quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Equipe cria agente de contraste capaz de melhorar nitidez de imagens médicas Microbolhas produzem imagem mais detalhadas do que está acontecendo no corpo e pode ajudar a tratar desde hipóxia até câncer. Cientistas da Universidade de Buffalo, nos EUA, desenvolveram um novo agente de contraste capaz de melhorar a nitidez das imagens médicas. O agente, chamado "microbolhas porshe", representa uma inovação porque pode ser utilizada em conjunto para criar imagens de ultrassom e imagens de uma tecnologia emergente chamada tomografia fotoacústica (PAT). O resultado, segundo os pesquisadores, é uma imagem mais detalhada com nuances do que está acontecendo dentro do corpo, que pode ajudar os médicos a tratar de tudo, desde a hipóxia até o câncer. A pesquisa foi publicada na revista Journal of the American Chemical Society. Médicos usam ultrassom, técnica de imagem eficaz, relativamente barata e minimamente invasiva, para uma variedade de propósitos, incluindo o desenvolvimento do feto e monitoramento do fluxo de sangue no coração, fígado e rins de crianças e adultos. Eles, muitas vezes, empregam microbolhas, que são pequenas bolhas de gás fluorado injetados na corrente sanguínea de um paciente, para melhorar a qualidade das imagens em preto e branco produzidas a partir do ultrassom. A imagem de PAT, pelo contrário, é uma técnica muito mais nova. Os médicos usam lasers pulsados para gerar ondas de pressão que, quando medidas, fornecem uma visão mais aprofundada do que está ocorrendo dentro do corpo. Por exemplo, enquanto o ultrassom pode medir o sangue que flui através de um órgão, PAT pode medir os níveis de oxigénio no sangue. "Uma vez que as duas técnicas são complementares, há um interesse crescente para combiná-las. A forma mais provável de conseguir isso seria a criação de "microbolhas coloridas", um agente de contraste capaz de melhorar as imagens de ultrassom e não interferir com a imagem de PAT", afirma o líder da pesquisa Jonathan Lovell. Lovell e seus colegas criaram o tal agente de contraste encapsulando microbolhas em uma cápsula de porfirina (composto orgânico que absorve fortemente a luz) e fosfolípido (semelhante a gordura de óleo vegetal). Os resultados levaram às "microbolhas porshe". "Os primeiros testes que fizemos parecem muito promissores. Acho que o próximo passo é descobrir como podemos aproveitar isso, descobrindo quais as melhores aplicações", afirmam os autores. A equipe espera que possam utilizar as microbolhas para analisar a eficácia da quimioterapia. Em vez de esperar semanas para os resultados, os médicos poderão saber dentro de dias. "Nós realmente não tem certeza de como a tecnologia será usada. Estamos, no entanto, confiantes de que vai ser uma ferramenta muito útil, especialmente para as imagens médicas", conclui Lovell. Fonte: Isaude.net

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