sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

EUA podem usar mosquito geneticamente modificado para combater a dengue Experimento, que aguarda autorização do governo, usa insetos machos que transmitem gene defeituoso à fêmea para matar descendentes.
Milhares de mosquitos geneticamente modificados aguardam aprovação do governo dos EUA para liberação como parte de um experimento destinado a reduzir a transmissão da dengue na Flórida. O objetivo da pesquisa, que seria a primeira desse tipo no país, é combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. As informações são do Daily Mail. As autoridades de saúde acreditavam que a doença havia sido erradicada nos EUA, mas 93 casos foram relatados entre 2009 e 2010 na região. O trabalho consiste na liberação de mosquitos geneticamente modificados por meio de uma técnica criada pela empresa britânica Oxitec. Os insetos são machos e transmitiriam para as fêmeas, durante a reprodução, um gene defeituoso capaz de matar toda a descendência. A ideia é que os filhotes morram antes de se reproduzir, reduzindo o risco de aumento nos casos de dengue. Segundo os pesquisadores do Florida Keys Mosquito Control District, os genes modificados irão desaparecer do meio ambiente após os mosquitos portadores morrerem, resultando em nenhuma mudança permanente para a população do mosquito selvagem. O distrito também diz que a espécie não é nativa, nem é uma fonte de alimento integral para outros animais. A dengue é uma doença viral que causa graves sintomas como dor articular. A doença não é fatal, mas as vítimas ficam susceptíveis a exposições subsequentes à doença que pode adquirir a forma hemorrágica. Fonte: Isaude.net
Cachorro treinado fareja primeiros sinais de infecção hospitalar grave Beagle de dois anos foi bem sucedido na identificação de pacientes com C. difficile em 83% dos casos.
Pesquisadores holandeses treinaram Cliff, um cão da raça beagle para detectar os primeiros sinais de infecções por Clostridium difficile, ou C. difficile em pacientes. O relatório publicado na revista BMJ mostra que apenas farejando uma cama de hospital, Cliff pode detectar se os pacientes são portadores da infecção mortal. Cliff é o primeiro animal a ter suas habilidades de detecção testadas em amostras de fezes, que têm um odor distinto quando alguém tem o patógeno. "C. difficile pode causar uma infecção do intestino, que vão desde sintomas leves de diarreia a doença grave. A bactéria afeta principalmente pacientes idosos em hospitais ou unidades de saúde após o uso de antibióticos, já que antibióticos perturbam o equilíbrio normal de bactérias presentes no intestino. Uma vez que um paciente tem uma infecção intestinal por C. difficile, ela pode se espalhar para outros pacientes na mesma enfermaria. No entanto, na realidade, a detecção da doença pode levar alguns dias, permitindo que as bactérias se espalhem e infectem mais pacientes", afirma a autora do estudo Marije Bomers, da VU University Medical Centre, em Amsterdã. No novo projeto, Bomers e seus colegas treinaram Cliff para identificar o cheiro de C. difficile e posteriormente testaram suas habilidades. Segundo a pesquisadora, os resultados mostraram que detectar infecções não foi difícil para o cão. Desde 2000, surtos de infecção, especialmente nos Estados Unidos e Canadá, têm crescido aumentado. Como resultado, há um interesse crescente no desenvolvimento de medidas de controle de infeção mais rápidas, precisas e acessíveis. A equipe holandesa passou dois meses usando um sistema de formação baseado na recompensa para ensinar Cliff a detectar o cheiro único de C. difficile, tanto em amostras de fezes quanto entre os próprios pacientes. Depois que ele aprendeu a sentar-se ou deitar-se sempre que sentia o cheiro, os autores testaram os talentos do cão em um laboratório de microbiologia. O resultado: um registro quase perfeito de diagnósticos. Entre 2010 e 2011, Cliff foi repetidamente guiado através de serviços hospitalares em duas instalações que cuidavam de um total de 300 pacientes, dos quais 30 foram infectados com C. difficile. Os guias não foram informados sobre quais pacientes estavam infectados, e Cliff não fez nenhum contato direto com os pacientes, ele simplesmente cheirou o ar ao redor de suas camas antes de dar seu veredito. Após 10 ciclos de detecção Cliff foi bem sucedido na identificação de pacientes com C. difficile 83% do tempo. "Nosso ponto de partida é que é muito viável treinar um cão de detecção para identificar uma superbactéria como C. difficile", conclui Bomers. De acordo com Bomers, os cães podem, finalmente, ajudar a reduzir o aparecimento de C. difficile, servindo como ' exames de rotina' , que detectam o primeiro sinal de uma infecção e impedem um surto. Fonte: Isaude.net
Coração artificial prevê risco de arritmia e morte súbita cardíaca em pacientes Simulação mostra risco de doença cardíaca ao longo da vida, enquanto exames convencionais indicam apenas risco no momento.
Cientistas da University of Rochester Medical Center, nos EUA, desenvolveram um modelo de computador da parede do coração capaz de prever o risco de arritmia e morte súbita cardíaca em pacientes. A pesquisa abre caminhos para o uso de modelos cardíacos mais complexos para calcular as consequências de estilo de vida, genética e outras alterações sobre a saúde do coração. Segundo os autores, este é o primeiro relatório a mostrar um modelo cardíaco sendo usado como preditor de risco arrítmico para os pacientes. "O trabalho comprova que a simulação de computador pode ser usada para prever o risco de doenças cardíacas. Com este modelo pode-se determinar a influência de uma única mutação na resposta do coração", afirma a líder da pesquisa Coeli M. Lopes. O estudo foi publicado no Journal of the American College of Cardiology. O modelo de computador, desenvolvido por cientistas da IBM, inclui 192 células cardíacas feitas para funcionar eletricamente como a parede do ventrículo atribuindo propriedades diferentes para as células com base em sua posição, dentro, no meio ou na parte de fora, da parede do coração. Os cientistas usaram células cardíacas caninas como guia, adaptando as células do modelo a agir mais como as humanas, com base em dados extensos sobre as propriedades elétricas do coração humano. A equipe voltou-se para mais de 600 pacientes com síndrome do QT longo tipo 1, doença hereditária que coloca os pacientes em maior risco de arritmias e morte súbita cardíaca, para ajudar a testar o modelo. Os pacientes com a doença têm mutações em um gene específico, KCNQ1, que ajuda as células cardíacas a gerar e transmitir sinais elétricos de forma adequada. O estudo utilizou 34 mutações diferentes do gene, identificadas em amostras de sangue dos pacientes e testes genéticos. Para entender melhor as características de cada mutação, como elas agem e os defeitos que causam, a equipe recriou todas as proteínas mutantes em laboratório e testou-as em várias linhagens celulares. Pesquisadores ligaram o perfil elétrico de cada mutação no modelo para simular o efeito de mutação na parede do coração. O modelo produziu um eletrocardiograma unidimensional, transmural para cada mutação, capaz de prever como a mutação influencia as propriedades elétricas da parede do coração, uma vez que fica contraída e relaxa após cada batida. Quando a equipe comparou estes dados com os dados dos doentes, as análises mostraram que as mutações que o modelo previu prolongam a repolarização, ou seja, o tempo que a parede do coração leva para se recuperar depois de cada batida, colocando os pacientes em maior risco de morte. Para cada 10 milissegundos de atraso na repolarização, o risco de morte súbita cardíaca ou ataque cardíaco do paciente aumentou cerca de um terço. Segundo os pesquisadores, a simulação computacional pode refletir o risco ao longo da vida de problemas de arritmia cardíaca, enquanto o ECG convencional pode mostrar apenas um único ponto no tempo. "Usando esse modelo podemos prever a probabilidade de que um indivíduo experimentará um evento cardíaco fatal com base no tipo de mutação que eles têm e como a mutação atua", afirma Lopes. Fonte: Isaude.net

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Descoberto o processo de metástase do câncer de estômago Proteína que impede a proliferação de células cancerosas tem sua produção comprometida no câncer gástrico.
