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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Descoberta de gene ligado à 'memória imunológica' melhora tratamento do mieloma
Estudo pode levar a novos tratamentos para outras condições que envolvem o sistema imune, como lúpus e artrite reumatoide.
Equipe de cientistas da Austrália identificou o gene essencial para a sobrevivência das células produtoras de anticorpos. A descoberta pode levar a melhores tratamentos para doenças em que estas células estão fora de controle, tais como o mieloma e doenças imunológicas crônicas.
A descoberta do gene Mcl-1 foi realizada por pesquisadores do Walter e Eliza Hall Institute, liderados pelo professor David Tarlinton.
O estudo foi publicado na revista Nature Immunology.
Células produtoras de anticorpos, também conhecidas como células plasmáticas, vivem na medula óssea e produzem anticorpos que fornecem proteção a longo prazo contra vírus e bactérias. "As células plasmáticas são produzidas após a vacinação ou infecção e são responsáveis pela "memória imunológica" que podem persistir em humanos por 70 ou 80 anos. Neste estudo, verificou-se que as células plasmáticas dependem criticamente de Mcl-1 para sua sobrevivência e, sem ele, elas morrem dentro de dois dias", explica Tarlinton.
Segundo os pesquisadores, algo interessante que eles descobriram foi que, como as células do plasma rapidamente destroem MCL-1, elas precisam enviar sinais externos contínuos para induzir a produção de mais proteína Mcl-1. "Isso mantém as células plasmáticas sob controle rigoroso, com Mcl-1 atuando como um temporizador que constantemente faz a contagem regressiva e, se não for reestabelecido, instrui a célula a morrer", observa o pesquisador Victor Peperzak.
As células plasmáticas são vitais para a resposta imune, mas podem ser perigosas se não forem devidamente controladas. "Quando as células plasmáticas estão fora de controle, elas continuam a produzir anticorpos que podem ser muito prejudiciais. Isto acontece em condições tais como o mieloma, câncer das células do plasma, e várias formas de autoimunidade, como lúpus e artrite reumatoide, em que há níveis excessivos de anticorpos", afirma Tarlinton.
A equipe acredita que a descoberta possa ser usada para desenvolver novos tratamentos para essas condições que envolvem o sistema imune. "Mieloma em particular, tem um prognóstico muito pobre, e é geralmente considerado incurável. Agora que sabemos que Mcl-1 é um gene essencial necessário para manter células plasmáticas vivas, podemos identificar todas as moléculas críticas e sinais necessários para ligar Mcl-1 e manter as células vivas", conclui o pesquisador.
Fonte: Isaude.net
Tecnologia pode levar à impressão 3D de órgãos humanos em laboratório
Tecnologia pode levar à impressão 3D de órgãos humanos em laboratório
Processo testado com células-tronco vai permitir criar tecidos humanos tridimensionais para transplantes e testes de medicamentos.
Cientistas da Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, desenvolveram um processo de impressão 3D utilizando células-tronco humanas.
A tecnologia pode abrir caminho para criar tecidos humanos tridimensionais em laboratório para transplantes e testes, eliminando a necessidade de doação de órgãos e o problema da rejeição entre pacientes.
O pesquisador Will Shu e seus colegas utilizaram uma impressora com "método de válvula", que depositou um líquido contendo células-tronco embrionárias cultivadas em laboratório. As células foram expelidas com um minúsculo jato de ar e o fluxo foi controlado pela abertura e o fechamento de uma microválvula.
As células vivas foram impressas em uma placa de petri e se agregaram e formaram uma esfera minúscula.
"Esta é a primeira vez que essas células 3D foram impressas. A técnica nos permite criar modelos mais precisos de tecidos humanos que são essenciais para o desenvolvimento e testes da toxicidade de drogas in vitro. Como a maioria de descoberta de drogas tem como alvo as doenças humanas, faz sentido usar tecidos humanos. Em longo prazo, prevemos que a tecnologia permita criar órgãos viáveis em 3D para implantação médica a partir de células do próprio paciente, eliminando a necessidade de doação de órgãos, a supressão imunológica e que o problema da rejeição de transplante", afirma Shu.
As células-tronco embrionárias humanas podem se replicar e dar origem a qualquer tipo de célula do corpo humano. Elas são apontadas como fontes de tecidos substitutos, reparando quase tudo, de corações a pulmões defeituosos a lesões na espinha.
