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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Raios X identificam sinusite crônica na maioria das crianças
Raios X identificam sinusite crônica na maioria das crianças
Os casos mais difíceis de rino-sinusite crônica em crianças, usualmente são avaliados pelo CT , considerado exame padrão “gold standar” para um diagnóstico definitivo.Mas , segundo artigo publicado pelo European Annals of Allergy and Clinical Immunology o nosso tradicional raio-x de seios da face pode ser o primeiroexame solicitado pois o diagnóstico é preciso na maioria dos casos.
A sinusite crônica, condição que causa obstrução nasal, coriza, dor facial, cefaléia e eventualmente redução do olfato fica definida clinicamente quando se instala por um período de 12 semanas. Tratamento medicamentoso desta condição difere da rinite persistente, mas o diagnóstico diferencial muitas vezes não é tão simples.
Quando os exames de imagem são necessários para complementar a endoscopia rino-faríngea com fibra ótica, em geral são solicitados exames de CT ou RM (nota: essa é uma conduta prevalente no País de origem dos autores). As imagens produzidas por qualquer um destes métodos é superior aos raios x. O CT de seios paranasais prove resolução superior tanto na avaliação do tecido ósseo como de partes moles e diferencia eventuais superposições, eventualmente presentes no raio x. Imagens virtuais endoscópicas inclusive podem ser obtidas com a utilização de software 3D.
A vantagem da Ressonância, além da eliminar a exposição da criança à radiação, permite avaliação detalhada dos tecidos moles, o que auxilia a diferenciar e avaliar a extensão do processo inflamatório.Diferentemente do CT, consegue diferenciar diferentes opacificações sinusais.
Então, porque solicitar um RX de seios da face como primeiro exame? Qual a justificativa? É um exame muito barato, os aparelhos de raios X estão sempre disponíveis e , o mais importante, é possível realizar o diagnóstico na maioria dos casos, de acordo com o trabalho do Dr. Gualtiero Leo, alergista pediatrico no Hospital Infantil Buzzi e colegas. (Eur Ann Allergy Clin Immunol, December 2010, Vol. 42:6, pp. 199-204).
Os autores encorajam e recomendam o uso do raio x de seios da face , ao contrario de outros especialistas.Os autores observaram que o European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps de 2007 justifica a recomendação do uso do CT devido à eventual falsos positivos do raio x.
Entretanto, Dr. Leo e colaboradores referenciaram três estudos recentes que comparam a acurácia do diagnóstico de sinusite realizado pela incidência de Waters convencional e o CT. O RX teve sensitividade que variou de 68% a 84,2 % e especificidade de 69 a 87%.
Em vista destes dados, a maioria das sinusites podem ser diagnosticadas pela incidência de Waters neste grupo. CT e Ressonancia podem diferenciar os 15% ou 25 % dos casos remanescentes que necessitem maior detalhamento.
Em 2010, o preço de um raio x simples na Itália gira em torno de 30 euros, comparado com 107 euros para um CT e 153 euros para uma ressonância. Com as diversas economias mundiais buscando reduzir custos em saúde, obter um raiox simples é uma conduta bastante sensata, concluem os autores.
By Cynthia E. Keen, AuntMinnie.com staff writer
Os casos mais difíceis de rino-sinusite crônica em crianças, usualmente são avaliados pelo CT , considerado exame padrão “gold standar” para um diagnóstico definitivo.Mas , segundo artigo publicado pelo European Annals of Allergy and Clinical Immunology o nosso tradicional raio-x de seios da face pode ser o primeiroexame solicitado pois o diagnóstico é preciso na maioria dos casos.
A sinusite crônica, condição que causa obstrução nasal, coriza, dor facial, cefaléia e eventualmente redução do olfato fica definida clinicamente quando se instala por um período de 12 semanas. Tratamento medicamentoso desta condição difere da rinite persistente, mas o diagnóstico diferencial muitas vezes não é tão simples.
Quando os exames de imagem são necessários para complementar a endoscopia rino-faríngea com fibra ótica, em geral são solicitados exames de CT ou RM (nota: essa é uma conduta prevalente no País de origem dos autores). As imagens produzidas por qualquer um destes métodos é superior aos raios x. O CT de seios paranasais prove resolução superior tanto na avaliação do tecido ósseo como de partes moles e diferencia eventuais superposições, eventualmente presentes no raio x. Imagens virtuais endoscópicas inclusive podem ser obtidas com a utilização de software 3D.
A vantagem da Ressonância, além da eliminar a exposição da criança à radiação, permite avaliação detalhada dos tecidos moles, o que auxilia a diferenciar e avaliar a extensão do processo inflamatório.Diferentemente do CT, consegue diferenciar diferentes opacificações sinusais.
Então, porque solicitar um RX de seios da face como primeiro exame? Qual a justificativa? É um exame muito barato, os aparelhos de raios X estão sempre disponíveis e , o mais importante, é possível realizar o diagnóstico na maioria dos casos, de acordo com o trabalho do Dr. Gualtiero Leo, alergista pediatrico no Hospital Infantil Buzzi e colegas. (Eur Ann Allergy Clin Immunol, December 2010, Vol. 42:6, pp. 199-204).
Os autores encorajam e recomendam o uso do raio x de seios da face , ao contrario de outros especialistas.Os autores observaram que o European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps de 2007 justifica a recomendação do uso do CT devido à eventual falsos positivos do raio x.
Entretanto, Dr. Leo e colaboradores referenciaram três estudos recentes que comparam a acurácia do diagnóstico de sinusite realizado pela incidência de Waters convencional e o CT. O RX teve sensitividade que variou de 68% a 84,2 % e especificidade de 69 a 87%.
Em vista destes dados, a maioria das sinusites podem ser diagnosticadas pela incidência de Waters neste grupo. CT e Ressonancia podem diferenciar os 15% ou 25 % dos casos remanescentes que necessitem maior detalhamento.
Em 2010, o preço de um raio x simples na Itália gira em torno de 30 euros, comparado com 107 euros para um CT e 153 euros para uma ressonância. Com as diversas economias mundiais buscando reduzir custos em saúde, obter um raiox simples é uma conduta bastante sensata, concluem os autores.
By Cynthia E. Keen, AuntMinnie.com staff writer
As diferenças entre PET CT e Pet Scan.
Esclarecimento:
Posicionamento Oficial da SBBMN (Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular) sobre o Exame PET/CT
PET/CT é o mais novo procedimento de Medicina Nuclear a ser incluído no ROL de
procedimentos aprovado pela ANS. Nessa lista esse exame foi referido com o nome “PETScan”.
Algumas pessoas, por ignorância ou má-fé, têm sugerido que PET/CT e PET-Scan são
procedimentos diferentes.
PET/CT e PET-Scan são atualmente considerados sinônimos já que, há vários anos, não
mais existe em nenhum local do mundo a fabricação de equipamentos PET simples (sem CT).
No Brasil, praticamente todo o parque instalado de PET-Scans corresponde a equipamentos
PET/CT.
Por uma questão técnica toda imagem PET necessita obrigatoriamente de um tipo de
correção chamada “correção de atenuação”. Sem isso, as imagens perdem qualidade e não
podem ser quantificadas (não pode ser feito o cálculo do “SUV”). Nos equipamentos PET/CT a
correção de atenuação é feita a partir das imagens da CT (Tomografia Computadorizada).