Cientistas da Universidade de Liverpool descobriram que a produção de uma proteína que impede o crescimento e disseminação de células cancerígenas é comprometida em pacientes com câncer de estômago. A descoberta pode contribuir para futuras terapias contra este tipo de câncer, segunda maior causa de mortes entre as doenças malignas em todo mundo, restaurando as funções da proteína chamada TGFâig-h3. A TGFâig-h3 é liberada por células chamadas miofibroblastos, parte integrante do tecido que reveste as células cancerosas. O ambiente de miofibroblastos, vasos sanguíneos e outros tipos de células, permite que o câncer sobreviva, podendo chegar a significar 90% da massa total do tumor. Os cientistas na Liverpool descobriram que, em tumores com câncer gástrico avançado, os miofibroblastos diminuem a libertação da proteína que normalmente inibe o crescimento e propagação da doença. De acordo com a professora Andrea Varro, do University' s Institute of Translational Medicine, "esta proteína normalmente atua como uma âncora para vincular outras células de proteínas aos ambientes vizinhos onde as células cancerosas se desenvolveram. Isso nos possibilita um excelente alvo para o tratamento, já que as células do câncer ficam concentradas. O problema é que, em estádios avançados da doença, os efeitos desta proteína são diminuídos, aumentando o risco de que a doença se espalhe para outras partes do corpo. Fonte: Isaude.net
Resveratrol 2012: especialistas discutem uso do vinho tinto contra o câncer Pesquisas realizadas no Reino Unido já comprovaram que duas taças de vinho diárias podem reduzir, pela metade, tumores intestinais.
Segunda Conferência Científica Internacional sobre Resveratrol e Saúde ou, simplesmente, Resveratrol 2012. O nome da conferência que será realizada de 5 a 7 de dezembro na Universidade de Leicester, no Reino Unido, faz alusão ao composto encontrado na casca de uvas vermelhas considerado um importante coadjuvante no tratamento do câncer. Embora os benefícios potenciais para a saúde do Resveratrol sejam conhecidos há algum tempo, ainda não há prova de sua eficácia em seres humanos, nem qual a melhor dose a ser utilizada. Condições que não permitem o seu uso em larga escala. As pesquisas que estão sendo realizadas em Leicester, focam justamente os níveis de Resveratrol que podem ser benéficos na prevenção do câncer. Utilizando modelos de laboratório, eles descobriram que uma quantidade diária de Resveratrol equivalente a dois copos de vinho pode reduzir tumores intestinais pela metade. A professora Karen Brown, uma dos organizadoras do Resveratrol 2012, afirma que "a segunda conferência, que reúne todos os especialistas mundiais em Resveratrol, é uma fantástica oportunidade de discutir as potencialidades do composto no tratamento do câncer, além do diabetes, doenças neurológicas e cardíacas. O evento segue os resultados da primeira conferência internacional sobre o resveratrol, realizada em 2010, na Dinamarca. Os pesquisadores agora esperam Leicester para tirar suas conclusões do laboratório para a próxima fase, através da realização de ensaios clínicos onde seria possível encontrar o nível ideal de Resveratrol em humanos. "Muitos pacientes poderiam tomar Resveratrol como um complemento, mas como no momento não sabemos quais as reações ou melhor dosagem, ainda não podemos lançar mão de seus benefícios. Já sabemos que altas doses de resveratrol podem potencialmente interferir com outros medicamentos," completa Brown. A conferência, que incluirá mais de 65 palestras de pesquisadores de todo mundo, vai produzir uma seleção de relatórios com a atualização mais recente sobre as pesquisas globais realizadas com o Resveratrol, bem como o próximo conjunto de recomendações para a pesquisa científica e o uso da substância. Fonte: Isaude.net
Brasil produz bisturi ultrassônico que diminui riscos de cirurgias Atualmente, país importa tipo de bisturi de três fábricas estrangeiras; instrumento chega a custar entre 20 e 40 mil dólares.