Os cientistas testaram previamente a impressão tridimensional, que usa tecnologia de jato de tinta, com outros tipos de células, inclusive as células-tronco adultas. Mas, até então, as células-tronco embrionárias, que são mais versáteis do que células maduras, demonstraram ser muito frágeis.
Segundo os pesquisadores, as células-tronco embrionárias impressas mantiveram sua pluripotência, ou seja, a habilidade de se diferenciar e formar qualquer outro tipo de célula.
Fonte: Isaude.net
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Solidão afeta o sistema imunológico da mesma forma que o estresse crônico
Solidão afeta o sistema imunológico da mesma forma que o estresse crônico
A solidão está ligada a um grande número de respostas imunes disfuncionais, resultando em problemas na saúde em geral.
Pesquisadores descobriram que pessoas solitárias apresentam maiores taxas de reativação do vírus latente do herpes e liberação de proteínas relacionadas à resposta inflamatória em decorrência do estresse agudo do que pessoas mais socialmente conectadas.
A presença de proteínas ligadas à inflamação e inflamação crônica está associada a várias condições, incluindo doenças coronarianas, diabetes tipo 2, artrite e doença de Alzheimer, bem como a diminuição funcional que acompanha o envelhecimento.
A reativação de um vírus latente do herpes está associada com o stress, o que sugere que a solidão crônica desencadeia uma resposta imune mal controlada.
"É evidente, a partir de pesquisas anteriores, que a má qualidade dos relacionamentos está ligada a uma série de problemas de saúde, incluindo a mortalidade prematura, e as pessoas que estão sós claramente estão em baixa qualidade relacionamento," disse Lisa Jaremka, pós-doutoranda do Instituto de Pesquisa de Medicina Comportamental da Universidade de Ohio e principal autora do estudo.
Os resultados baseiam-se em uma série de estudos realizados com dois grupos. O primeiro, de 134 adultos de meia idade saudáveis e com sobrepeso e, o segundo, um grupo de 144 sobreviventes de câncer de mama. Os pesquisadores mediram a solidão em todos os estudos utilizando a Escala de Solidão da UCLA (Universidade da Califórnia), um questionário que avalia a percepção de isolamento social.
O primeiro passo foi obter um instantâneo do comportamento do sistema imune associado à solidão, através da medição de níveis de anticorpos no sangue que são produzidos quando os vírus do herpes são reativados.
Após a coleta de amostras de sangue de todos os participantes eles foram submetidos a situações de estresse. Depois, foram convidados a fazer um discurso de cinco minutos de improviso e executar uma tarefa aritmética mental na frente de uma câmera de vídeo e três debatedores. Os pesquisadores, então, estimularam os sistemas imunes com lipopolissacarídeo, um composto encontrado em paredes celulares de bactérias, conhecido por provocar resposta imune.
Os sobreviventes de câncer de mama tinham entre dois meses e três anos de conclusão do tratamento e idade média de 51 anos. O sangue foi analisado para a presença de anticorpos contra o vírus Epstein-Barr e citomegalovírus.
Ambos são vírus do herpes que infectam a maioria dos americanos. Cerca de metade das infecções não produz a doença, mas uma vez que uma pessoa é infectada o vírus permanece latente no organismo e pode ser reativado, resultando em níveis elevados de anticorpos, muitas vezes não produzindo sintomas, mas insinuando problemas regulatórios no sistema celular imunitário.
" Participantes solitários tinham níveis mais altos de anticorpos contra o citomegalovírus do que os participantes menos solitários, e os níveis mais elevados de anticorpos foram relacionados a mais dor, depressão e sintomas de fadiga. Nenhuma diferença foi observada nos anticorpos do vírus de Epstein-Barr níveis, possivelmente porque esta reativação está associada à idade, e muitos destes participantes eram um pouco mais velhos, o que significa que a reativação relacionada com solidão seria difícil de detectar," completa Jaremka
Fonte: Isaude.net
Técnica interfere no metabolismo bacteriano para combater infecções
Técnica interfere no metabolismo bacteriano para combater infecções
Aumento da produção de espécies reativas de oxigênio nas células de E. coli enfraqueceu mais a bactéria que antibióticos atuais.
