terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Solidão afeta o sistema imunológico da mesma forma que o estresse crônico

Solidão afeta o sistema imunológico da mesma forma que o estresse crônico A solidão está ligada a um grande número de respostas imunes disfuncionais, resultando em problemas na saúde em geral.
Pesquisadores descobriram que pessoas solitárias apresentam maiores taxas de reativação do vírus latente do herpes e liberação de proteínas relacionadas à resposta inflamatória em decorrência do estresse agudo do que pessoas mais socialmente conectadas. A presença de proteínas ligadas à inflamação e inflamação crônica está associada a várias condições, incluindo doenças coronarianas, diabetes tipo 2, artrite e doença de Alzheimer, bem como a diminuição funcional que acompanha o envelhecimento. A reativação de um vírus latente do herpes está associada com o stress, o que sugere que a solidão crônica desencadeia uma resposta imune mal controlada. "É evidente, a partir de pesquisas anteriores, que a má qualidade dos relacionamentos está ligada a uma série de problemas de saúde, incluindo a mortalidade prematura, e as pessoas que estão sós claramente estão em baixa qualidade relacionamento," disse Lisa Jaremka, pós-doutoranda do Instituto de Pesquisa de Medicina Comportamental da Universidade de Ohio e principal autora do estudo. Os resultados baseiam-se em uma série de estudos realizados com dois grupos. O primeiro, de 134 adultos de meia idade saudáveis e com sobrepeso e, o segundo, um grupo de 144 sobreviventes de câncer de mama. Os pesquisadores mediram a solidão em todos os estudos utilizando a Escala de Solidão da UCLA (Universidade da Califórnia), um questionário que avalia a percepção de isolamento social. O primeiro passo foi obter um instantâneo do comportamento do sistema imune associado à solidão, através da medição de níveis de anticorpos no sangue que são produzidos quando os vírus do herpes são reativados. Após a coleta de amostras de sangue de todos os participantes eles foram submetidos a situações de estresse. Depois, foram convidados a fazer um discurso de cinco minutos de improviso e executar uma tarefa aritmética mental na frente de uma câmera de vídeo e três debatedores. Os pesquisadores, então, estimularam os sistemas imunes com lipopolissacarídeo, um composto encontrado em paredes celulares de bactérias, conhecido por provocar resposta imune. Os sobreviventes de câncer de mama tinham entre dois meses e três anos de conclusão do tratamento e idade média de 51 anos. O sangue foi analisado para a presença de anticorpos contra o vírus Epstein-Barr e citomegalovírus. Ambos são vírus do herpes que infectam a maioria dos americanos. Cerca de metade das infecções não produz a doença, mas uma vez que uma pessoa é infectada o vírus permanece latente no organismo e pode ser reativado, resultando em níveis elevados de anticorpos, muitas vezes não produzindo sintomas, mas insinuando problemas regulatórios no sistema celular imunitário. " Participantes solitários tinham níveis mais altos de anticorpos contra o citomegalovírus do que os participantes menos solitários, e os níveis mais elevados de anticorpos foram relacionados a mais dor, depressão e sintomas de fadiga. Nenhuma diferença foi observada nos anticorpos do vírus de Epstein-Barr níveis, possivelmente porque esta reativação está associada à idade, e muitos destes participantes eram um pouco mais velhos, o que significa que a reativação relacionada com solidão seria difícil de detectar," completa Jaremka Fonte: Isaude.net

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