A fim de substituir importações, diminuir os riscos nas intervenções cirúrgicas e torná-las menos invasivas, os cientistas do Instituto de Física de São Carlos (USP) desenvolveram uma versão nacional de bisturis ultrassônicos. Atualmente, o Brasil importa esse tipo de bisturi de três fábricas estrangeiras, e o instrumento chega a custar entre 20 e 40 mil dólares. Com a produção em território nacional, o preço pode cair cerca de 30%. O equipamento será produzido no Brasil pela WEM, empresa da cidade de Ribeirão Preto (SP), que atua no ramo hospitalar há mais de 25 anos. De acordo com o professor Vanderlei Bagnato, do Departamento de Ótica do IFSC, a proposta é tornar a medicina mais acessível à população brasileira, e por isso a importância de se fabricar os instrumentos no Brasil. " A tecnologia hoje só é disponibilizada em hospitais de ponta no país e a cirurgia custa caro para o paciente", explica. A tecnologia do ultrassom atua no rompimento das ligações celulares, e não na destruição das mesmas por um instrumento cortante. Isso reduz a agressão ao organismo do paciente e as complicações do processo pós-operatório. O bisturi ultrassônico transforma energia elétrica em movimento, e atinge a frequência de 100.000 Hz. A vibração no equipamento não pode ser vista a olho nu, e o corte na pele pela separação de proteínas é feito pelo calor gerado no atrito. O aparelho é o mais indicado para cirurgias que exigem pequenas incisões, denominadas portais, por onde o médico realiza as intervenções. Fonte: Isaude.net
Equipe cria agente de contraste capaz de melhorar nitidez de imagens médicas Microbolhas produzem imagem mais detalhadas do que está acontecendo no corpo e pode ajudar a tratar desde hipóxia até câncer. Cientistas da Universidade de Buffalo, nos EUA, desenvolveram um novo agente de contraste capaz de melhorar a nitidez das imagens médicas. O agente, chamado "microbolhas porshe", representa uma inovação porque pode ser utilizada em conjunto para criar imagens de ultrassom e imagens de uma tecnologia emergente chamada tomografia fotoacústica (PAT). O resultado, segundo os pesquisadores, é uma imagem mais detalhada com nuances do que está acontecendo dentro do corpo, que pode ajudar os médicos a tratar de tudo, desde a hipóxia até o câncer. A pesquisa foi publicada na revista Journal of the American Chemical Society. Médicos usam ultrassom, técnica de imagem eficaz, relativamente barata e minimamente invasiva, para uma variedade de propósitos, incluindo o desenvolvimento do feto e monitoramento do fluxo de sangue no coração, fígado e rins de crianças e adultos. Eles, muitas vezes, empregam microbolhas, que são pequenas bolhas de gás fluorado injetados na corrente sanguínea de um paciente, para melhorar a qualidade das imagens em preto e branco produzidas a partir do ultrassom. A imagem de PAT, pelo contrário, é uma técnica muito mais nova. Os médicos usam lasers pulsados para gerar ondas de pressão que, quando medidas, fornecem uma visão mais aprofundada do que está ocorrendo dentro do corpo. Por exemplo, enquanto o ultrassom pode medir o sangue que flui através de um órgão, PAT pode medir os níveis de oxigénio no sangue. "Uma vez que as duas técnicas são complementares, há um interesse crescente para combiná-las. A forma mais provável de conseguir isso seria a criação de "microbolhas coloridas", um agente de contraste capaz de melhorar as imagens de ultrassom e não interferir com a imagem de PAT", afirma o líder da pesquisa Jonathan Lovell. Lovell e seus colegas criaram o tal agente de contraste encapsulando microbolhas em uma cápsula de porfirina (composto orgânico que absorve fortemente a luz) e fosfolípido (semelhante a gordura de óleo vegetal). Os resultados levaram às "microbolhas porshe". "Os primeiros testes que fizemos parecem muito promissores. Acho que o próximo passo é descobrir como podemos aproveitar isso, descobrindo quais as melhores aplicações", afirmam os autores. A equipe espera que possam utilizar as microbolhas para analisar a eficácia da quimioterapia. Em vez de esperar semanas para os resultados, os médicos poderão saber dentro de dias. "Nós realmente não tem certeza de como a tecnologia será usada. Estamos, no entanto, confiantes de que vai ser uma ferramenta muito útil, especialmente para as imagens médicas", conclui Lovell. Fonte: Isaude.net
Ondas de ultrassom aumentam permeabilidade da pele a medicamentos Técnica pode abrir caminho para a entrega de remédios de forma não invasiva, sem o uso de agulhas ou vacinas.
Cientistas do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, descobriram uma maneira de aumentar a permeabilidade da pele a medicamentos utilizando ondas de ultrassom. A técnica pode abrir caminho para a entrega de remédios de forma não invasiva, sem agulha ou vacina. "Isso pode ser utilizado para medicamentos de uso tópico, como esteróides, cortisol, por exemplo, medicamentos sistêmicos e proteínas como a insulina, bem como antígenos para a vacinação, entre muitas outras aplicações", afirma um dos autores do projeto Carl Schoellhammer. Em um artigo publicado no Journal of Controlled Release, os pesquisadores descobriram que a aplicação de dois feixes separados de ondas de ultrassom, um de baixa e um de alta frequência, pode aumentar a permeabilidade de maneira uniforme em toda a região da pele mais rapidamente do que usando um único feixe de ondas de ultrassom. Quando as ondas de ultrassom viajam através de um fluido, elas criam pequenas bolhas que se movem de maneira caótica. Uma vez que as bolhas atingem um determinado tamanho, tornam-se instáveis e implodem. Fluidos circundantes preenchem o espaço vazio, gerando fluidos de alta velocidade que criam abrasões microscópicas na pele. Neste caso, o fluido pode ser água ou um líquido que contém o medicamento a ser administrado. Nos últimos anos, pesquisadores que trabalham para melhorar a entrega transdérmica de medicamentos concentraram-se em ultrassom de baixa frequência. No entanto, esses sistemas geralmente produzem desgastes em pontos aleatórios espalhados, em toda a área tratada. No novo estudo, Schoellhammer e Robert Langer descobriram que a combinação de frequências altas e baixas oferece melhores resultados. As ondas de ultrassom de alta frequência geram bolhas adicionais, que são implodidas pelas ondas de baixa frequência. As ondas de ultrassom de alta frequência também limitam o movimento lateral das bolhas, mantendo-as na área a ser tratada e criando uma abrasão mais uniforme. "É uma forma muito inovadora para melhorar a tecnologia, aumentando a quantidade de medicamento que pode ser entregue através da pele e ampliando os tipos de drogas que poderiam ser entregues desta forma", afirmam os autores. Os pesquisadores testaram sua nova abordagem usando pele de porco e descobriram que ela aumentou a permeabilidade muito mais do que um sistema de frequência única. Primeiro eles entregaram as ondas de ultrassom e, em seguida, aplicaram glicose ou insulina na pele tratada. A glicose foi absorvida 10 vezes melhor, e a inulina quatro vezes melhor. De acordo com os pesquisadores, o novo sistema pode ser usado para fornecer qualquer tipo de medicamento que atualmente é dado por cápsula, aumentando potencialmente a dosagem que pode ser administrada. Ele poderia também ser usado para administrar medicamentos para doenças da pele, tais como acne ou psoríase, ou para melhorar a atividade de sistemas transdérmicos já em uso, tais como os adesivos de nicotina. Fonte: Isaude.net
Sistema permite monitorar progressão de doenças por meio da ultrassonografia Técnica que melhora nitidez e precisão do exame torna possível acompanhar condições como tumores e coágulos de forma não invasiva.
Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema que melhora a nitidez e a precisão do exame de ultrassonografia. A abordagem vai permitir que os médicos acompanhem a progressão de condições médicas, como o crescimento de tumores ou o acúmulo de placas nas artérias. "As melhorias que aplicamos a esta tecnologia amplamente utilizada permite visualizar informações detalhadas muito além do que é possível com as técnicas existentes", afirmam os pesquisadores. Para o trabalho, Brian W. Anthony e seus colegas focaram em dois elementos-chave. Primeiro, eles desenvolveram uma forma de ajustar as variações da força exercida pelo médico, produzindo imagens mais consistentes que podem compensar os movimentos do corpo, como a respiração e os batimentos cardíacos. Em segundo lugar, eles descobriram uma forma de mapear a localização exata sobre a pele onde uma leitura é feita, de modo que ela pode ser combinada com precisão com leituras posteriores para detectar alterações no tamanho ou na localização de uma estrutura de como coágulos e tumores. "Juntas, as duas melhorias poderiam tornar a ultrassonografia uma ferramenta muito mais precisa para monitorar a progressão de doenças", afirma Anthony. O novo sistema mantém uma força constante através da adição de um sensor de força na ponta da sonda que pode responder quase instantaneamente a mudanças na força. Isso, por sua vez, faz com que seja possível analisar como a imagem varia à medida que aumenta a força, podendo fornecer detalhes importantes sobre a elasticidade dos tecidos. Para proporcionar um posicionamento preciso, uma pequena câmara montada sobre a sonda revela os padrões de pele que são distintos e constantes, semelhantes a impressões digitais. "Padrões de pele são bastante únicos, utilizar o novo sistema para comparar imagens novas com as anteriores pode guiar os médicos exatamente até o mesmo local da pele analisado anteriormente, algo impossível de se fazer manualmente", destaca Anthony. Os dispositivos estão atualmente passando por três ensaios clínicos, incluindo um no Boston Children' s Hospital para o monitoramento da evolução de pacientes com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). Nesse ensaio clínico, os pesquisadores estão tentando determinar o quão rápido o músculo se deteriora e quão eficaz são diferentes medicamentos. "É importante ter uma maneira confiável de monitorar mudanças no músculo. O estudo visa determinar se a análise ultrassom pode servir como uma forma não invasiva para o acompanhamento da progressão de doenças", observa o pesquisador. Além do potencial para diagnóstico avançado, a equipe ressalta que o novo sistema pode permitir que profissionais de saúde relativamente inexperientes possam administrar testes de gravidez básicos de ultrassom, especialmente em áreas remotas e carentes. Fonte: Isaude.net
Ultrassom portátil de baixo custo pode auxiliar pré-natal em países pobres Dispositivo pode ser conectado a qualquer computador ou laptop para mostrar informações vitais sobre a saúde do feto.
Cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, desenvolveram um scanner de ultrassonografia de baixo custo. O aparelho portátil, do tamanho de um mouse de computador, pode ser conectado a qualquer computador ou laptop para revelar informações vitais sobre o feto e funciona de maneira semelhante aos ultrassons convencionais, utilizando pulsos de som de alta frequência para construir a imagem fetal. No entanto, ao contrário da tecnologia usada na maioria dos hospitais, que custa entre 20 mil e 100 mil libras, o scanner criado por Jeff Neasham e seus colegas pode ser fabricado por menos de 30 ou 40 libras. O dispositivo pode ser usado para auxiliar equipes médicas que trabalham nos países mais pobres do mundo, com informações básicas de pré-natal que poderiam salvar a vida de milhares de mulheres e crianças. Segundo Neasham, que foi inspirado pela gravidez da mulher, o objetivo original era fazer algo portátil e fácil de usar que seria acessível nos países em desenvolvimento, bem como para alguns aplicativos no Reino Unido, onde ultrassom ainda é considerado caro. "O custo foi a chave. A ideia era criar um aparelho que poderia ser fabricado a um custo semelhante ao de monitores cardíacos fetais usados por parteiras em muitas comunidades", explica Neasham. Neasham, especialista em tecnologia de sonar subaquático, tem desenvolvido sistemas para geração de imagens e de comunicação no fundo do mar, bem como sistemas de rastreio que buscam por destroços de navios ou características geográficas específicas. "Usamos técnicas que aplicamos na produção de sinais de sonar para simplificar o circuito e criar um transdutor que mantém uma resolução razoável nas imagens", afirma o pesquisador. De acordo com a equipe, o aparelho produz imagens que podem mostrar se um bebê está mal posicionado no útero, mas ainda não claras o suficiente para mostrar o sexo. "Nós não estamos na fase em que podemos criar imagens com a mesma qualidade das produzidas por um scanner de alta resolução convencional, mas estamos cada vez mais perto", conclui Neasham. Fonte: Isaude.net
Técnica ajusta ultrassom para estimular sensações associadas a calor, dor e tato Descoberta pode melhorar diagnóstico e tratamento de pessoas com neuropatia, incluindo aqueles com diabetes tipo 2.
Cientistas da Virginia Tech, nos EUA, descobriram que o ultrassom pode ser ajustado para estimular diferentes vias sensoriais. A descoberta traz implicações para o diagnóstico e tratamento da neuropatia, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. "Idealmente, os neurologistas devem ser capazes de desenvolver tratamentos adaptados às sensações específicas de seus pacientes estão sentindo. Infelizmente, mesmo com as tecnologias de hoje, é difícil estimular certos tipos de sensações sem evocar outras. A tecnologia do ultrassom nos permite ativar seletivamente subconjuntos funcionais de fibras nervosas para que possamos estudar o que acontece quando estimulamos, por exemplo, apenas as fibras periféricas e vias do sistema nervoso central que transmitem a sensação de dor rápida e aguda ou somente aquelas que transmitem a sensação de dor latejante lenta", observa o líder da pesquisa William "Jamie" Tyler. Estima-se que 20 milhões de pessoas só nos Estados Unidos sofrem de neuropatia, uma coleção de distúrbios do sistema nervoso que pode causar dor, dormência e sensações de queimação, formigamento e coceira. Uma das causas mais comuns de neuropatia é o diabetes tipo 2. Doenças autoimunes, como lúpus e síndrome de Guillain-Barré e doenças infecciosas, como o HIV e lepra também podem desencadear a neuropatia. "Neuropatia envolve ambos os nervos motores que controlam como os músculos se movimentam e nervos sensoriais que recebem sensações como calor, dor e tato. Portanto, os médicos podem utilizar, por exemplo, pequenos dispositivos de ressonância para vibrar com a pele ou lasers para aquecer a superfície da pele. Mas queríamos desenvolver um método capaz de ativar os receptores mecânicos e térmicos superficiais e profundos e, até mesmo, a combinação de ambos. Assim, utilizamos o ultrassom pulsado", afirma Tyler. A pesquisa foi publicada na revista PloS One. Na década de 1970, um grupo de cientistas soviéticos fizeram observações que o ultrassom pode estimular distintas vias neurais. No estudo atual, os pesquisadores usaram a ressonância magnética funcional (fMRI) e a eletroencefalografia (EEG) para fornecer a prova fisiológica dessas observações iniciais. Os participantes do estudo colocaram seus dedos em transdutores de ultrassom enquanto tinham sua atividade cerebral monitorada com fMRI e EEG. Os cientistas descobriram que poderiam estimular vias somatossensoriais específicas apenas ajustando as ondas de ultrassom. Tyler acredita que a descoberta tem implicações importantes para o diagnóstico da dor. "Os métodos atuais de diagnóstico e caracterização da dor às vezes parecem arcaicos. Para medir a dor por meio da estimulação mecânica, por exemplo, os médicos podem tocar a pele com monofilamentos de nylon ou com um pincel. Para o teste sensorial térmico, os pacientes precisam mergulhar as mãos em água gelada até que a dor torne-se muito grande. Esperamos fornecer aos médicos ferramentas mais precisas de diagnóstico", afirma Tyler. A equipe acredita que, ao combinar ultrassom pulsado com as tecnologias para gravar a atividade cerebral, eles podem levar o diagnóstico para um nível totalmente novo. E, segundo eles, os diagnósticos acabarão por levar a novas terapias. "Esta pesquisa é um grande exemplo de como as novas tecnologias podem ser adaptadas para o mundo real, centrada no diagnóstico e tratamento do paciente", afirmam os pesquisadores. Os pesquisadores vão agora investigar quais parâmetros de ultrassom estimulam quais tipos de fibras nervosas ou receptores. Tyler também espera estudar as pessoas com diabetes tipo 2 que ainda não desenvolveram a neuropatia, com o objetivo final de fornecer pistas para o tratamento ou até mesmo prevenção da dor associada com a doença. Fonte: Isaude.net
Técnica permite produção de drogas que atacam vários alvos ao mesmo tempo Descoberta vai melhorar tratamento de doenças complexas comuns como diabetes, pressão alta, obesidade, câncer e transtorno bipolar.