Cientistas do Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, nos EUA, descobriram uma forma de interferir no metabolismo das bactérias de E. coli, tornando-as mais fracas do que o tratamento antibiótico atual.
"Estamos em necessidade crítica de novas estratégias para impulsionar o nosso arsenal de antibióticos. Com poucos novos antibióticos em desenvolvimento, estamos descobrindo novas formas de aproveitar e explorar certos aspectos da fisiologia bacteriana", afirma o autor sênior Jim Collins.
Collins e seus colegas, utilizando modelos de computador sofisticados e biotecnologia, focaram em uma parte pouco compreendida, mas chave, do metabolismo bacteriano chamado de produção de ROS.
ROS, ou "espécies reativas de oxigênio", incluem moléculas como superóxido e peróxido de hidrogênio, que são subprodutos naturais da atividade metabólica normal. Bactérias normalmente lidam muito bem com elas, mas muitas podem causar sérios danos ou até mesmo matar a célula.
Os mecanismos genéticos precisos pelos quais E. coli produz ROS ainda não são conhecidos, mas a equipe adotou um modelo de computador padrão que mapeia o metabolismo de E. coli.
Os pesquisadores começaram adicionando centenas de reações metabólicas ao modelo que são conhecidas por aumentar a produção de ROS. Em seguida, eles excluíram vários genes para ver quais estavam envolvidos na produção de ROS.
"O próximo desafio era determinar se o aumento da produção de ROS pela própria célula poderia torná-la mais suscetível à morte por ataque oxidativo, ergo e antibiótico", observa Collins.
A equipe excluiu de uma série de genes que levam à maior produção de ROS na célula, adicionou antibióticos diferentes e biocidas tais como lixívia, e as células morreram, a uma taxa muito mais elevada do que as células sem os genes suprimidos. Em suma, por meio da interferência no metabolismo das bactérias, os antibióticos e os biocidas foram ainda mais letais para as células.
Os próximos passos da equipe são o uso de tecnologias de triagem molecular para identificar com precisão as moléculas que impulsionam a produção de ROS, além de testar a abordagem utilizada neste estudo de E. coli em outros tipos de bactérias.
A pesquisa foi relatada na revista Nature Biotechnology.
Fonte: Isaude.net
Orgasmo ativa quase todas as áreas do cérebro de mulheres
Estudo mostra animação com imagens de 80 regiões cerebrais registradas durante orgasmo de uma terapeuta sexual.
Pesquisadores da Rutgers University, nos Estados Unidos utilizaram a ressonância magnética para analisar a atividade cerebral durante uma das sensações mais íntimas do corpo, o orgasmo.
As imagens do cérebro da terapeuta sexual Nan Wise, de 54 anos, mostraram que quando ela atinge o orgasmo, quase todas as áreas cerebrais são ativadas.
O professor de psicologia e líder do estudo, Barry Komisaruk e seus colegas registraram imagens de 80 regiões diferentes a cada dois segundos, por um período total de sete minutos. Eles, então, transformaram as imagens em uma animação colorida que mostra que quanto mais brilhante a cor, mais ativado o cérebro.
"Estamos olhando para a sequência de regiões do cérebro que são recrutadas para aumentar a intensidade da atividade que conduz ao orgasmo. É um fenômeno comportamental e sensorial com tantas implicações e com pouca compreensão", observa Komisaruk.
Segundo os pesquisadores, com exceção ao ataque epiléptico, não há nenhum evento que ative mais a rede cerebral do que o orgasmo. Eles acreditam que essa é uma oportunidade fantástica para analisar a conectividade do cérebro.
Ao compreender os eventos no cérebro que levam ao orgasmo, os pesquisadores esperam encontrar pistas sobre o que poderia estar acontecendo de errado no total de 25% das mulheres que raramente ou nunca tiveram um orgasmo. "Teoricamente, isso vai ser útil para saber como as coisas funcionam. E, talvez, em algum momento poderemos ser capazes de ver que algo que está defeituoso", diz Wise.
A equipe revela ainda que a compreensão do orgasmo poderia também ter implicações para o tratamento da dor já que muitas das mesmas regiões envolvidas no prazer estão envolvidas na dor.