Além disso, dados adicionais importantes para o diagnóstico são fornecidos através da análise
simultânea das imagens da PET e da CT .
Portanto, a suposição de alguns de que seria possível produzir uma imagem com
qualidade aceitável e com quantificação sem utilizar o componente CT dos atuais PET-Scans
(que são os PET/CTs) é totalmente absurda e só pode ser atribuída a pessoas que não tenham
um mínimo conhecimento técnico da área.
Devido ao exposto e em concordância com a tabela CBHPM que propõe no PET
dedicado oncológico (4.07.08.12-8) a cobrança da TC para PET dedicado oncológico
(4.10.01.22.2), a SBBMN vem a público prestar estes esclarecimentos sobre o exame PET/CT e se coloca à disposição dos interessados para dirimir quaisquer dúvidas técnico-operacionais adicionais.
DIRETORIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOLOGIA
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR
Posicionamento Oficial da SBBMN (Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular) sobre o Exame PET/CT
PET/CT é o mais novo procedimento de Medicina Nuclear a ser incluído no ROL de
procedimentos aprovado pela ANS. Nessa lista esse exame foi referido com o nome “PETScan”.
Algumas pessoas, por ignorância ou má-fé, têm sugerido que PET/CT e PET-Scan são
procedimentos diferentes.
PET/CT e PET-Scan são atualmente considerados sinônimos já que, há vários anos, não
mais existe em nenhum local do mundo a fabricação de equipamentos PET simples (sem CT).
No Brasil, praticamente todo o parque instalado de PET-Scans corresponde a equipamentos
PET/CT.
Por uma questão técnica toda imagem PET necessita obrigatoriamente de um tipo de
correção chamada “correção de atenuação”. Sem isso, as imagens perdem qualidade e não
podem ser quantificadas (não pode ser feito o cálculo do “SUV”). Nos equipamentos PET/CT a
correção de atenuação é feita a partir das imagens da CT (Tomografia Computadorizada).
Além disso, dados adicionais importantes para o diagnóstico são fornecidos através da análise
simultânea das imagens da PET e da CT .
Portanto, a suposição de alguns de que seria possível produzir uma imagem com
qualidade aceitável e com quantificação sem utilizar o componente CT dos atuais PET-Scans
(que são os PET/CTs) é totalmente absurda e só pode ser atribuída a pessoas que não tenham
um mínimo conhecimento técnico da área.
Devido ao exposto e em concordância com a tabela CBHPM que propõe no PET
dedicado oncológico (4.07.08.12-8) a cobrança da TC para PET dedicado oncológico
(4.10.01.22.2), a SBBMN vem a público prestar estes esclarecimentos sobre o exame PET/CT e se coloca à disposição dos interessados para dirimir quaisquer dúvidas técnico-operacionais adicionais.
DIRETORIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOLOGIA
MEDICINA NUCLEAR E IMAGEM MOLECULAR
Energia Nuclear e o Futuro dos Brasileiros
Energia Nuclear e o Futuro dos Brasileiros
O Brasil precisa desenvolver sua própria tecnologia de energia nuclear para aplicar em uso pacifico, como em Medicina Nuclear. Daí a necessidade de um reator Multipropósito que tornará o país autossuficiente na produção de radioisótopos, usados no diagnostico e tratamento de diversas doenças.
O reator dará a sustentação necessária para que a Medicina Nuclear possa, de fato se desenvolver no País. Os serviços médicos poderão investir em equipamentos e recursos humanos sem receio de faltar material radioativo.
Por ano, no Brasil, são realizados cerca de 3,5 milhões de procedimentos de Medicina Nuclear, mais a utilização per capita é baixa. Além disso, há um desbalanceamento na oferta de exames nas diferentes regiões do País. É preciso torná-los acessíveis a todos.
A decisão de construir o Reator Multiproposito Brasileiro (RMB) foi confirmada pela presidenta Dilma Rousseff, em 31 de Janeiro de 2011, durante visita a Argentina, quando assinou acordo binacional nesse sentido. Recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, falou publicamente da construção do reator com foco na produção de radioisótopos.
O fornecimento do principal insumo- molibdênio-99 - é feito totalmente por importação e chegou a ser interrompido em 2009, sendo este fornecimento inseguro e caro. Além disso, o RMB poderá ser utilizado em pesquises em áreas estratégicas, como o teste de componentes do submarino nuclear e de usinas nucleares, ou seja, peça fundamental para o sucesso do Programa Nuclear Brasileiro, com a nobre finalidade imediata de promover o desenvolvimento e a autossuficiência da Medicina Nuclear.
A construção do reator tem um custo estimado de R$ 850 milhões. A liberação de R$ 50 milhões, para o projeto básico, foi aprovada pelo conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
A Medicina Nuclear representa, financeiramente, parte pequena de o Programa Nuclear, porém é talvez o componente mais nobre, já que favorece o diagnóstico e o tratamento de inúmeras doenças. Ao mesmo tempo, é uma especialidade que tem tido grande exposição na mídia, principalmente devido ao seu uso no tratamento. De membros do mais elevado escalão do governo brasileiro.
Atualmente, cerca de 70 % dos procedimentos da Medicina Nuclear são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e essa proporção deveria aumentar. “temos que lutar por esse aumento, mas não só isto”, afirma o Dr. Celso Darío Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular.
Na opinião do médico “é fundamental iniciar uma nova fase de crescimento de especialidade”. Segundo o Dr. Dario “devemos estimular a produção nacional de novos radiofármacos”. Na opinião do médico “novas pesquisas e investimentos nesta área nos tornarão independentes da importação ou da replicação de produtos importados;além disso precisamos criar radiofármacos apropriados às doenças e às características de nossa população”.
O governo planeja investir em estrutura e equipamentos para produzir materiais radioativos. Mas devem investir também no material humano que proporcionará que todo esse investimento se reverta em beneficio à população. Com uma pequena fração do valor investido no reator, o governo precisa estimular a criação de serviços de Medicina Nuclear e Radiofarmacia de ponta em todas as universidades brasileiras.
É preciso que os pesquisadores disponham dessa ferramenta para produzirem produções para os problemas da população e não apenas copiarem radiofármacos para a população do primeiro mundo.
Fonte: Assessoria de Imprensa: Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular ( SBBMN)
O Brasil precisa desenvolver sua própria tecnologia de energia nuclear para aplicar em uso pacifico, como em Medicina Nuclear. Daí a necessidade de um reator Multipropósito que tornará o país autossuficiente na produção de radioisótopos, usados no diagnostico e tratamento de diversas doenças.
O reator dará a sustentação necessária para que a Medicina Nuclear possa, de fato se desenvolver no País. Os serviços médicos poderão investir em equipamentos e recursos humanos sem receio de faltar material radioativo.
Por ano, no Brasil, são realizados cerca de 3,5 milhões de procedimentos de Medicina Nuclear, mais a utilização per capita é baixa. Além disso, há um desbalanceamento na oferta de exames nas diferentes regiões do País. É preciso torná-los acessíveis a todos.
