi “efetivada com a Pfizer porque o laboratório foi o único no mundo que garantiu (...) ser capaz de produzir o quantitativo necessário do medicamento”. A nota enfatiza que a compra “só ocorreu depois que a eficácia e a segurança (...) foram comprovadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária”. O ministério garante que todos os pacientes respondem bem à terapia, orientada em um guia. A pasta defendeu ainda que o miglustate é indicado só para pacientes refratários.
A Pfizer disse desconhecer os questionamentos do comitê e destacou que pacientes usam o remédio em testes “com bons resultados”.
Do R7
Dietas e emagrecimento rápido após o parto são perigosos
Dietas e emagrecimento rápido após o parto são perigosos
Sintomas de ansiedade, preocupação e depressão prejudica o aleitamento
Após o parto, muitas mulheres tentar conciliar a tarefa de ser mãe e recuperar forma ideal após os quilos ganhos com a gestação. Mas o desejo exagerado por voltar ao corpo normal, logo nas primeiras semanas após o nascimento do bebê, pode trazer consequências ruins, principalmente relacionadas ao aleitamento. A opinião é da fisioterapeuta Jeanine Campani, professora de fisioterapia do departamento de ginecologia e obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro. As informações são da Agência UFRJ de Notícias.
Segundo a especialista, após um parto, seja ele cesariana ou normal, o corpo da mulher passa por diversas modificações fisiológicas que farão com que a mulher retorne às suas condições anteriores à gestação, período chamado de puerpério.
- Por exemplo: o útero irá retornar a seu tamanho anterior, com isso toda estrutura abdominal, pélvica e óssea, que se alterou para permitir o seu crescimento acompanhando o desenvolvimento fetal irá retornar ao estado anterior. É preciso um tempo para o organismo retornar às suas condições fisiológicas anteriores à gestação.
Dietas feitas sem orientação de um médico também podem prejudicar o aleitamento, explica Jeanine.
- Mães que se utilizam de exageros para voltar à boa forma podem apresentar sintomas de ansiedade, preocupação e até depressão.
Estes fatores e outros podem prejudicar o aleitamento materno. Para que o aleitamento ocorra de forma correta, é preciso muita dedicação, tranquilidade e disponibilidade.
Jeanine alerta que, quando o foco de preocupação passa a ser o corpo, surge um conflito em algumas mulheres entre os cuidados do recém-nascido e a falta de tempo para se cuidarem.
- Nessa hora é preciso um equilíbrio entre ser mãe e ser mulher.
De que forma recuperar a forma ideal?
Existem vários fatores que podem influenciar o retorno do corpo após a gestação. Jeanine afirma que as mulheres magras não têm mais facilidade para voltar ao corpo ideal, pois existem inúmeros fatores que precisma ser observados.
- Estes fatores podem estar relacionados a complicações da gestação, peso adquirido durante a gestação, alimentação durante e após a gestação, entre outros. Logo, não podemos afirmar que o magro após a gestação retornará a seu peso anterior mais facilmente do que a pessoa que está acima do peso antes da gestação ou que aumentou mais do que a média.
A fisioterapeuta conta que recuperar o corpo não é apenas uma questão de estética. Além disso, há uma reorganização física, biológica e emocional do organismo após a gestação e o parto.
Os exercícios físicos, que são importantes nesse período, só devem ser praticados com a orientação de um médico. É preciso fortalecer a musculatura, reeducar a postura e equilibrar a mente e o corpo.
- Isto só conseguimos com a prática de atividades físicas específicas.
Outra dúvida frequente das mães, segundo Jeanine, é se o aleitamento emagrece ou se ele só tem eficiência se aliado a uma boa alimentação e à pratica de exercícios físicos.
- Perde-se peso amamentando somente sim, porém nem sempre quando perdemos peso voltamos à forma.
Do R7
Rio tem 43 casos de infecção por superbactéria em 2010
Rio tem 43 casos de infecção
por superbactéria em 2010
Três pessoas infectadas pela KPC morreram em hospitais; veja como evitar contaminação
O Rio de Janeiro confirmou 43 casos de infecção pela superbactéria KPC, resistente a praticamente todos os antibióticos disponíveis, em 2010. O número, que se refere ao período entre janeiro e 27 de outubro, já é maior que o alcançado em todo o ano passado (32).
Neste ano, houve três mortes de pessoas infectadas pelo micróbio, mas ainda não é possível dizer que a bactéria tem relação com o óbito – eram pacientes que já estavam em estado grave.
De acordo com Alexandre Chieppe, superintendente de vigilância ambiental e epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, desde esta semana equipes estão visitando hospitais com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para reforçar as medidas de controle de infecção hospitalar. A bactéria afeta principalmente pessoas em estado grave.