Fonte: Isaude.net
Exame de sangue detecta enfisema precoce antes que os sintomas apareçam
Exame de sangue detecta enfisema precoce antes que os sintomas apareçam
Teste pode ser usado no futuro para advertir fumantes sobre o desenvolvimento iminente da doença incurável.
Exame de sangue que detecta o desenvolvimento precoce de enfisema muito antes que os sintomas ocorram pode ser nova arma para tratamento da doença pulmonar no futuro. É o que sugerem pesquisadores da Weill Cornell Medical Center, nos Estados Unidos.
Resultados mostram que, como a maioria dos casos de enfisema são causadas pelo tabagismo, teste pode advertir fumantes sobre o desenvolvimento iminente da doença incurável.
" Nem todos os fumantes desenvolvem enfisema, mas aqueles que descobrem que estão em risco serão motivados a parar para conter a progressão da doença" , disse o investigador principal do estudo,Ronald G. Crystal. "Nós sabemos, a partir de outros estudos, que os fumantes que têm evidência objetiva de que sua saúde está em perigo são muito mais propensos a parar. Essa é a única coisa que vai ajudá-los a evitar essa doença mortal."
Como funciona
O teste mede novas partículas que são eliminadas pelos vasos sanguíneos minúsculos conhecidos como capilares que circundam os sacos aéreos (alvéolos) nos pulmões.
Estas partículas são restos derramado por uma lesão permanente nos sacos de ar - um prejuízo que eventualmente resulta na devastação das bolsas e na aparência "queijo suíço" dos pulmões. Os alvéolos são onde ocorrem as trocas gasosas críticas.
Conforme os sacos de ar são destruídos, as pessoas desenvolvem falta de ar, porque não podem levar oxigênio suficiente para alimentar o corpo e, eventualmente, não é possível remover dióxido de carbono do sangue.
Crystal e seus colegas argumentaram que como capilares ao redor dos sacos aéreos estão danificados, os restos seriam carregados para fora pelo fornecimento sanguíneo e poderiam potencialmente serem quantificados como biomarcador da doença. Então eles começaram a procurar por evidências do que eles chamavam de micropartículas endoteliais (PGE).
"Os nossos vasos sanguíneos estão sempre sendo repostos, de modo que todos nós temos algum nível de EMPs no nosso sangue", observou Crystal. "O que estamos procurando são níveis elevados de EMPs. Para os fumantes, isso é o equivalente a um detector de fumaça soando seu alarme; níveis elevados de EMPs sugerem que seus sacos de ar estão sendo danificados e é hora de agir."
Metodologia
Para fazer isso, os investigadores registraram três grupos de pessoas - não-fumantes saudáveis, fumantes saudáveis e fumantes com evidência precoce de destruição pulmonar.
Os participantes do estudo tiveram seus prontuários médicos analisados e os pesquisadores avaliaram a função pulmonar desses participantes, todos foram submetidos a dois testes de função pulmonar. Um deles é a espirometria, que mede o volume e a velocidade do ar que é inspirado e expirado pelos pulmões. O outro, conhecido como DLCO, é o único teste pulmonar disponível hoje capaz de detectar enfisema em pacientes. Ele usa uma máquina que mede a capacidade de difusão dos gases através da membrana alvéolo-capilar.
Os investigadores encontraram uma correlação positiva entre 95 % de EMPs elevados no sangue e um resultado anormal no teste de DLCO, o que significa que ele detectou quase todos os casos verificados de enfisema precoce em participantes.
Dois outros grupos independentes dos participantes receberam, então, o mesmo grupo de testes - a espirometria, DLCO e exame de sangue EMP - e, mais uma vez, uma constatação positiva de EMP se correlacionou com um DLCO anormal 95 % das vezes.
Diferenças nos resultados da espirometria não tiveram qualquer influência nos resultados da DLCO ou EMP.
DLCO, que deve ser administrado por um pneumologista, é mais frequentemente usado para confirmar uma suspeita de enfisema. Em contrapartida, o exame de sangue EMP é projetado para ser uma ferramenta simples, de baixo custo que pode detectar desenvolvimento de enfisema em indivíduos que não apresentam sinais da doença.
Os pesquisadores estão agora realizando estudos do teste EMP em grandes grupos de participantes, a fim de validar seus resultados iniciais.