A decisão de construir o Reator Multiproposito Brasileiro (RMB) foi confirmada pela presidenta Dilma Rousseff, em 31 de Janeiro de 2011, durante visita a Argentina, quando assinou acordo binacional nesse sentido. Recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, falou publicamente da construção do reator com foco na produção de radioisótopos.
O fornecimento do principal insumo- molibdênio-99 - é feito totalmente por importação e chegou a ser interrompido em 2009, sendo este fornecimento inseguro e caro. Além disso, o RMB poderá ser utilizado em pesquises em áreas estratégicas, como o teste de componentes do submarino nuclear e de usinas nucleares, ou seja, peça fundamental para o sucesso do Programa Nuclear Brasileiro, com a nobre finalidade imediata de promover o desenvolvimento e a autossuficiência da Medicina Nuclear.
A construção do reator tem um custo estimado de R$ 850 milhões. A liberação de R$ 50 milhões, para o projeto básico, foi aprovada pelo conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
A Medicina Nuclear representa, financeiramente, parte pequena de o Programa Nuclear, porém é talvez o componente mais nobre, já que favorece o diagnóstico e o tratamento de inúmeras doenças. Ao mesmo tempo, é uma especialidade que tem tido grande exposição na mídia, principalmente devido ao seu uso no tratamento. De membros do mais elevado escalão do governo brasileiro.
Atualmente, cerca de 70 % dos procedimentos da Medicina Nuclear são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e essa proporção deveria aumentar. “temos que lutar por esse aumento, mas não só isto”, afirma o Dr. Celso Darío Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular.
Na opinião do médico “é fundamental iniciar uma nova fase de crescimento de especialidade”. Segundo o Dr. Dario “devemos estimular a produção nacional de novos radiofármacos”. Na opinião do médico “novas pesquisas e investimentos nesta área nos tornarão independentes da importação ou da replicação de produtos importados;além disso precisamos criar radiofármacos apropriados às doenças e às características de nossa população”.
O governo planeja investir em estrutura e equipamentos para produzir materiais radioativos. Mas devem investir também no material humano que proporcionará que todo esse investimento se reverta em beneficio à população. Com uma pequena fração do valor investido no reator, o governo precisa estimular a criação de serviços de Medicina Nuclear e Radiofarmacia de ponta em todas as universidades brasileiras.
É preciso que os pesquisadores disponham dessa ferramenta para produzirem produções para os problemas da população e não apenas copiarem radiofármacos para a população do primeiro mundo.
Fonte: Assessoria de Imprensa: Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular ( SBBMN)
País muda diretriz para câncer de colo do útero.
País muda diretriz para câncer de colo do útero.
Faixa etária de mulheres que devem fazer testes periódicos agora vai até 64 anos, por causa da maior expectativa de vida.
O INCA (Instituto Nacional de Câncer) vai lançar no início de julho as novas diretrizes para o rastreamento do câncer de colo do útero – o quarto que mais mata mulheres no Brasil.A principal novidade do documento, que orienta a conduta de profissionais de saúde da rede pública e privada do país, é a ampliação da faixa etária da população a ser submetida ao exame preventivo.
A maior causa da doença é a infecção por determinados tipos do vírus HPV (papilomavírus humano), transmitido por via sexual. O exame preventivo, o Papanicolau, identifica lesões que antecedem o câncer, permitindo o tratamento antes que a doença se desenvolva.Pelas diretrizes anteriores, de 2006, só mulheres com idade entre 25 e 59 anos deveriam realizar o exame. Agora, essa faixa será estendida para até 64 anos.
O motivo, segundo a técnica Flávia de Miranda Corrêa, da divisão de apoio à rede de atenção oncológica do Inca, é o aumento da expectativa de vida da brasileira, hoje em 76 anos.Como a doença leva de 10 a 20 anos para desenvolver, a realização de exames aos 64 anos da mais segurança as mulheres.
FREQUÊNCIA
O INCA quer aproveitar a divulgação das novas diretrizes para reforçar a recomendação de que os médicos realizem o papanicolau só de três em três anos após obter dois resultados positivos com um intervalo de um ano. Hoje, muitos médicos fazem o teste uma vez por ano ou até com mais freqüência, sobrecarregando de forma desnecessária o SUS.
Segundo Corrêa, como o desenvolvimento da doença é lento, isso não se justifica - pesquisas indicam que a realização anual do exame provoca uma queda de 93 % na incidência geral da doença; já com a realização a cada três anos, a redução é de 91 %.
“Hoje o SUS cerca de 12 Milhões de Papanicolaus por ano. Se os médicos seguissem a periodicidade recomendada, isso seria suficiente para cobrir toda a população-alvo”. Segundo Corrêa, o problema é que algumas mulheres são submetidas ao exame mais vezes do que o necessário, enquanto outras nunca o realizam. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),demonstram que a população feminina entre 25 e 64 anos soma 49,7 milhões de pessoas.Se todas fizessem o exame na rede pública, portanto, seriam necessários 16,5 milhões de Papanicolaus por ano.
Pesquisa realizada pelo instituto em 2008, porém, mostrou que apenas 84,5 % das brasileiras já fizeram o exame preventivo pelo menos uma vez na vida. Especialistas acreditam que muitas podem nunca tê-lo repetido. As novas diretrizes também desencorajam a realização de exames preventivos nas mulheres abaixo de 25 anos, já que, nessa idade, a infecção do HPV muitas vezes regride por conta própria.Caso os médicos optem por realizar, porém, a orientação é que adotem posturas mais conservadoras no caso de obterem um resultado positivo. Mas, segundo especialista, cabe ao médico decidir qual a conduta a ser adotada para cada diagnóstico específico encontrado.
Fonte : Matéria publicada na Folha de São Paulo em 11 de junho 2011.
Faixa etária de mulheres que devem fazer testes periódicos agora vai até 64 anos, por causa da maior expectativa de vida.
O INCA (Instituto Nacional de Câncer) vai lançar no início de julho as novas diretrizes para o rastreamento do câncer de colo do útero – o quarto que mais mata mulheres no Brasil.A principal novidade do documento, que orienta a conduta de profissionais de saúde da rede pública e privada do país, é a ampliação da faixa etária da população a ser submetida ao exame preventivo.
A maior causa da doença é a infecção por determinados tipos do vírus HPV (papilomavírus humano), transmitido por via sexual. O exame preventivo, o Papanicolau, identifica lesões que antecedem o câncer, permitindo o tratamento antes que a doença se desenvolva.Pelas diretrizes anteriores, de 2006, só mulheres com idade entre 25 e 59 anos deveriam realizar o exame. Agora, essa faixa será estendida para até 64 anos.
O motivo, segundo a técnica Flávia de Miranda Corrêa, da divisão de apoio à rede de atenção oncológica do Inca, é o aumento da expectativa de vida da brasileira, hoje em 76 anos.Como a doença leva de 10 a 20 anos para desenvolver, a realização de exames aos 64 anos da mais segurança as mulheres.
FREQUÊNCIA
O INCA quer aproveitar a divulgação das novas diretrizes para reforçar a recomendação de que os médicos realizem o papanicolau só de três em três anos após obter dois resultados positivos com um intervalo de um ano. Hoje, muitos médicos fazem o teste uma vez por ano ou até com mais freqüência, sobrecarregando de forma desnecessária o SUS.