Equipe de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, desenvolveu uma maneira de criar medicamentos com capacidade de atingir várias proteínas simultaneamente. A pesquisa pode ser importante para o desenvolvimento de medicamentos para tratar doenças humanas comuns como diabetes, pressão alta, obesidade, câncer, esquizofrenia e transtorno bipolar. Estes distúrbios são chamados doenças complexas porque cada um tem um número de influências genéticas e não genéticas que determinam susceptibilidade, ou seja, se uma pessoa vai ter a doença ou não. "Em termos da genética da esquizofrenia que conhecemos há centenas de genes diferentes que podem influenciar o risco da doença, assim, não há um único alvo para tratar a condição, como outras doenças complexas", afirma o coautor da pesquisa Brian L. Roth. Para condições neuropsiquiátricas complexas, doenças infecciosas e câncer, Roth ressalta que, as drogas têm sido desenvolvidas de forma seletiva, ou seja, visando um único alvo molecular, mas como estas são doenças complexas, as drogas são muitas vezes ineficazes e, assim, muitas nunca chegam ao mercado. Além disso, um medicamento que atua sobre uma única proteína pode interagir com muitas outras proteínas. Essas interações indesejáveis frequentemente causam toxicidade e efeitos adversos. "Assim, os pesquisadores têm pensado que, talvez, uma maneira de avançar é produzir drogas que atinjam vários alvos simultaneamente. A pesquisa atual fornece uma maneira de fazer isso", afirma Roth. Como funciona O novo projeto envolve um processo de criação de drogas automatizado por computador que se baseia em grandes bases de dados de interações entre drogas e alvo. Basicamente, os pesquisadores usaram o poder da química computacional para projetar compostos de drogas que foram, então, sintetizados, testado em ensaios experimentais e validados em modelos de rato de doença humana. A equipe de estudo testou experimentalmente 800 previsões de drogas-alvo dos compostos computacionalmente projetados, dos quais 75% foram confirmados em experimentos com tubo de ensaio (in vitro). Em um modelo de rato de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), os ratos sem um receptor de dopamina em particular se envolveram em comportamentos característicos da doença. "Criamos um composto que foi previsto para evitar esses comportamentos recorrentes e funcionou muito bem", afirma Roth. Os pesquisadores então testaram o composto em outro modelo de rato sem uma enzima particular para um neuropeptídeo do cérebro. Os animais apresentavam os mesmos sintomas dos ratos com TDAH e a droga apresentou o mesmo efeito sobre esses animais. O novo processo de criação de drogas inclui a garantia de que os compostos entram no cérebro por meio da barreira sangue-cérebro. Estes, também, foram testados com sucesso em animais vivos. De acordo com Roth, químicos farmacêuticos sugeriam anteriormente que o objetivo de uma droga atingindo vários alvos ao mesmo tempo era impossível e improvável de ser bem sucedido. "Aqui nós mostramos uma forma eficiente e eficaz de fazer drogas sintéticas que podem atacar vários alvos simultaneamente", conclui. Fonte: Isaude.net
Composto natural encontrado no brócolis mata células da leucemia Testes em laboratório mostram que sulforafano puro elimina células cancerosas sem afetar o tecido saudável.
A forma concentrada de um composto chamado sulforafano encontrado no brócolis e em outros vegetais crucíferos é capaz de reduzir o número de células de leucemia linfoblástica aguda em laboratório, de acordo com pesquisadores do Baylor College of Medicine, nos EUA. Os resultados aparecem na edição atual da PLoS ONE. "A leucemia linfoblástica aguda é um tipo de câncer das células brancas do sangue comum em crianças. Há cerca de uma taxa de 80% de cura, mas algumas crianças não respondem ao tratamento. Para esses casos, precisamos de tratamentos alternativos", afirma o pesquisador Daniel Lacorazza. Lacorazza e seus colegas focaram sua pesquisa no sulforafano puro, composto natural acreditado por ter propriedades tanto preventivas quanto terapêuticos em tumores sólidos. Estudos têm mostrado que pessoas que comem uma dieta rica em vegetais crucíferos têm menor risco de alguns cânceres. Para estudar como esse composto pode agir sobre a leucemia linfoblástica aguda, os pesquisadores, liderados por Koramit Suppipat, incubaram linhagens de células leucêmicas de origem humana e linfoblastos primários de pacientes pediátricos com o composto. Os resultados mostraram que as células cancerosas morreram, enquanto as células sadias, obtidas de doadores saudáveis não foram afetadas. Estudos testados em modelos pré-clínicos de rato mostraram resultados similares. Segundo Lacorazza, o composto funciona entrando nas células e reagindo com certas proteínas. Mais estudos serão necessários, mas os pesquisadores acreditam que este composto pode um dia ser usado como uma opção de tratamento em combinação com terapias atuais. A equipe está trabalhando para determinar quais proteínas são afetadas pelo sulforafano e como isso acontece. Isso poderia identificar um novo alvo para o tratamento de outros tipos câncer. Fonte: Isaude.net
Adesivo degradável cura corações de crianças com defeitos congênitos 'Bioscaffold' semeado com células vivas cardíacas promove regeneração do tecido cardíaco e é eliminado ao longo do tempo.