– Estamos reforçando a prevenção, mas não é caso de fazer alarme. Ainda estamos em um cenário em que essas bactérias estão muito restritas ao ambiente hospitalar.
Bactérias resistentes a antibióticos não são uma novidade dos hospitais, segundo especialistas. Esses micróbios se tornam multirresistentes por causa do uso abusivo de antibióticos – tanto em tratamentos no hospital quanto em casa.
Além disso, a falta de algumas medidas de higiene - como a incorreta higienização das mãos pelos profissionais de saúde - também explica a proliferação dessas bactérias. No caso da KPC, o que preocupa os especialistas é que essa enzima permite à bactéria se espalhar com mais facilidade do que as outras.
A transmissão ocorre por meio de contato direto, como tocar em outra pessoa, ou por contato indireto, como, por exemplo, pelo uso de um objeto em comum.
Apesar disso, especialistas alertam que não há motivo para pânico. Nos hospitais, os pacientes que estão infectados pela bactéria, ou com suspeita de infecção, estão sendo isolados dos demais.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) fez recomendações para evitar a contaminação pela doença:
Visitantes ou acompanhantes de pacientes
- Se você é visitante ou está acompanhando algum paciente, antes de tocá-lo, lave bem as mãos com água e sabão.
- Evite contato físico com outros doentes e, se houver, não se esqueça de higienizar as mãos.
- Evite tocar em macas, mesas de cabeceira e equipamentos hospitalares. Se houver contato, lave as mãos antes de encostar novamente no doente.
- Verifique se o médico ou enfermeiro que atende o doente que você acompanha fez a lavagem de mãos ou a assepsia com álcool gel antes de examiná-lo. Você pode pedir que ele o faça, para evitar contaminação.
Profissionais de saúde
- Se você é médico ou profissional da saúde redobre sua atenção com as medidas de higienização.
- Higienize as suas mãos com frequência, especialmente antes e após o contato com o paciente, antes da realização de procedimentos invasivos, após risco de exposição a fluidos corporais e após contato com superfícies próximas ao paciente.
- As mãos devem ser lavadas com água e sabão e higienizadas, de preferência, com preparações alcoólicas para as mãos (sob a forma líquida, gel, espuma e outras) ou com água e sabonete líquido.
- Todos os produtos devem estar devidamente regularizados na Anvisa. Se as mãos estiverem com sujeira visível, o uso do sabonete é o mais indicado.
Do R7
Maioria dos brasileiros desconhece sintomas do AVC
Maioria dos brasileiros desconhece sintomas do AVC
Para especialistas em neurologia, é preciso ampliar a prevenção e o tratamento
Da Agência Brasil
A cada cinco minutos, um brasileiro morre por causa de um AVC (acidente vascular cerebral), segundo dados da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), com base em informações do Ministério da Saúde. São quase 100 mil mortes por ano no Brasil. Nesta sexta-feira (29), Dia Mundial de Combate ao AVC, especialistas alertam que a maioria dos brasileiros desconhece os sintomas da doença e não procura o médico.
Na maioria dos casos, o AVC, popularmente chamado de derrame, é causado pelo entupimento de uma artéria cerebral por um coágulo, impedindo o sangue de chegar a outras áreas do cérebro. De acordo com Sheila Martins, do Departamento de Doenças Cerebrovasculares da ABN, a população prefere esperar para ver se haverá um quadro de melhora em vez de procurar o serviço de emergência.
Em 2008, uma pesquisa do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo), perguntou a 800 pessoas nas ruas das cidades de Ribeirão Preto, São Paulo, Salvador e Fortaleza quais eram os sintomas do AVC. Somente 15,6% dos entrevistados sabiam o significado da sigla. Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados confundiu a doença com paralisia, congestão, trombose ou nervosismo.
Os sintomas de um AVC são fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, entender ou enxergar, tontura repentina e dor de cabeça muito forte sem motivo aparente.
Para o neurologista e coordenador da pesquisa, Octávio Marques Pontes, o brasileiro não encara o AVC como uma doença que necessita de imediato atendimento médico porque acha que não existe tratamento.
- A doença está presente na vida das pessoas, mas a maioria vê como sem tratamento.
Segundo Pontes, desde 2001 está disponível na rede pública e privada o tratamento trombolítico, que consiste na aplicação de remédios para desobstruir a artéria e restabelecer o fluxo sanguíneo. Este método é considerado o mais eficaz para tratar um acidente vascular cerebral.
A recomendação é que o paciente inicie o tratamento cinco horas após o aparecimento dos primeiros sintomas. O atendimento rápido aumenta em 30% as chances de sobrevivência, segundo Pontes. Um levantamento da Associação Internacional de AVC (ISS, em inglês) constatou que 15% dos pacientes que sofrem um AVC podem morrer ou sofrer novamente o problema no prazo de um ano.