Fonte: Isaude.net
Medicamento para disfunção erétil ajuda a controlar ejaculação e orgasmo
Medicamento para disfunção erétil ajuda a controlar ejaculação e orgasmo
Cerca de 70% dos homens que usaram Cialis foram capazes de ejacular e atingir o orgasmo mais vezes que os 30% que usaram placebo.
Novos dados sugerem que a droga utilizada para Disfunção Erétil (DE) Tadalafil (comercializada com o nome de Cialis) pode ser benéfica também para ajudar homens que têm problemas de ejaculação e orgasmo.
O estudo foi publicado por pesquisadores do NewYork-Presbyterian Hospital / Weill Cornell Medical Center, na edição de fevereiro do British Journal of Urology International. Atualmente, o Cialis está aprovado para o tratamento de ED e da Hipertrofia Prostática Benigna (BPH), ou para homens com ambas as condições.
O estudo, uma meta-análise de 17 estudos duplo-cegos controlados com placebo de homens com DE, é o primeiro a analisar o benefício que um agente como Cialis oferece para problemas comuns de disfunção sexual sem relação com a ED.
O estudo conclui que cerca de 70% dos homens que usaram Cialis durante a atividade sexual por 12 semanas foram capazes de ejacular e atingir o orgasmo mais vezes que os 30% dos integrantes da pesquisa que usaram placebo. Os cientistas observaram, ainda, que os benefícios da droga foram visíveis independente do nível de gravidade da DE.
"Há muitos homens que têm, no máximo, problemas leves para atingir a ereção, mas que apresentam dificuldades para ejacular. Um número que pode chegar a 18%", diz o principal autor do estudo, Dario Paduch, urologista e especialista em medicina sexual masculina do NewYork-Presbyterian/Weill Cornell. "Nosso estudo mostra que o Cialis funcionou muito bem para esses homens com problemas de ejaculação."
Fonte: Isaude.net
Acessos de raiva na infância aumentam risco de ataques cardíacos aos 40 anos
Alta incidência de birras aos sete anos de idade foi associada a um risco 31% maior de doenças em mulheres e 17% nos homens.
Crianças propensas a ter acessos de raiva na infância podem estar em maior risco de doença cardíaca quando atingem a meia-idade. É o que revela estudo de pesquisadores da Harvard Medical School, nos EUA.
Os resultados mostram que crianças que ficam chateadas muitas vezes aos sete anos de idade apresentam um risco maior de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral aos 40 anos. O efeito foi mais pronunciado nas mulheres.
Por outro lado, jovens que permaneciam calmos e concentrados tiveram um menor risco de doenças mais tarde na vida.
O estudo foi publicado no Journal of Epidemiology and Community Health.
A equipe, liderada por Allison Appleton, avaliou 377 adultos que foram submetidos a testes de comportamento emocional quando crianças.
Os resultados mostraram que enfrentar altos níveis de angústia aos sete anos foi associado com um risco 31% maior de doenças cardíacas em mulheres, e 17% nos homens.
Estes resultados foram então comparados com um grau de risco de doença cardiovascular e outros fatores de controle foram levados em conta.
Para as mulheres na faixa dos 40 anos, as chances de ter um ataque cardíaco ou derrame nos 10 anos seguintes aumentaram de 3,2 para 4,2%, se sua infância foi marcada por birras e lágrimas. Esse risco subiu de 7,3 para 8,5% para os homens.
A equipe agora está ansiosa para fazer mais trabalhos a fim de entender melhor esta ligação e descobrir se um mecanismo biológico sustenta a descoberta.
Os resultados se somam a um número crescente de estudos que mostraram que experiências negativas na vida precoce podem ter um efeito de longa duração.
Fonte: Isaude.net
Novo software permite realizar exames de audiometria mais completos
Novo software permite realizar exames de audiometria mais completos
Programa facilita detecção de problemas de audição e pode ser executado em dispositivos como tablets, smartphones ou notebooks.
Pesquisadores da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, desenvolveram um novo software capaz de executar exames de audiometria mais completos.
O software, que vai facilitar a detecção de comprometimento funcional da audição de uma pessoa, pode ser executado em dispositivos móveis, como tablets, smartphones ou qualquer computador pessoal.