Segundo Corrêa, como o desenvolvimento da doença é lento, isso não se justifica - pesquisas indicam que a realização anual do exame provoca uma queda de 93 % na incidência geral da doença; já com a realização a cada três anos, a redução é de 91 %.
“Hoje o SUS cerca de 12 Milhões de Papanicolaus por ano. Se os médicos seguissem a periodicidade recomendada, isso seria suficiente para cobrir toda a população-alvo”. Segundo Corrêa, o problema é que algumas mulheres são submetidas ao exame mais vezes do que o necessário, enquanto outras nunca o realizam. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),demonstram que a população feminina entre 25 e 64 anos soma 49,7 milhões de pessoas.Se todas fizessem o exame na rede pública, portanto, seriam necessários 16,5 milhões de Papanicolaus por ano.
Pesquisa realizada pelo instituto em 2008, porém, mostrou que apenas 84,5 % das brasileiras já fizeram o exame preventivo pelo menos uma vez na vida. Especialistas acreditam que muitas podem nunca tê-lo repetido. As novas diretrizes também desencorajam a realização de exames preventivos nas mulheres abaixo de 25 anos, já que, nessa idade, a infecção do HPV muitas vezes regride por conta própria.Caso os médicos optem por realizar, porém, a orientação é que adotem posturas mais conservadoras no caso de obterem um resultado positivo. Mas, segundo especialista, cabe ao médico decidir qual a conduta a ser adotada para cada diagnóstico específico encontrado.
Fonte : Matéria publicada na Folha de São Paulo em 11 de junho 2011.
Médicos pedem menos tomografias para evitar radiação
Médicos pedem menos tomografias para evitar radiação
Médicos brasileiros estão reduzindo os pedidos de tomografia e substituindo o exame por outros que não emitem radiação ionizante, como o ultrassom e a ressonância magnética.
A iniciativa, confirmada pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), ocorre após estudos recentes revelarem que até 2% dos cânceres nos EUA podem estar relacionados ao uso desse tipo de radiação.
Também está em discussão na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a revisão de uma portaria de 1995 que regulamentou a radiologia no Brasil. A nova versão do documento vai estabelecer o limite de radiação que os pacientes devem receber em um exame radiológico.
A radiação ionizante pode causar morte celular, e a probabilidade de câncer é proporcional à dose recebida.Hoje não há um limite estabelecido de quantos exames uma pessoa pode fazer para estar segura. A orientação é quanto menos, melhor.
Estudos apontam que o risco de câncer aumenta quando a exposição à radiação, que é cumulativa, passa de 40 millisieverts (mSv). Em uma tomografia computadorizada de abdome, por exemplo, o paciente se expõe de 2 mSv a 10 mSv de radiação ionizante. Se for obeso, a dose chega a ser o dobro.
A preocupação cresceu porque, nos últimos anos, a tomografia passou a ser um dos exames mais pedidos pelos médicos e, muitas vezes, sem necessidade.Nos EUA, ela responde por 50% de toda radiação recebida em exames. Estima-se que até 40% dos exames feitos por ano sejam desnecessários. No Brasil, não há estimativas do tipo, mas estudos mostram situação parecida.
ULTRASSOM
Para o radiologista Fernando Alves Moreira, especialista em tomografia e porta-voz do CBR, o comportamento dos médicos brasileiros começa a mudar."Como a tomografia tem uma resolução melhor e consegue pegar alterações menores, o pessoal pedia mais. Agora, com a preocupação da radiação, já se intercala com ultrassom ou ressonância."
O urologista Miguel Srougi, professor titular da USP, é um dos que mudaram de conduta, passando a limitar os pedidos de tomografia computadorizada no seguimento de pacientes oncológicos.Antes, ele solicitava uma tomografia a cada quatro meses nos casos de tumores de bexiga, por exemplo. Agora, intercala o exame com o ultrassom. "Se der alguma anormalidade, aí peço a tomografia. Diante das novas evidências, deve ser usada com cautela."
O oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, diz que há mudanças também no acompanhamento do câncer de testículo.
"O exame deve ser feito para complementar uma hipótese clínica, nunca para avaliar se há um câncer quando não existe outra indicação de que isso esteja acontecendo."
RESTRIÇÃO EM CRIANÇAS
Estudos mostram que uma tomografia computadorizada em uma pessoa de 25 anos aumenta o risco de câncer em 0,6%, em relação a quem nunca tenha feito o exame.Moreira diz que, em crianças, o bom senso em limitar exames deve ser ainda maior.
Já existe um movimento mundial neste sentido. Para crianças com doenças pulmonares crônicas, já se discute dispensar algumas fases do protocolo do tratamento (que prevê exames periódicos para análise da doença) para evitar o excesso de radiação.
VEÍCULO: Folha de São Paulo
CADERNO: Equilíbrio e saúde
DATA: 25.06.2011
Médicos brasileiros estão reduzindo os pedidos de tomografia e substituindo o exame por outros que não emitem radiação ionizante, como o ultrassom e a ressonância magnética.
A iniciativa, confirmada pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), ocorre após estudos recentes revelarem que até 2% dos cânceres nos EUA podem estar relacionados ao uso desse tipo de radiação.
Também está em discussão na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a revisão de uma portaria de 1995 que regulamentou a radiologia no Brasil. A nova versão do documento vai estabelecer o limite de radiação que os pacientes devem receber em um exame radiológico.
A radiação ionizante pode causar morte celular, e a probabilidade de câncer é proporcional à dose recebida.Hoje não há um limite estabelecido de quantos exames uma pessoa pode fazer para estar segura. A orientação é quanto menos, melhor.
Estudos apontam que o risco de câncer aumenta quando a exposição à radiação, que é cumulativa, passa de 40 millisieverts (mSv). Em uma tomografia computadorizada de abdome, por exemplo, o paciente se expõe de 2 mSv a 10 mSv de radiação ionizante. Se for obeso, a dose chega a ser o dobro.
A preocupação cresceu porque, nos últimos anos, a tomografia passou a ser um dos exames mais pedidos pelos médicos e, muitas vezes, sem necessidade.Nos EUA, ela responde por 50% de toda radiação recebida em exames. Estima-se que até 40% dos exames feitos por ano sejam desnecessários. No Brasil, não há estimativas do tipo, mas estudos mostram situação parecida.
ULTRASSOM
Para o radiologista Fernando Alves Moreira, especialista em tomografia e porta-voz do CBR, o comportamento dos médicos brasileiros começa a mudar."Como a tomografia tem uma resolução melhor e consegue pegar alterações menores, o pessoal pedia mais. Agora, com a preocupação da radiação, já se intercala com ultrassom ou ressonância."
O urologista Miguel Srougi, professor titular da USP, é um dos que mudaram de conduta, passando a limitar os pedidos de tomografia computadorizada no seguimento de pacientes oncológicos.Antes, ele solicitava uma tomografia a cada quatro meses nos casos de tumores de bexiga, por exemplo. Agora, intercala o exame com o ultrassom. "Se der alguma anormalidade, aí peço a tomografia. Diante das novas evidências, deve ser usada com cautela."
O oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, diz que há mudanças também no acompanhamento do câncer de testículo.