Os especialistas alertam ainda que é possível prevenir o acidente vascular desde que sejam adotados cuidados no decorrer da vida – entre eles praticar exercícios físicos, ter alimentação saudável e evitar o fumo, o consumo de álcool, além de ficar em alerta com as taxas de pressão e do colesterol. A doença incide na população com mais de 65 anos, mas pode ocorrer em jovens e até em recém-nascidos.
Além da prevenção, os médicos apontam ainda a necessidade de ampliar a rede com tratamento específico para o AVC. Atualmente, 62 hospitais públicos e privados oferecem o tratamento adequado, contra 35 em 2008, segundo a neurologista Sheila Martins.
Em um ranking nacional feito pela neurologista, o Rio Grande do Sul aparece com a maior taxa de mortalidade por AVC no país – 75 mortes por 100 mil habitantes. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 68 mortes por 100 mil habitantes, seguido por Piauí, Pernambuco e Paraná. O cálculo é baseado em estatísticas do Ministério da Saúde de 2007.
A Organização Mundial de AVC estima que uma em cada seis pessoas no mundo terá um acidente vascular cerebral na vida.
Do R7
Poluição afeta o desenvolvimento do feto durante gestação
Poluição afeta o desenvolvimento
do feto durante gestação
Pesquisas brasileiras mostram que o ar poluído afeta a saúde em vários aspectos
Getty Images
Bebês sofrem com poluição e podem nascer com baixo peso
Bebês que nascem abaixo do peso normal. Internações por doenças cardiorrespiratórias. Infecções das vias aéreas. Infertilidade masculina. Redução significativa de recém-nascidos do sexo masculino. Estudos divulgados por pesquisadores brasileiros recentemente mostram como os danos à saúde causados pela poluição (tanto das queimadas, como dos carros e das fábricas) são mais extensos e graves do que se imaginava.
O preocupante nesse cenário é que, diferentemente de outras doenças, não há nada que a população possa fazer para se prevenir da poluição – a única estratégia que pode reduzir os impactos é controlar a emissão de poluentes.
Uma pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) revelou que as queimadas da Amazônia influenciam no desenvolvimento do feto durante a gestação.
Os resultados mostram que a alta exposição ao monóxido de carbono e a material particulado tem uma influência direta no nascimento de bebês com baixo peso (aqueles que nascem com menos de 2,5 kg). Material particulado são as partículas liberadas durante uma queimada. Além dos fragmentos maiores, alguns são tão finos que atingem o aparelho respiratório e a corrente sanguínea.
Ao comparar as mães que sofreram mais exposição a material particulado com aquelas que sofreram menos, o índice de recém-nascidos com baixo peso foi 26% maior no primeiro grupo.
Com relação ao monóxido de carbono, as mães que se expuseram mais a fumaça tiveram um índice 45% de recém-nascidos com baixo peso do que aquelas que sofreram menos exposição.
De acordo com Ageo Mário Candido Silva, pesquisador da UFMT e um dos autores do estudo, o monóxido de carbono inativa a hemoglobina, impedindo que o oxigênio da mãe chegue à placenta. Isso faz com que diminua a quantidade de oxigênio nas células do feto, comprometendo seu desenvolvimento.
Já o material particulado produz um processo inflamatório, gerando substancias tóxicas que também afetam o desenvolvimento do bebê. Para Ageo, a única forma de prevenir esses efeitos é reduzir as queimadas na região.
- O primeiro trimestre da gestação é o da formação. O segundo é o da definição e o terceiro é o da engorda. As maiores ocorrências de baixo peso foram no segundo trimestre, para material particulado, e no terceiro trimestre, para monóxido de carbono.
Os pesquisadores avaliaram todos os nascimentos de 2004 e 2005 em 18 municípios das duas regiões com os maiores índices de queimada no Mato Grosso: Alta Floresta e Tangará da Serra.
Para garantir que os dados pudessem apresentar uma estimativa real da influência das queimadas na gestação, foram excluídos da análise os bebês prematuros, os gêmeos e aqueles cujas mães não dispunham de informações suficientes. Outras variáveis que poderiam influenciar no resultado também foram consideradas, como o sexo do recém-nascido, a escolaridade e faixa etária materna, além do número de consultas pré-natal.
Doenças respiratórias
O problema que as mães do Mato Grosso enfrentam é o mesmo por que passam aquelas das regiões metropolitanas. E a exposição à poluição pode até ser mais grave, de acordo com Eduardo Borges da Fonseca, presidente da Comissão de Medicina Fetal da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia).
- Quando falamos da poluição de uma cidade como São Paulo, não é apenas monóxido de carbono. O efeito estufa concentra uma série de substâncias tóxicas, que são liberadas pelas fábricas, e aerossóis, dentre outros.