A perda auditiva é um problema comum que, ao contrário da crença popular, pode começar muito cedo na vida e piorar sem ser percebido pela pessoa afetada. Um teste de audição pode avaliar a audição das pessoas, embora haja alguns aspectos da audição que não se refletem nos resultados fornecidos pelos testes auditivos convencionais (audiogramas), em grande parte devido à metodologia utilizada no mesmo e limitações dos instrumentos usados até agora.
Para superar algumas destas deficiências, como a capacidade que as pessoas têm para detectar com precisão a direção da fonte de som, os pesquisadores criaram um audiômetro incorporando uma capacidade de localização de áudio em 3D.
"Mecanismos para localizar a fonte de um som são complexos e diversos e dependem da capacidade natural do sistema auditivo para perceber sons em estéreo. Este recurso é perdido em uma audiometria clássica. Assim, uma das principais características do nosso software é permitir recriar as fontes de som de qualquer lugar no espaço 3D possibilitando que o paciente opine sobre a fonte de áudio, detectando, assim, possíveis problemas na sua capacidade de localizar fontes de som, provavelmente relacionados com perturbações auditivas", explica o pesquisador Miguel Ferrer.
Além disso, o médico pode comparar os resultados com audiometrias anteriores, ver o histórico inteiro de um paciente, definir protocolos para a realização de testes de audição e outras características que os audiômetros atuais não podem fazer.
Fonte: Isaude.net
Nanopartícula de ouro supera radioterapia padrão no tratamento do câncer
Nanopartícula de ouro supera radioterapia padrão no tratamento do câncer
Nanopartículas transportam e entregam 'partículas alfa' radioativas diretamente a tumores para o tratamento.
Pesquisadores dos EUA criaram uma nanopartícula de ouro capaz de transportar poderosas partículas radioativas diretamente a tumores para o tratamento.
Normalmente, quando o tratamento com radiação é recomendado para pacientes com câncer, os médicos são capazes de escolher entre vários radiofármacos que utilizam partículas de radiação de baixa energia, conhecidas como partículas beta.
Durante anos, os cientistas vêm estudando como usar "partículas alfa", que são partículas radioativas que contêm uma grande quantidade de energia, em tratamentos de câncer. Os desafios para a utilização de partículas alfa, que são mais de 7 mil vezes mais pesadas do que as partículas beta, incluem confinar as partículas alfa em um local designado no interior do corpo, evitando que a radiação vague para os órgãos e tecidos saudáveis.
"Se você pensar em partículas beta como estilingues, as partículas alfa seriam semelhantes a balas de canhão. Os cientistas têm tido alguns sucessos com partículas alfa, recentemente, mas nada que possa combater diferentes tipos de câncer. Por exemplo, um estudo utilizando o cloreto de rádio-223, que emite partículas alfa, tem sido acelerado pela Food and Drug Administration EUA (FDA) porque foi demonstrado ser eficaz no tratamento do câncer de osso. No entanto, ele só funciona para câncer de osso porque o elemento, o rádio, é atraído para o osso e permanece lá. Acreditamos ter encontrado uma solução que vai nos permitir direcionar partículas alfa para locais de câncer em outras partes do corpo de uma forma eficaz", explica J. David Robertson, da University of Missouri.
Robertson e seus colegas usaram o elemento "actínio", conhecido como "emissor alfa" porque produz partículas alfa. Conforme ele enfraquece, o actínio cria três elementos adicionais que produzem partículas alfa. Devido à força dessas partículas, porém, manter os elementos no lugar em locais de câncer não era possível, até a equipe desenvolver uma nanopartícula banhada de ouro, que serve como uma cela para os elementos, mantendo-os no lugar do câncer.
O ouro tornou a nanopartícula forte o suficiente para segurar o actínio, e outros emissores alfa que eventualmente forem criados, por tempo suficiente para que as partículas alfa destruíssem as células cancerosas próximas.
"A realização desses emissores alfa é um desafio técnico que pesquisadores vêm tentando superar a 15 anos. Com o nosso projeto de nanopartículas, nós somos capazes de manter mais de 80% do elemento dentro da nanopartícula 24 horas após a sua criação", afirma Robertson.
Enquanto as partículas alfa são extremamente poderosas, elas não viajam muito longe, por isso, quando as nanopartículas chegam perto de células cancerosas, as partículas alfa saem e destroem a célula de forma muito mais eficaz do que as opções atuais de terapia de radiação.