"O exame deve ser feito para complementar uma hipótese clínica, nunca para avaliar se há um câncer quando não existe outra indicação de que isso esteja acontecendo."
RESTRIÇÃO EM CRIANÇAS
Estudos mostram que uma tomografia computadorizada em uma pessoa de 25 anos aumenta o risco de câncer em 0,6%, em relação a quem nunca tenha feito o exame.Moreira diz que, em crianças, o bom senso em limitar exames deve ser ainda maior.
Já existe um movimento mundial neste sentido. Para crianças com doenças pulmonares crônicas, já se discute dispensar algumas fases do protocolo do tratamento (que prevê exames periódicos para análise da doença) para evitar o excesso de radiação.
VEÍCULO: Folha de São Paulo
CADERNO: Equilíbrio e saúde
DATA: 25.06.2011
O que está acontecendo com a Radiologia Brasileira?
O que está acontecendo com a Radiologia Brasileira?
A Radiologia Brasileira sempre foi considerada pelos colegas como uma das especialidades mais bem organizadas. O nível de articulação da Radiologia junto à entidades maiores como a Associação Médica Brasileira , o Conselho Federal de Medicina , dentre outras atesta essa característica. O destaque inclusive pessoal de alguns radiologistas, como é o caso do Professor Giovanni Cerri que é Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, também é emblemático no sentido de demonstrar a força da especialidade.
Até mesmo o propalado poder econômico dos radiologistas que se organizam em laboratórios cada vez mais sofisticados e se aventuram na aquisição de equipamentos caríssimos reforça essa aura.S oma-se também , dentre outras características demonstrativas do nível de articulação da Radiologia Brasileira a capacidade de integração e até mesmo a liderança que os representantes da especialidade têm obtido no seu relacionamento com as instituições internacionais.O Dr. Antonio Soares de São José do Rio Preto , por exemplo é o Presidente da Federação Internacional de Radiologia Pediátrica , e outros radiologistas pediátricos brasileiros têm cargos importantes nas instituições internacionais.
A Radiologia Brasileira é muito bem vista pelas maiores Sociedades Internacionais , como por exemplo o RSNA – Radiological Society of North America - a maior delas – onde o próprio presidente eleito Dr. George Bizet vêm ao Brasil e proclama a importância dos radiologistas brasileiros no panorama internacional.
É com esse pano de fundo que surge a informação de que um dos principais sustentáculos da especialidade a Revista da Radiologia Brasileira vêm enfrentando algumas dificuldades como, por exemplo, redução do numero de artigos encaminhados à revista ou dificuldade em que membros do Conselho Editorial revisem artigos científicos em avaliação.
Com o objetivo de resolver esta questão o Professor Edson Marchiori que é o Editor da publicação divulgou um artigo no Boletim do CBR analisando o problema e destacando a importância desta revista no cenário nacional , particularmente no momento delicado pelo qual a Revista passa para obter indexação nos principais bancos interenacionais. Veja o artigo>>>
A importância da Revista Radiologia Brasileira para a especialidade no país.
Tenho visto com crescente preocupação o esvaziamento da revista Radiologia Brasileira, decorrente principalmente do afastamento de alguns expressivos colegas após as últimas eleições de Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Não me cabe discuti os motivos deste afastamento, mas gostaria de chamar a atenção para um dano colateral grave. Este esvaziamento está se refletindo, tanto na redução de artigos encaminhados para a revista, como pelas constantes recusas de revisores ou membros do Conselho Editorial em fazer a revisão dos artigos científicos em avaliação.
A Radiologia do Brasil está ocupando cada vez mais o papel de indiscutível liderança na América Latina, conforme pode ser observado nos nossos principais eventos científicos, especialmente a jornada Paulista de radiologia (JPR). A vinda de professores internacionais expressivos, que inicialmente era vista por alguns deles como uma concessão, um ato de benemerência para o terceiro mundo, passou a ser considerado como uma honraria, que enriquece seus currículos. Isto só traz benefícios para todos nós, radiologistas do Brasil.
Contudo, eu gostaria de ressaltar a importância da revista Radiologia Brasileira neste processo de valorização da nossa Radiologia. Enquanto os grandes eventos radiológicos nacionais são freqüentados por alguns milhares de médicos, o número de acessos à revista Radiologia Brasileira no período de um ano (junho de 2010 a maio de 2011) foi de 290.094 visitas, o equivalente a cerca de 60 vezes o numero de médicos participantes da última JPR! Este considerável número de acessos já acontece mesmo antes de estarmos indexados nos principais bancos de dados internacionais (luta na qual as últimas diretorias do CBR têm se empenhado de maneira louvável). Certamente após a indexação nos principais bancos de dados internacionais (luta na qual as ultima diretorias do CBR têm se emprenhado de maneira louvável). Certamente após a indexação, o número de acessos, que corresponde basicamente ao número de médicos que consultam as nossas pesquisas, deverá crescer exponencialmente.
O alto padrão cientifico atingido pela revista, ao longo dos 50 anos de sua existência, conseguido pelo esforço continuo dos editores que me precederam, com o apoio sem exceção das respectivas diretorias do CBR, não pode sofrer um retrocesso neste momento que estamos submetendo novamente a revista à avaliação pelos bancos internacionais (PubMed e ISI). Este retrocesso não terá volta.
Tenho a pretensão de dizer que a importância da revista Radiologia Brasileira para a Radiologia do Brasil esta acima de qualquer um de nós, leitores, autores, editores e diretorias do CBR. Peço a este mundo de amigos que tenho na Radiologia de todo país que reflitam sobre isso e, se concordarem com estas idéias, por favor, venham nos ajudar a preservar este patrimônio de todos nós, construído por tantas pessoas ao longo de tantos anos.
Dr. Edson Marchiori Editor da revista Radiologia Brasileira
A Radiologia Brasileira sempre foi considerada pelos colegas como uma das especialidades mais bem organizadas. O nível de articulação da Radiologia junto à entidades maiores como a Associação Médica Brasileira , o Conselho Federal de Medicina , dentre outras atesta essa característica. O destaque inclusive pessoal de alguns radiologistas, como é o caso do Professor Giovanni Cerri que é Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, também é emblemático no sentido de demonstrar a força da especialidade.
Até mesmo o propalado poder econômico dos radiologistas que se organizam em laboratórios cada vez mais sofisticados e se aventuram na aquisição de equipamentos caríssimos reforça essa aura.S oma-se também , dentre outras características demonstrativas do nível de articulação da Radiologia Brasileira a capacidade de integração e até mesmo a liderança que os representantes da especialidade têm obtido no seu relacionamento com as instituições internacionais.O Dr. Antonio Soares de São José do Rio Preto , por exemplo é o Presidente da Federação Internacional de Radiologia Pediátrica , e outros radiologistas pediátricos brasileiros têm cargos importantes nas instituições internacionais.
A Radiologia Brasileira é muito bem vista pelas maiores Sociedades Internacionais , como por exemplo o RSNA – Radiological Society of North America - a maior delas – onde o próprio presidente eleito Dr. George Bizet vêm ao Brasil e proclama a importância dos radiologistas brasileiros no panorama internacional.
