quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sistema permite monitorar progressão de doenças por meio da ultrassonografia Técnica que melhora nitidez e precisão do exame torna possível acompanhar condições como tumores e coágulos de forma não invasiva.
Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema que melhora a nitidez e a precisão do exame de ultrassonografia. A abordagem vai permitir que os médicos acompanhem a progressão de condições médicas, como o crescimento de tumores ou o acúmulo de placas nas artérias. "As melhorias que aplicamos a esta tecnologia amplamente utilizada permite visualizar informações detalhadas muito além do que é possível com as técnicas existentes", afirmam os pesquisadores. Para o trabalho, Brian W. Anthony e seus colegas focaram em dois elementos-chave. Primeiro, eles desenvolveram uma forma de ajustar as variações da força exercida pelo médico, produzindo imagens mais consistentes que podem compensar os movimentos do corpo, como a respiração e os batimentos cardíacos. Em segundo lugar, eles descobriram uma forma de mapear a localização exata sobre a pele onde uma leitura é feita, de modo que ela pode ser combinada com precisão com leituras posteriores para detectar alterações no tamanho ou na localização de uma estrutura de como coágulos e tumores. "Juntas, as duas melhorias poderiam tornar a ultrassonografia uma ferramenta muito mais precisa para monitorar a progressão de doenças", afirma Anthony. O novo sistema mantém uma força constante através da adição de um sensor de força na ponta da sonda que pode responder quase instantaneamente a mudanças na força. Isso, por sua vez, faz com que seja possível analisar como a imagem varia à medida que aumenta a força, podendo fornecer detalhes importantes sobre a elasticidade dos tecidos. Para proporcionar um posicionamento preciso, uma pequena câmara montada sobre a sonda revela os padrões de pele que são distintos e constantes, semelhantes a impressões digitais. "Padrões de pele são bastante únicos, utilizar o novo sistema para comparar imagens novas com as anteriores pode guiar os médicos exatamente até o mesmo local da pele analisado anteriormente, algo impossível de se fazer manualmente", destaca Anthony. Os dispositivos estão atualmente passando por três ensaios clínicos, incluindo um no Boston Children' s Hospital para o monitoramento da evolução de pacientes com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). Nesse ensaio clínico, os pesquisadores estão tentando determinar o quão rápido o músculo se deteriora e quão eficaz são diferentes medicamentos. "É importante ter uma maneira confiável de monitorar mudanças no músculo. O estudo visa determinar se a análise ultrassom pode servir como uma forma não invasiva para o acompanhamento da progressão de doenças", observa o pesquisador. Além do potencial para diagnóstico avançado, a equipe ressalta que o novo sistema pode permitir que profissionais de saúde relativamente inexperientes possam administrar testes de gravidez básicos de ultrassom, especialmente em áreas remotas e carentes. Fonte: Isaude.net

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