Os resultados em estágio inicial desta pesquisa são promissores. Se estudos adicionais forem bem-sucedidos nos próximos anos, a equipe irá solicitar ao governo federal o início do desenvolvimento de drogas para humanos. Após a concessão desse status, os pesquisadores podem realizar testes clínicos em humanos com a esperança de desenvolver novos tratamentos anticâncer.
Fonte: Isaude.net
Assistir à televisão em excesso diminui qualidade do esperma
Assistir à televisão em excesso diminui qualidade do esperma
Homens que passam 20 horas por semana assistindo à TV têm concentração de espermatozoides 44% menor que aqueles ativos.
Homens que se exercitam pouco e gastam muito do seu tempo livre assistindo televisão têm contagem de esperma menor do que os homens mais ativos, de acordo com pesquisadores da Harvard School of Public Health, nos EUA.
A pesquisa sugere que os homens que passam mais de 20 horas por semana na frente da televisão produzem um esperma de qualidade inferior. No entanto, 15 horas ou mais de exercício por semana aumenta a qualidade de sêmen.
A equipe de pesquisa analisou amostras de esperma de 189 homens jovens, com idades entre 18 e 22 anos, que responderam perguntas precisas sobre seu estilo de vida, como prática de exercícios, alimentação, tempo gasto em frente à televisão.
O grupo que ficou mais de 20 horas por semana assistindo à televisão apresentou uma concentração de espermatozoides 44% menor do que o grupo que passou menos tempo nessa atividade.
Já o grupo que praticou atividades físicas durante 15 horas ou mais por semana teve uma concentração de espermatozoides 73% maior do que aqueles que se exercitavam menos de 5 horas por semana.
Contudo, em todos os casos analisados, as concentrações de espermatozoides seriam suficientes para permitir a concepção, ressalta o estudo.
Segundo os autores, suas descobertas não são conclusivas, mas sugerem que os homens que querem melhorar a sua fertilidade podem querer aumentar a quantidade de exercício físico que fazem.
A equipe ressalta que mais estudos são necessários para confirmar e explorar as possíveis causas por trás de suas descobertas.
Fonte: Isaude.net
Brasil é um dos países com maior incidência de câncer na laringe
Brasil é um dos países com maior incidência de câncer na laringe
Fumantes têm dez vezes mais chance de desenvolver este tipo de câncer. Número multiplicado 43 vezes se associdado à bebida.
O presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CCF), Agricio Crespo, disse, nesta segunda-feira (4), Dia Mundial do Câncer, que o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer de laringe do mundo. " A população brasileira ainda fuma muito. Essa é a principal causa [da grande incidência no Brasil], e quando ele [fumo] está associado à bebida alcoólica existe uma potencialização de efeitos" , diz Crespo.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe e quando há associação do fumo com bebida alcoólica esse número sobe para 43 vezes. " Outras causas são situação socioeconomica desfavorável e má alimentação" , diz Crespo.
Segundo o Inca, para evitar esse tipo de câncer é importante que a alimentação contenha proteínas, preferencialmente de frango ou peixe, associadas a legumes, verduras e frutas ricas em vitaminas, em especial A, B2, C e E, e sais minerais.
O câncer de laringe, quando descoberto precocemente, tem taxas de cura que vão de 80% a 100%. É uma doença predominantemente masculina. Para cada mulher atingida há nove homens com a doença, que é mais comum depois dos 40 anos de idade, tendo seu pico de incidência entre os 50 e 60 anos.
O principal sintoma da doença é a rouquidão que dura mais de duas semanas, aparentemente sem motivo. " A pessoa que não tinha a voz rouca, passa a ter" , diz Crespo. Ele acrescenta que dificuldade de engolir os alimentos, falta de ar, mal hálito e perda de peso também podem estar associados à doença. O especialista explica que um exame muito simples, feito no consultório médico de um otorrinolaringologista, é capaz de fazer o diagnóstico precoce na grande maioria dos casos.
De acordo com o Inca, em 2010 foram registrados 3.618 casos de câncer de laringe no Brasil. O instituto estima que o país teve 6.110 novos casos em homens em 2012. Segundo Crespo, a Região Nordeste é a que tem a maior incidência da doença, e a Sul é a que tem a menor.
Fonte: Isaude.net
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