É com esse pano de fundo que surge a informação de que um dos principais sustentáculos da especialidade a Revista da Radiologia Brasileira vêm enfrentando algumas dificuldades como, por exemplo, redução do numero de artigos encaminhados à revista ou dificuldade em que membros do Conselho Editorial revisem artigos científicos em avaliação.
Com o objetivo de resolver esta questão o Professor Edson Marchiori que é o Editor da publicação divulgou um artigo no Boletim do CBR analisando o problema e destacando a importância desta revista no cenário nacional , particularmente no momento delicado pelo qual a Revista passa para obter indexação nos principais bancos interenacionais. Veja o artigo>>>
A importância da Revista Radiologia Brasileira para a especialidade no país.
Tenho visto com crescente preocupação o esvaziamento da revista Radiologia Brasileira, decorrente principalmente do afastamento de alguns expressivos colegas após as últimas eleições de Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). Não me cabe discuti os motivos deste afastamento, mas gostaria de chamar a atenção para um dano colateral grave. Este esvaziamento está se refletindo, tanto na redução de artigos encaminhados para a revista, como pelas constantes recusas de revisores ou membros do Conselho Editorial em fazer a revisão dos artigos científicos em avaliação.
A Radiologia do Brasil está ocupando cada vez mais o papel de indiscutível liderança na América Latina, conforme pode ser observado nos nossos principais eventos científicos, especialmente a jornada Paulista de radiologia (JPR). A vinda de professores internacionais expressivos, que inicialmente era vista por alguns deles como uma concessão, um ato de benemerência para o terceiro mundo, passou a ser considerado como uma honraria, que enriquece seus currículos. Isto só traz benefícios para todos nós, radiologistas do Brasil.
Contudo, eu gostaria de ressaltar a importância da revista Radiologia Brasileira neste processo de valorização da nossa Radiologia. Enquanto os grandes eventos radiológicos nacionais são freqüentados por alguns milhares de médicos, o número de acessos à revista Radiologia Brasileira no período de um ano (junho de 2010 a maio de 2011) foi de 290.094 visitas, o equivalente a cerca de 60 vezes o numero de médicos participantes da última JPR! Este considerável número de acessos já acontece mesmo antes de estarmos indexados nos principais bancos de dados internacionais (luta na qual as últimas diretorias do CBR têm se empenhado de maneira louvável). Certamente após a indexação nos principais bancos de dados internacionais (luta na qual as ultima diretorias do CBR têm se emprenhado de maneira louvável). Certamente após a indexação, o número de acessos, que corresponde basicamente ao número de médicos que consultam as nossas pesquisas, deverá crescer exponencialmente.
O alto padrão cientifico atingido pela revista, ao longo dos 50 anos de sua existência, conseguido pelo esforço continuo dos editores que me precederam, com o apoio sem exceção das respectivas diretorias do CBR, não pode sofrer um retrocesso neste momento que estamos submetendo novamente a revista à avaliação pelos bancos internacionais (PubMed e ISI). Este retrocesso não terá volta.
Tenho a pretensão de dizer que a importância da revista Radiologia Brasileira para a Radiologia do Brasil esta acima de qualquer um de nós, leitores, autores, editores e diretorias do CBR. Peço a este mundo de amigos que tenho na Radiologia de todo país que reflitam sobre isso e, se concordarem com estas idéias, por favor, venham nos ajudar a preservar este patrimônio de todos nós, construído por tantas pessoas ao longo de tantos anos.
Dr. Edson Marchiori Editor da revista Radiologia Brasileira
Monitor Cerebral
Monitor Cerebral
Agência FAPESP – O professor Sérgio Mascarenhas, coordenador do Instituto de Estudos Avançados de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), costuma dizer que, de “maldita”, a doença rara e de difícil diagnóstico que sofreu há cerca de seis anos – a hidrocefalia de pressão normal – se tornou “bendita”.
Inconformado na época em que recebeu o diagnóstico com o fato de que a medicina moderna ainda tivesse que perfurar o crânio das pessoas com a doença para medir a pressão intracraniana, Mascarenhas desenvolveu um método simples e minimamente invasivo para medir a pressão interna do cérebro de pacientes com hidrocefalia e traumatismo craniano. Método que pode ter diversas aplicações.
Composto por um chip, que é colocado externamente à cabeça do paciente por meio de uma pequena incisão, e um monitor externo, que recebe e registra as informações sobre a deformação óssea do crânio – que é proporcional à pressão interna do cérebro –, o método recebeu apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para ser difundido no Brasil e em toda a América Latina.
“A ideia do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos, é que o método seja utilizado no Brasil nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para que se possa avaliar o estado da pressão intracraniana de vítimas de acidentes de trânsito e obter um diagnóstico de urgência”, disse Mascarenhas à Agência FAPESP.
Em 2009, por meio do projeto intitulado “Desenvolvimento de um equipamento para monitoramento minimamente invasivo da pressão intracraniana”, apoiado pela FAPESP por meio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), o método, que foi tema do projeto de doutorado do pesquisador Gustavo Henrique Frigieri Vilela, realizado com bolsa da FAPESP, começou a ser testado em pacientes com traumatismo cerebral internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Posteriormente, passou a ser testado para diversas outras aplicações, como no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC).
“Com o método, é possível que os profissionais de saúde possam acompanhar os impactos neurológicos de um AVC e tomar providências no prazo de duas horas, que são cruciais para salvar ou diminuir as sequelas nos pacientes”, explicou Mascarenhas.
O dispositivo também está sendo estudado no acompanhamento de pacientes com tumor cerebral – que aumenta o volume interno do cérebro e a pressão intracraniana –, além de no diagnóstico de morte encefálica, quando desaparece a pressão intracraniana.
Outras possíveis aplicações do equipamento é em farmacologia, para medir os efeitos de drogas que atuam sobre desequilíbrios químicos do cérebro que alteram a pressão intracraniana – como a enxaqueca – e em veterinária, para medir a pressão intracraniana de animais de grande porte, como boi e porco, para avaliar a presença de encefalite – que aumenta o encéfalo e a pressão intracraniana.
Mas, de acordo com o pesquisador, os maiores avanços na aplicação do método foram obtidos no diagnóstico e acompanhamento de traumatismos cranianos e de epilepsia.
“Pela primeira vez foi possível ver o que ocorre com a pressão intracraniana de um paciente epilético durante uma convulsão. Porque não se pode perfurar a cabeça do paciente para observar isso”, disse Mascarenhas.
Patente internacional
O sistema foi patenteado no Brasil. Agora, o objetivo do pesquisador é registrá-lo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e depositar uma patente mundial, para evitar que seja copiado.
Paralelamente a esse processo de registro nos órgãos brasileiros e internacionais, o pesquisador pretende montar uma empresa, que deverá se chamar Brain Care, para começar a fabricar o equipamento em escala industrial e atender às demandas que estão surgindo, como a implementação dele nas ambulâncias do Samu.
Com isso, o método brasileiro deverá competir com sensores importados encontrados no mercado que, além de muito mais caros, são implantados dentro do cérebro dos pacientes. "As vantagens do nosso método é que, além de o preço ser muito mais baixo, não é preciso ter todo o grau de proteção contra infecções que os métodos importados invasivos precisam. Dessa forma, será possível disponibilizá-lo para a população mais pobre, que não tem acesso a essa tecnologia”, disse Mascarenhas.