Cientistas da Universidade Rice, nos EUA, criaram um novo adesivo biocompatível que pode curar corações de crianças com defeitos congênitos. Jeffrey Jacot e seus colegas publicaram os resultados de anos de esforço para produzir um material chamado de ' bioscaffold' que pode ser suturado nos corações de crianças com defeitos de nascimento. Bioscaffolding é a utilização de materiais biocompatíveis e biorreabsorvíveis para construir uma estrutura 3D comparável à área do tecido do implante, a fim de promover a regeneração de tecidos e a recuperação da lesão. O novo ' andaime' , semeado com células vivas cardíacas, é projetado para apoiar o crescimento de um novo tecido saudável. Ao longo do tempo, ele se degrada e deixa o coração reparado. A pesquisa foi detalhada na revista Acta Biomaterialia Elsevier. Adesivos utilizados atualmente para reparar defeitos cardíacos congênitos são feitos de tecidos sintéticos ou retirados de vacas ou do próprio corpo do paciente. Cerca de um em 125 bebês nascidos nos Estados Unidos sofre de tais defeitos. As estratégias atuais funcionam bem até que os adesivos, que não crescem com o paciente, precisam ser substituídos. "Nenhum desses adesivos está vivo, incluindo aqueles biologicamente derivados que são "mais como um plástico" e não são incorporados ao tecido do coração", afirma Jacot. Eles estão em uma área muscular no coração, que é importante para a contração e, mais ainda, para a condução elétrica. Os sinais elétricos tem que passar pela área de tecido morto. E ter tecido morto significa que o coração produz menos força, de modo que não é surpreendente que as crianças com estes tipos de reparos estejam em maior risco de insuficiência cardíaca, arritmias e fibrilação. "O que estamos fazendo pode substituir os adesivos atuais em uma operação com a qual os cirurgiões já estão familiarizados e que tem uma taxa de sucesso muito alta a curto e médio prazo, mas com complicações a longo prazo", observa o pesquisador. O novo adesivo criado pelos pesquisadores é forte o suficiente para suportar as pressões entregues pelo batimento cardíaco, poroso o suficiente para permitir que novas células cardíacas migrem e façam conexões e resistente o suficiente para lidar com suturas, mas ainda ser capaz de biodegradar na quantidade certa de tempo para o tecido natural assumir. As células cardíacas cultivadas na superfície de hidrogel foram capazes de prosperar e formar redes e, finalmente, apresentar batimento. O laboratório testou as qualidades biodegradáveis do adesivo e descobriram que, em mais de 50 dias, cerca de 15% havia se degradado. "Ele se degrada na água, se for no corpo, ele vai se degradar, mas será muito lentamente, ao longo de meses. Ele deve ser estável por muito tempo suficiente para que ele permite que o tecido muscular natural se forme e assuma o processo mecânico. Queremos um adesivo que pode suturar e lidar com a pressão ventricular", afirma Jacot. Fonte: Isaude.neT
Açúcar pode diminuir sensação de dor causada por injeções em bebês Bebês que receberam açúcar quando estavam prestes a serem injetados choraram menos do que os que receberam água.
Algumas gotas de açúcar podem acalmar bebês quando estão recebendo injeções, de acordo com estudo publicado no The Lancet. Os resultados mostram que bebês que receberam uma solução açucarada para sugar quando estavam prestes a serem injetados choraram muito menos do que os que receberam água. Entre o nascimento e os 18 meses, os bebês podem receber até 15 injeções. Não é certo se os bebês sentem dor da mesma maneira como as crianças mais velhas e os adultos, ou se são simplesmente incapazes de expressá-la. Evidências recentes tem provado que eles sentem dor e esforços têm sido feitos para reduzir a dor causada pela injeção através do uso de medicamentos, cremes, chupetas e técnicas de distração. Agora, os pesquisadores mostraram que colocar algumas gotas de uma solução açucarada na boca de uma criança pode ajudar a reduzir a dor. Segundo os pesquisadores, o açúcar desencadeia a liberação de produtos químicos para aliviar a dor no corpo ou entra em contato com os receptores gustativos que induzem sentimentos de conforto. Os pesquisadores analisaram dados de 14 estudos, envolvendo um total de 1.551 crianças com idade entre um mês e um ano. A maioria dos estudos comparou a sacarose, dada de dois minutos antes da imunização, com a água. No geral, os bebês que receberam a solução açucarada choraram por menos tempo do que aqueles que receberam água. "Dar aos bebês algo doce para provar antes de injeções pode impedi-los de chorar por tanto tempo. Embora não possamos dizer com confiança que soluções açucaradas reduzem a dor da agulha, estes resultados parecem promissores", afirma o pesquisador Manal Kassab, da Jordan University of Science and Technology. A equipe agora espera realizar estudos futuros para examinar os efeitos de diferentes concentrações de açúcar. Fonte: Isaude.neT

Dispositivo para celular detecta presença de substâncias que induzem alergia

Dispositivo para celular detecta presença de substâncias que induzem alergia ITube usa câmera do telefone e aplicativo para executar teste com mesmo nível de sensibilidade de exames laboratoriais.
Cientistas da University of California, nos EUA, desenvolveram um dispositivo que pode ser ligado a um telefone celular comum para detectar alérgenos, ou substâncias que podem induzir reação alérgica, em alimentos. O dispositivo, que recebeu o nome de iTube, usa a câmera do telefone, juntamente com um aplicativo que executa o teste com o mesmo nível de sensibilidade de exames laboratoriais. A pesquisa foi publicada na revista Lab on a Chip. As alergias alimentares são uma preocupação pública emergente, afetando até 8% das crianças e 2% dos adultos. As reações alérgicas podem ser graves e até mesmo fatais. E enquanto as leis de rotulação regulam a presença dos ingredientes em alimentos pré-embalados, contaminações cruzadas ainda podem ocorrer durante a fabricação, processamento e transporte. Apesar de vários produtos que detectam alérgenos em alimentos estarem atualmente disponíveis, eles são complexos e exigem equipamentos volumosos, tornando-os pouco adequados para uso em locais públicos, de acordo com os pesquisadores. O iTube foi desenvolvido para abordar estas questões. Pesando pouco, o dispositivo realiza um teste de concentração de alérgeno conhecido como um ensaio colorimétrico. Para testar a presença de alérgenos, as amostras de alimentos são inicialmente trituradas e misturadas em um tubo de ensaio com água quente e um solvente de extração. Esta mistura é deixada em repouso durante vários minutos. Então, seguindo um procedimento passo-a-passo, a amostra preparada é misturada com uma série de outros líquidos de teste reativos. A preparação inteira leva cerca de 20 minutos. Quando a amostra está pronta, a concentração de alérgeno é medida opticamente através da plataforma iTube, usando a câmera do telefone celular e um aplicativo ativado no aparelho. O kit converte digitalmente imagens brutas da câmera de telefone celular em medições de concentração detectadas nas amostras de alimentos. Além de apenas uma resposta "sim" ou "não" sobre a presença de alérgenos, o teste também pode quantificar o quanto de um alérgeno uma amostra contém, em partes por milhão. "A plataforma iTube pode testar uma variedade de alérgenos, como amendoim, amêndoas, ovos, glúten e avelãs", afirma o líder da pesquisa Aydogan Ozcan. A equipe acredita que este dispositivo pode ser muito valioso, especialmente para os pais, bem como para escolas, restaurantes e outros locais públicos. Fonte: Isaude.net