Uma pesquisa divulgada na última semana de outubro pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) comprovou que o acúmulo de partículas e gases nocivos na atmosfera estão provocando doenças respiratórias pré-existentes e podem aumentar o índice de infecções das vias aéreas superiores e pneumonia dos moradores da cidade de São Paulo, em diferentes faixas etárias.
Segundo o presidente do departamento de neonatologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Renato Procianoy, há estudos indicando que, além de nascer com baixo peso, podem nascer mais bebês prematuros.
Outras hipóteses mostram, de acordo com Procianoy, que essa poluição ambiental também poderia afetar o neurodesenvolvimento das crianças – elas teriam um QI um pouco mais baixo.
- As mães não têm o que fazer. O que tem de ser feito é controle ambiental. Essa deve ser a preocupação das pessoas, para que controlem o ar das grandes cidades.
Infertilidade e sexo
De acordo com Fonseca, da Febrasgo, além de provocar restrição do crescimento fetal, essa poluição aumenta a taxa de aborto e a taxa de infertilidade dos dois sexos.
- Isso porque ficam lesados tanto o espermatozoide quanto a fixação do ovo fecundado no útero [processo chamado nidação]. A melhor prevenção é evitar as queimadas e a poluição. Não tem o que fazer.
O urologista Jorge Hallak, coordenador da unidade de toxicologia reprodutiva da USP, vem estudando há alguns anos os efeitos da poluição atmosférica e ambiental sobre a saúde dos homens.
Ao avaliar alguns trabalhadores de rua da capital paulista, como os fiscais de trânsito (“marronzinhos” da CET), e compará-los com homens inférteis e férteis, foram observadas alterações no sêmen dos três grupos de moradores paulistanos. Em alguns aspectos, diz Hallak, o sêmen dos trabalhadores de rua chega a ser de pior função que o dos inférteis.
- Isso não quer dizer que eles sejam inférteis, mas já mostram sinais de deterioração do sêmen. A poluição é, assim, um dos fatores de infertilidade. Há ainda uma tendência de conversão de testosterona [hormônio responsável por características masculinas] em hormônios femininos.
Outra pesquisa em andamento pelo grupo de Hallak revela que a poluição reduz o número de recém-nascidos do sexo masculino. O que justifica esses resultados, segundo o médico, é que os oócitos são mais propensos a serem fecundados por um espermatozoide carregando cromossomo X (presente em homens e mulheres) e que as substâncias tóxicas afetam mais os espermatozoides com o cromossomo Y (que determina o sexo masculino).
Do R7
sábado, 2 de outubro de 2010
Hospital será leiloado para pagar R$ 10 milhões por indenização de HIV em transfusão de sangue
Hospital será leiloado para pagar R$ 10 milhões por indenização de HIV em transfusão de sangue
Sep.30, 2010 in Denuncia, Noticias, Sem Sangue, ciência e História Leave a Comment
Araras
Paciente teria sido contaminada pelo HIV durante transfusão de sangue
O prédio da Santa Casa de Araras, na região Central do Estado de São Paulo, será leiloado por decisão da Justiça. O dinheiro será usado para pagar uma indenização de quase R$ 10 milhões a uma fonoaudióloga, que disse ter sido contaminada com vírus HIV durante uma transfusão de sangue.
O processo já corre há quase 20 anos. A Justiça condenou o hospital a pagar 20 salários mínimos por mês para a paciente fazer o tratamento da doença. “Ela pega remédio no estado. Ela não paga para se tratar e já recebeu R$ 570 mil”, disse o diretor geral da santa casa, Fábio Baggio Gagliardi.
Agora, a fonoaudióloga quer uma indenização por danos morais. Como a santa casa não tem dinheiro, e sim uma dívida de R$ 3 milhões, a Justiça determinou que o prédio do hospital seja leiloado.
A santa casa vai pedir a reabertura do processo. O argumento é de que a mulher não conseguiu provar que realmente foi contaminada no hospital. “Ela se negou a fazer outro exame de HIV e se negou a entregar o prontuário do médico dela de São Paulo”, ressaltou Gagliardi.
O hospital realizou, somente no ano passado, 89.934 atendimentos ambulatoriais, 4.793 cirurgias e 1.105 partos. Além disso, há 238 pacientes em quimioterapia, 102 em hemodiálise, além de 729 funcionários e 149 médicos.
Ainda segundo Gagliardi, o hospital pode fechar as portas caso perca o prédio, já que não há dinheiro para o aluguel. Mesmo se o processo não for reaberto, o hospital ainda pode recorrer do valor da indenização.
A equipe da EPTV procurou a fonoaudióloga, mas ela não quis dar entrevista e também não autorizou o advogado a falar sobre o caso.
Fonte: EPTV
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