Leia mais sobre a pesquisa: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3860&bd=1&pg=2&lg=
Pesquisador polivalente
Professor aposentado da USP, Mascarenhas contribuiu para a criação da área de pesquisa em física da matéria condensada no campus de São Carlos da USP, no fim dos anos 1950; da Embrapa Instrumentação Agropecuária, na mesma cidade, e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na década seguinte.
Professor visitante de diversas universidades estrangeiras, em suas pesquisas Mascarenhas tratou de assuntos diversos, como os eletretos, corpos permanentemente polarizados que produzem um campo elétrico e que seriam utilizados mundialmente na fabricação de microfones e aparelhos telefônicos.
No início da carreira, dedicou-se ao estudo do efeito termodielétrico. Mais tarde, também realizou trabalhos na área de dosimetria de radiações (processo de monitoramento de radiação emitida), o que lhe permitiu, por exemplo, medir a quantidade de radiação existente em ossos das vítimas de Hiroshima.
Em 2007, ganhou o prêmio Conrado Wessel de Ciência Geral e, em 2002, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.
http://agencia.fapesp.br/14264
Agência FAPESP – O professor Sérgio Mascarenhas, coordenador do Instituto de Estudos Avançados de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), costuma dizer que, de “maldita”, a doença rara e de difícil diagnóstico que sofreu há cerca de seis anos – a hidrocefalia de pressão normal – se tornou “bendita”.
Inconformado na época em que recebeu o diagnóstico com o fato de que a medicina moderna ainda tivesse que perfurar o crânio das pessoas com a doença para medir a pressão intracraniana, Mascarenhas desenvolveu um método simples e minimamente invasivo para medir a pressão interna do cérebro de pacientes com hidrocefalia e traumatismo craniano. Método que pode ter diversas aplicações.
Composto por um chip, que é colocado externamente à cabeça do paciente por meio de uma pequena incisão, e um monitor externo, que recebe e registra as informações sobre a deformação óssea do crânio – que é proporcional à pressão interna do cérebro –, o método recebeu apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para ser difundido no Brasil e em toda a América Latina.
“A ideia do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos, é que o método seja utilizado no Brasil nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para que se possa avaliar o estado da pressão intracraniana de vítimas de acidentes de trânsito e obter um diagnóstico de urgência”, disse Mascarenhas à Agência FAPESP.
Em 2009, por meio do projeto intitulado “Desenvolvimento de um equipamento para monitoramento minimamente invasivo da pressão intracraniana”, apoiado pela FAPESP por meio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), o método, que foi tema do projeto de doutorado do pesquisador Gustavo Henrique Frigieri Vilela, realizado com bolsa da FAPESP, começou a ser testado em pacientes com traumatismo cerebral internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Posteriormente, passou a ser testado para diversas outras aplicações, como no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC).
“Com o método, é possível que os profissionais de saúde possam acompanhar os impactos neurológicos de um AVC e tomar providências no prazo de duas horas, que são cruciais para salvar ou diminuir as sequelas nos pacientes”, explicou Mascarenhas.
O dispositivo também está sendo estudado no acompanhamento de pacientes com tumor cerebral – que aumenta o volume interno do cérebro e a pressão intracraniana –, além de no diagnóstico de morte encefálica, quando desaparece a pressão intracraniana.
Outras possíveis aplicações do equipamento é em farmacologia, para medir os efeitos de drogas que atuam sobre desequilíbrios químicos do cérebro que alteram a pressão intracraniana – como a enxaqueca – e em veterinária, para medir a pressão intracraniana de animais de grande porte, como boi e porco, para avaliar a presença de encefalite – que aumenta o encéfalo e a pressão intracraniana.
Mas, de acordo com o pesquisador, os maiores avanços na aplicação do método foram obtidos no diagnóstico e acompanhamento de traumatismos cranianos e de epilepsia.
“Pela primeira vez foi possível ver o que ocorre com a pressão intracraniana de um paciente epilético durante uma convulsão. Porque não se pode perfurar a cabeça do paciente para observar isso”, disse Mascarenhas.
Patente internacional
O sistema foi patenteado no Brasil. Agora, o objetivo do pesquisador é registrá-lo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e depositar uma patente mundial, para evitar que seja copiado.
Paralelamente a esse processo de registro nos órgãos brasileiros e internacionais, o pesquisador pretende montar uma empresa, que deverá se chamar Brain Care, para começar a fabricar o equipamento em escala industrial e atender às demandas que estão surgindo, como a implementação dele nas ambulâncias do Samu.
Com isso, o método brasileiro deverá competir com sensores importados encontrados no mercado que, além de muito mais caros, são implantados dentro do cérebro dos pacientes. "As vantagens do nosso método é que, além de o preço ser muito mais baixo, não é preciso ter todo o grau de proteção contra infecções que os métodos importados invasivos precisam. Dessa forma, será possível disponibilizá-lo para a população mais pobre, que não tem acesso a essa tecnologia”, disse Mascarenhas.
Leia mais sobre a pesquisa: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3860&bd=1&pg=2&lg=
Pesquisador polivalente
Professor aposentado da USP, Mascarenhas contribuiu para a criação da área de pesquisa em física da matéria condensada no campus de São Carlos da USP, no fim dos anos 1950; da Embrapa Instrumentação Agropecuária, na mesma cidade, e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na década seguinte.
Professor visitante de diversas universidades estrangeiras, em suas pesquisas Mascarenhas tratou de assuntos diversos, como os eletretos, corpos permanentemente polarizados que produzem um campo elétrico e que seriam utilizados mundialmente na fabricação de microfones e aparelhos telefônicos.
No início da carreira, dedicou-se ao estudo do efeito termodielétrico. Mais tarde, também realizou trabalhos na área de dosimetria de radiações (processo de monitoramento de radiação emitida), o que lhe permitiu, por exemplo, medir a quantidade de radiação existente em ossos das vítimas de Hiroshima.
Em 2007, ganhou o prêmio Conrado Wessel de Ciência Geral e, em 2002, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.
http://agencia.fapesp.br/14264
A translucência nucal é suficiente para afastar Síndrome de Down?
A translucência nucal é suficiente para afastar Síndrome de Down?
O termo “translucência nucal” (TN) refere-se à medida feita, através da ultrassonografia, da prega nucal do feto, ao final do primeiro trimestre da gestação. Ela deve ser realizada entre a 11ª e 13ª semanas de gestação, pelas vias abdominais e/ou transvaginal. Sua medida é considerada excelente meio de rastreamento de síndromes fetais, dentre elas a trissomia do cromossomo 21 ( Síndrome de Down), trissomia do 13 ( Síndrome de Patau), trissomia do 18 ( Síndrome de Edwards), Síndrome de Turner, dentre outras inúmeras.
A medida da TN, quando combinada à idade materna, é capaz de identificar cerca de 80% das ocorrências de trissomas, sendo o método mais efetivo e de menos custo para o rastreamento de cromossomopatias fetais durante o primeiro trimestre da gestação. Portanto, a translucência nucal de espessura normal não exclui a possibilidade de síndromes fetais.
Por outro lado TN está aumentada em cerca de 5% dos fetos cromossomicamente normais. Posto isso, a TN aumentada não constitui, isoladamente, anormalidade fetal. Quando isso acontece, acaba por originar, habitualmente, a realização de um teste diagnóstico (estudo do cariótipo fetal).