Microbolhas detectam doenças cardíacas em estágio inicial

Microbolhas detectam doenças cardíacas em estágio inicial Testes com porcos indicam que abordagem fornece diagnóstico antes da progressão dos sintomas e identifica pessoas em risco de AVC
Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos EUA, desenvolveram microbolhas capazes de detectar doenças cardíacas em estágio inicial. Testes realizados com porcos indicam que a abordagem pode diagnosticar doenças antes que os sintomas progridam e ajudar a classificar pacientes em risco de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). O procedimento também pode ajudar a monitorar a eficácia de tratamentos para a inflamação das artérias. "Pode ser muito difícil detectar os primeiros sinais de doença cardíaca, especialmente sem o uso de procedimentos invasivos. Os médicos muitas vezes têm de esperar até que os sintomas graves ocorram, como dor no peito ou ataques cardíacos, antes que fiquem cientes de um problema, o que muitas vezes é tarde demais. Microbolhas guiadas têm o potencial de detectar os primeiros sinais de doença cardíaca de forma não muito invasiva", afirma a líder da pesquisa Isabelle Masseau. Os primeiros sinais de doença cardíaca incluem a inflamação no interior das artérias, o que leva ao acúmulo de placa que pode, eventualmente, resultar em ataques cardíacos. Masseau foi capaz de unir anticorpos específicos em pequenas bolhas e então injetar essas bolhas em porcos com doença cardíaca. Os anticorpos foram capazes de determinar a inflamação nas artérias dos animais e unir-se, juntamente com as microbolhas, aos locais inflamatórios. Em seguida, usando uma máquina de ultrassom, Masseau foi capaz de detectar as microbolhas que se reuniram nas artérias dos porcos. Segundo ela, esta é a primeira vez que o procedimento foi bem sucedido em animais de grande porte. "Como esse procedimento foi bem sucedido em suínos, ele também poderia ser reproduzido em humanos. Embora ainda vá demorar um pouco, injetar microbolhas em um ser humano e depois digitalizá-las com um ultrassom seria um procedimento muito simples e poderia ajudar a salvar vidas", afirma Masseau. Os resultados em estágio inicial desta pesquisa são promissores. Se estudos adicionais, incluindo estudos com animais, forem bem sucedidos dentro dos próximos anos, a equipe pretende solicitar a liberação para iniciar testes em humanos. Fonte: Isaude.net

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dispositivo 3D auxilia tratamento de doença neurológica infantil

Dispositivo 3D auxilia tratamento de doença neurológica infantil Técnica permite que crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação melhorem suas habilidades motoras.
Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos EUA, propuseram um tratamento inovador para o transtorno do desenvolvimento da coordenação (DCD) , doença neurológica potencialmente debilitante em que o desenvolvimento das habilidades motoras de uma criança é prejudicado. A abordagem consiste em um dispositivo de realidade virtual 3D que permite que as crianças com DCD melhorem suas habilidades motoras, traçando um caminho virtual tridimensional. DCD atinge cerca de um em cada 20 crianças, principalmente meninos, e frequentemente ocorre junto com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos do espectro do autismo e outras condições conhecidas. Como TDAH, DCD tem impacto acadêmico, social e emocional amplo. Ela pode afetar gravemente a capacidade de ortografia, leitura e escrita, e também pode levar a problemas com autoestima, obesidade e lesões. A gravidade da doença varia e, como explicam os pesquisadores, ela é às vezes chamada de "distúrbio oculto" por causa da maneira como os casos mais leves escondidos por estratégias de enfrentamento, como o uso de computadores para evitar tarefas de escrita, e vestir camisas sem botões, ou sapatos sem cadarços. O trabalho foi publicado na revista Journal of Child Neurology. A equipe, liderada por Geoffrey Bingham, recrutou dois grupos de crianças com idades entre 7 e 8 anos com e sem a condição. Os pesquisadores treinaram as crianças ao longo de um período de cinco a seis semanas, um dia por semana durante 20 minutos a uma hora. A chave para o treinamento foi uma tecnologia exclusiva: o dispositivo de realidade virtual tridimensional, o PHANTOM Omni, desenvolvidos para a visualização de nós por topólogos, que estudam formas geométricas no espaço. Segurando uma caneta ligada a um robô, os participantes do estudo desenvolveram suas habilidades motoras participando de um jogo em que tinham que traçar um caminho virtual tridimensional no ar, representado visualmente em uma tela de computador. Forças como a de atração magnética e de atrito podem ser aplicadas no caminho e ajustadas para que os participantes realmente possam sentir que uma superfície mudou conforme os parâmetros foram alterados. O estudo comparou a evolução dos dois grupos em um jogo tridimensional de rastreamento. A tarefa era empurrar um peixe colorido ao longo de um caminho visível na tela de um computador a partir do local de partida ao ponto de chegada enquanto corriam contra um peixe concorrente. O treinamento começou com um nível mais alto de atração magnética, um concorrente mais lento e um caminho mais curto. O objetivo do treinamento foi permitir que as crianças progredissem em seu próprio ritmo através das diferentes combinações e níveis de atração, caminhos e concorrentes. A tecnologia permite que as crianças produzam um movimento inicial e melhorem suas habilidades por meio da repetição. A tecnologia deu tanto o apoio necessário para produzir o movimento, bem como a flexibilidade para permitir que crianças ativamente gerem o movimento. A equipe acredita que a tecnologia pode ser amplamente acessível e pode ser usada sem um terapeuta, além de ser portátil o suficiente para ser colocado em clínicas, salas de aula ou em casa. Ele também pode ser ajustado para atender às necessidades de crianças como todos os graus de gravidade de DCD. Fonte: Isaude.net

Mensagens negativas têm pouco impacto sobre o cérebro de dependentes

Mensagens negativas têm pouco impacto sobre o cérebro de dependentes Descoberta tem potencial para ajudar a direcionar políticas de saúde pública para reduzir ou impedir o abuso de drogas e álcool.
