quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Energia Nuclear e o Futuro dos Brasileiros

Energia Nuclear e o Futuro dos Brasileiros


O Brasil precisa desenvolver sua própria tecnologia de energia nuclear para aplicar em uso pacifico, como em Medicina Nuclear. Daí a necessidade de um reator Multipropósito que tornará o país autossuficiente na produção de radioisótopos, usados no diagnostico e tratamento de diversas doenças.

O reator dará a sustentação necessária para que a Medicina Nuclear possa, de fato se desenvolver no País. Os serviços médicos poderão investir em equipamentos e recursos humanos sem receio de faltar material radioativo.

Por ano, no Brasil, são realizados cerca de 3,5 milhões de procedimentos de Medicina Nuclear, mais a utilização per capita é baixa. Além disso, há um desbalanceamento na oferta de exames nas diferentes regiões do País. É preciso torná-los acessíveis a todos.

A decisão de construir o Reator Multiproposito Brasileiro (RMB) foi confirmada pela presidenta Dilma Rousseff, em 31 de Janeiro de 2011, durante visita a Argentina, quando assinou acordo binacional nesse sentido. Recentemente o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, falou publicamente da construção do reator com foco na produção de radioisótopos.

O fornecimento do principal insumo- molibdênio-99 - é feito totalmente por importação e chegou a ser interrompido em 2009, sendo este fornecimento inseguro e caro. Além disso, o RMB poderá ser utilizado em pesquises em áreas estratégicas, como o teste de componentes do submarino nuclear e de usinas nucleares, ou seja, peça fundamental para o sucesso do Programa Nuclear Brasileiro, com a nobre finalidade imediata de promover o desenvolvimento e a autossuficiência da Medicina Nuclear.

A construção do reator tem um custo estimado de R$ 850 milhões. A liberação de R$ 50 milhões, para o projeto básico, foi aprovada pelo conselho do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

A Medicina Nuclear representa, financeiramente, parte pequena de o Programa Nuclear, porém é talvez o componente mais nobre, já que favorece o diagnóstico e o tratamento de inúmeras doenças. Ao mesmo tempo, é uma especialidade que tem tido grande exposição na mídia, principalmente devido ao seu uso no tratamento. De membros do mais elevado escalão do governo brasileiro.

Atualmente, cerca de 70 % dos procedimentos da Medicina Nuclear são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e essa proporção deveria aumentar. “temos que lutar por esse aumento, mas não só isto”, afirma o Dr. Celso Darío Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular.

Na opinião do médico “é fundamental iniciar uma nova fase de crescimento de especialidade”. Segundo o Dr. Dario “devemos estimular a produção nacional de novos radiofármacos”. Na opinião do médico “novas pesquisas e investimentos nesta área nos tornarão independentes da importação ou da replicação de produtos importados;além disso precisamos criar radiofármacos apropriados às doenças e às características de nossa população”.

O governo planeja investir em estrutura e equipamentos para produzir materiais radioativos. Mas devem investir também no material humano que proporcionará que todo esse investimento se reverta em beneficio à população. Com uma pequena fração do valor investido no reator, o governo precisa estimular a criação de serviços de Medicina Nuclear e Radiofarmacia de ponta em todas as universidades brasileiras.

É preciso que os pesquisadores disponham dessa ferramenta para produzirem produções para os problemas da população e não apenas copiarem radiofármacos para a população do primeiro mundo.

Fonte: Assessoria de Imprensa: Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear e Imagem Molecular ( SBBMN)

Nenhum comentário:

Postar um comentário