A ultrassonografia morfológica, realizada no segundo trimestre da gestação, entre 18ª e 24ª semanas, favorece a detecção das malformações congênitas, aumentando a sensibilidade diagnóstica. Segundo vários autores, a sensibilidade da ultrassonografia obstétrica em diagnosticar corretamente defeitos estruturais fetais, varia de 35 a 78,3%, já na ultrassonografia morfológica é estimada em 78,6%, sem anomalias previamente detectadas. Portanto, a cada 100 exames realizados, cerca de 20 podem não detectar algum tipo de defeito na formação fetal.
Desta forma, tem-se com os registros da literatura, que um exame morfológico não deve excluir todas as malformações fetais. Existem, ainda, algumas malformações fetais que podem não estar presentes no momento da realização da ultrassonografia morfológica, por aparecerem no final da gestação; dentre elas podemos incluir ventriculomegalia cerebral, hérnia diafragmática, agenesia do corpo caloso, atresia do piloro, obstrução intestinais, alterações do trato urinário, alterações cardíacas, entre outras.
O cariótipo fetal, diferentemente dos métodos acima citados, é um exame diagnóstico, capaz de identificar o sexo e as alterações cromossômicas numéricas estruturais das células. É através dele que o diagnóstico pré-natal se torna mais efetivo. No entanto, sua indicação deve ser baseada na avaliação cuidadosa dos benefícios naquela situação específica.
As indicações formais para a realização do estudo cariótipo no pré-natal são bem definidas e incluem:
- Idade materna igual ou superior a 35 anos;
- Idade paterna elevada (50 anos ou mais);
- Gestante ou pai portador de translocação balanceada ou não, ou outra anomalia cromossômica;
- Achados ultrassonográficos suspeitos ou presença de marcadores de risco de anomalia cromossômica fetal, como a translucência nucal aumentada;
- Gestante que apresenta filho anterior com cromossomopatia;
- Uso de drogas com efeito na divisão e multiplicação celular, tais com quimioterápicos;
- Casal com história de abortamentos de repetição;
- Consangüinidade;
- Existência de restrição de crescimento fetal muito evidente sem causa aparente ou de inicio precoce, e do tipo simétrico;
- Ansiedade materna ou do casal.
A obtenção do material fetal pode ser feita por meio de biópsia de vilo coriônico, amniocentese (líquido amniótico) ou cordocentese (sangue fetal). Embora não sejam métodos 100% isentos de risco, as complicações variam entre 0,5 a 1%, sendo tais valores considerados muito baixos, permitindo que a ênfase maior seja no risco genético fetal aumentado.
Concluindo, é importante relembrar que diferentemente do estudo cariótipo fetal, as ultrassonografias são apenas exames de rastreamento, incapazes de excluírem todas as malformações fetais, inclusive quando consideradas normais.
Dra. Carla Cristina T. P. Benetti, Dra. Renata Nogueira Manoel
Publicado no Boletim Mama Imagem n 29 de Abril Junho 2011
O termo “translucência nucal” (TN) refere-se à medida feita, através da ultrassonografia, da prega nucal do feto, ao final do primeiro trimestre da gestação. Ela deve ser realizada entre a 11ª e 13ª semanas de gestação, pelas vias abdominais e/ou transvaginal. Sua medida é considerada excelente meio de rastreamento de síndromes fetais, dentre elas a trissomia do cromossomo 21 ( Síndrome de Down), trissomia do 13 ( Síndrome de Patau), trissomia do 18 ( Síndrome de Edwards), Síndrome de Turner, dentre outras inúmeras.
A medida da TN, quando combinada à idade materna, é capaz de identificar cerca de 80% das ocorrências de trissomas, sendo o método mais efetivo e de menos custo para o rastreamento de cromossomopatias fetais durante o primeiro trimestre da gestação. Portanto, a translucência nucal de espessura normal não exclui a possibilidade de síndromes fetais.
Por outro lado TN está aumentada em cerca de 5% dos fetos cromossomicamente normais. Posto isso, a TN aumentada não constitui, isoladamente, anormalidade fetal. Quando isso acontece, acaba por originar, habitualmente, a realização de um teste diagnóstico (estudo do cariótipo fetal).
A ultrassonografia morfológica, realizada no segundo trimestre da gestação, entre 18ª e 24ª semanas, favorece a detecção das malformações congênitas, aumentando a sensibilidade diagnóstica. Segundo vários autores, a sensibilidade da ultrassonografia obstétrica em diagnosticar corretamente defeitos estruturais fetais, varia de 35 a 78,3%, já na ultrassonografia morfológica é estimada em 78,6%, sem anomalias previamente detectadas. Portanto, a cada 100 exames realizados, cerca de 20 podem não detectar algum tipo de defeito na formação fetal.
Desta forma, tem-se com os registros da literatura, que um exame morfológico não deve excluir todas as malformações fetais. Existem, ainda, algumas malformações fetais que podem não estar presentes no momento da realização da ultrassonografia morfológica, por aparecerem no final da gestação; dentre elas podemos incluir ventriculomegalia cerebral, hérnia diafragmática, agenesia do corpo caloso, atresia do piloro, obstrução intestinais, alterações do trato urinário, alterações cardíacas, entre outras.
O cariótipo fetal, diferentemente dos métodos acima citados, é um exame diagnóstico, capaz de identificar o sexo e as alterações cromossômicas numéricas estruturais das células. É através dele que o diagnóstico pré-natal se torna mais efetivo. No entanto, sua indicação deve ser baseada na avaliação cuidadosa dos benefícios naquela situação específica.
As indicações formais para a realização do estudo cariótipo no pré-natal são bem definidas e incluem:
- Idade materna igual ou superior a 35 anos;
- Idade paterna elevada (50 anos ou mais);
- Gestante ou pai portador de translocação balanceada ou não, ou outra anomalia cromossômica;
- Achados ultrassonográficos suspeitos ou presença de marcadores de risco de anomalia cromossômica fetal, como a translucência nucal aumentada;
- Gestante que apresenta filho anterior com cromossomopatia;
- Uso de drogas com efeito na divisão e multiplicação celular, tais com quimioterápicos;
- Casal com história de abortamentos de repetição;
- Consangüinidade;
- Existência de restrição de crescimento fetal muito evidente sem causa aparente ou de inicio precoce, e do tipo simétrico;
- Ansiedade materna ou do casal.
A obtenção do material fetal pode ser feita por meio de biópsia de vilo coriônico, amniocentese (líquido amniótico) ou cordocentese (sangue fetal). Embora não sejam métodos 100% isentos de risco, as complicações variam entre 0,5 a 1%, sendo tais valores considerados muito baixos, permitindo que a ênfase maior seja no risco genético fetal aumentado.
Concluindo, é importante relembrar que diferentemente do estudo cariótipo fetal, as ultrassonografias são apenas exames de rastreamento, incapazes de excluírem todas as malformações fetais, inclusive quando consideradas normais.
Dra. Carla Cristina T. P. Benetti, Dra. Renata Nogueira Manoel
Publicado no Boletim Mama Imagem n 29 de Abril Junho 2011
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