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quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Dispositivo 3D auxilia tratamento de doença neurológica infantil
Dispositivo 3D auxilia tratamento de doença neurológica infantil
Técnica permite que crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação melhorem suas habilidades motoras.
Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos EUA, propuseram um tratamento inovador para o transtorno do desenvolvimento da coordenação (DCD) , doença neurológica potencialmente debilitante em que o desenvolvimento das habilidades motoras de uma criança é prejudicado.
A abordagem consiste em um dispositivo de realidade virtual 3D que permite que as crianças com DCD melhorem suas habilidades motoras, traçando um caminho virtual tridimensional.
DCD atinge cerca de um em cada 20 crianças, principalmente meninos, e frequentemente ocorre junto com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos do espectro do autismo e outras condições conhecidas.
Como TDAH, DCD tem impacto acadêmico, social e emocional amplo. Ela pode afetar gravemente a capacidade de ortografia, leitura e escrita, e também pode levar a problemas com autoestima, obesidade e lesões.
A gravidade da doença varia e, como explicam os pesquisadores, ela é às vezes chamada de "distúrbio oculto" por causa da maneira como os casos mais leves escondidos por estratégias de enfrentamento, como o uso de computadores para evitar tarefas de escrita, e vestir camisas sem botões, ou sapatos sem cadarços.
O trabalho foi publicado na revista Journal of Child Neurology.
A equipe, liderada por Geoffrey Bingham, recrutou dois grupos de crianças com idades entre 7 e 8 anos com e sem a condição.
Os pesquisadores treinaram as crianças ao longo de um período de cinco a seis semanas, um dia por semana durante 20 minutos a uma hora.
A chave para o treinamento foi uma tecnologia exclusiva: o dispositivo de realidade virtual tridimensional, o PHANTOM Omni, desenvolvidos para a visualização de nós por topólogos, que estudam formas geométricas no espaço.
Segurando uma caneta ligada a um robô, os participantes do estudo desenvolveram suas habilidades motoras participando de um jogo em que tinham que traçar um caminho virtual tridimensional no ar, representado visualmente em uma tela de computador.
Forças como a de atração magnética e de atrito podem ser aplicadas no caminho e ajustadas para que os participantes realmente possam sentir que uma superfície mudou conforme os parâmetros foram alterados.
O estudo comparou a evolução dos dois grupos em um jogo tridimensional de rastreamento. A tarefa era empurrar um peixe colorido ao longo de um caminho visível na tela de um computador a partir do local de partida ao ponto de chegada enquanto corriam contra um peixe concorrente.
O treinamento começou com um nível mais alto de atração magnética, um concorrente mais lento e um caminho mais curto. O objetivo do treinamento foi permitir que as crianças progredissem em seu próprio ritmo através das diferentes combinações e níveis de atração, caminhos e concorrentes.
A tecnologia permite que as crianças produzam um movimento inicial e melhorem suas habilidades por meio da repetição. A tecnologia deu tanto o apoio necessário para produzir o movimento, bem como a flexibilidade para permitir que crianças ativamente gerem o movimento.
A equipe acredita que a tecnologia pode ser amplamente acessível e pode ser usada sem um terapeuta, além de ser portátil o suficiente para ser colocado em clínicas, salas de aula ou em casa. Ele também pode ser ajustado para atender às necessidades de crianças como todos os graus de gravidade de DCD.
Fonte: Isaude.net
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