Pesquisadores da Universidade de Indiana, nos EUA, descobriram que mensagens negativas são menos eficazes para pessoas que fazem uso abusivo de álcool e drogas. A descoberta pode ajudar a guiar políticas de saúde pública para impedir o abuso de drogas e álcool ou dissuadir as pessoas de se envolverem em comportamentos de risco. "Os resultados são um tanto irônicos, porque muitos anúncios de serviço público dizem "Drogas são ruins para você", "Basta dizer não", ou "Este é o seu cérebro em drogas" mostrando uma imagem de ovos fritos. O que estamos vendo é que as mensagens negativas não estão tendo o mesmo impacto sobre o cérebro", afirma o principal investigador Joshua Brown. A pesquisa foi publicada no Psychology of Addictive Behaviors. Utilizando técnicas de neuroimagem, os pesquisadores examinaram o impacto de diferentes mensagens sobre os cérebros de indivíduos dependentes de substância e comparou-o com seus efeitos sobre pessoas não dependentes. Eles também procuraram determinar onde está o problema no circuito cérebro, mensagem e comportamento. Eles sugeriram que talvez o cérebro de pessoas dependentes de substâncias é sensível ao risco, mas o conhecimento não orienta seu comportamento. Ou talvez dependentes percebam as mensagens de forma diferente em primeiro lugar. Para responder a estas questões, os participantes participaram de um jogo virtual, o Iowa Gambling Task, frequentemente utilizado em estudos psicológicos sobre tomada de decisão. Quatro baralhos de cartas aparecem em uma tela, e os participantes são informados de que vão ganhar ou perder dinheiro, escolhendo certos baralhos. O grupo dependente da substância mostrou menos atividade no cérebro em resposta à mensagens negativas de que um baralho certo levaria a perdas. As mensagens negativas também levaram decisões piores e significativamente mais arriscadas do grupo de dependentes de substâncias tóxicas do que no grupo de não usuários. Os resultados sugerem que o nível de atividade cerebral em regiões do cérebro que avaliam o risco é menor em indivíduos dependentes de substância do que aqueles que não usam drogas ou álcool. Os dois grupos analisados processam as mensagens de forma diferente, particularmente aquelas mensagens que enfatizam a perda ou redução de perspectivas de ganho. A pesquisa contribui para um crescente corpo de evidências que analisam o impacto de determinados tipos de mensagens sobre os mecanismos neurais envolvidos na tomada de decisões arriscadas. Segundo Brown, ainda não pode dizer se as mensagens positivas são mais eficazes para reduzir o uso de drogas porque sua experiência envolveu decisões sobre o dinheiro em vez de drogas. Eles estão trabalhando nisso, porém, estão apenas começando a ver como as pessoas tomam decisões com relação às drogas. Fonte: Isaude.net
Equipe identifica proteína essencial para diferenciação sexual em embriões Pesquisa lança luz sobre a rede genética que controla como os embriões se desenvolvem em machos ou fêmeas.
Cientistas da Johannes Gutenberg University Mainz, na Alemanha, identificaram uma proteína essencial para o início do desenvolvimento de órgãos sexuais masculinos. A pesquisa revela uma nova cascata de sinalização que atua no início do desenvolvimento para determinar as gônadas em machos e lança luz sobre a rede genética que controla como os embriões se desenvolvem em machos ou fêmeas. A equipe, liderada por Christof Niehrs descobriu que a deleção do gene Gadd45g resulta em camundongos machos com genitália externa que são indistinguíveis das de camundongos fêmeas. Além disso, os órgãos internos de reprodução dos ratos mutantes do sexo masculino são semelhantes aos das fêmeas, o que indica a ocorrência de inversão sexual completa. "Ao produzir ratos com mutações em Gadd45g, ficamos intrigados por que vimos apenas fêmeas, até que descobrimos que algumas dessas fêmeas, na verdade, carregavam um cromossomo Y", afirma Niehrs. Os investigadores mostraram ainda que Gadd45g exerce o seu efeito através da regulação de uma cascata de sinalização que controla o gene Sry, regulador mestre do desenvolvimento sexual masculino. Segundo os pesquisadores, este estudo não só identifica um novo papel para Gadd45g, mas sugere ainda uma nova via de sinalização que pode ter importantes implicações para a pesquisa sobre transtornos do desenvolvimento sexual. Para os órgãos sexuais masculinos se desenvolverem corretamente, é essencial que o gene Sry seja expresso em níveis elevados em um período muito estreito de tempo no embrião. Niehrs e seus colegas mostraram que Gadd45g é expresso em um padrão muito semelhante ao de Sry. O gene Gadd45g está ativo, no entanto, um pouco antes de Sry ser ligado. É importante notar que em ratinhos sem Gadd45g, o gene Sry não é expresso corretamente. Isto indica que Gadd45g controla a expressão desse regulador principal e, por sua vez, o desenvolvimento do sexo masculino. Os cientistas também sugerem um possível mecanismo através do qual Gadd45g regula Sry. Eles acreditam que Gadd45g liga e ativa as principais proteínas sinalizadoras, como p38, que ativam o fator de transcrição Gata4. Quando ativo, este fator se liga e ativa o gene SRY. A pesquisa foi publicada na revista Developmental Cell. Fonte: Isaude.net

SUS vai gastar R$ 63,5 bi com assistência ambulatorial da população em 2030

SUS vai gastar R$ 63,5 bi com assistência ambulatorial da população em 2030 Projeção é baseada no envelhecimento da população, com o consequente crescimento na utilização do sistema único de saúde.
Os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com assistência ambulatorial como consultas e exames diagnósticos e internação hospitalar podem atingir, em 2030, R$ 63,5 bilhões, uma elevação de quase 149% em relação aos R$ 25,5 bilhões gastos em 2010. A estimativa foi divulgada, nesta terça-feira (27), pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess). De acordo com o instituto, a projeção é baseada no aumento e envelhecimento da população brasileira, com o consequente crescimento na utilização do sistema de saúde e nos gastos de atendimento. Segundo o Iess, em 2010, o Brasil contava com 190,8 milhões de habitantes, dos quais 11% de idosos (a partir de 60 anos de idade). Para 2030, a estimativa é que o total de idosos atinja 40,5 milhões, ou 19% da população, prevista para 216,4 milhões. As despesas com internação de idosos, por exemplo, podem atingir R$ 14,3 bilhões em 2030, valor 4,7 vezes superior ao registrado em 2010. " Apenas com o impacto do aumento e envelhecimento da população, os gastos com serviços ambulatoriais e hospitalares seriam de R$ 35,8 bilhões em 2030. Considerando, ainda, o crescimento das taxas de utilização do SUS e dos gastos médios por atendimento, projeta-se o cenário mais realista, no qual as despesas atingirão R$ 63,5 bilhões" , conforme trecho do relatório. O Iess questiona ainda se o país terá orçamento suficiente para arcar com as despesas da saúde. Com um crescimento de 2% ao ano, o orçamento do SUS, segundo o instituto, será de R$ 37,9 bilhões em 2030. " Em um cenário otimista, de crescimento do PIB de 4% ao ano, o orçamento do SUS ficaria em R$ 56 bilhões" , inferior aos R$ 63,5 bilhões estimados para as despesas hospitalares e ambulatoriais. A assistência ambulatorial compreende procedimentos realizados por profissionais de saúde no âmbito do ambulatório, sem necessidade de internação hospitalar, como consultas, exames diagnósticos, terapias e procedimentos clínicos e cirúrgicos. Com informações da Agência Brasil

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram como uma toxina encontrada em pacientes com Alzheimer pode causar depressão.

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram como uma toxina encontrada em pacientes com Alzheimer pode causar depressão.
O estudo revela que oligômeros presentes no cérebro de pessoas com Alzheimer e ligados a perda de memória também provocam sintomas depressivos. A pesquisa, liderada por Sérgio T. Ferreira, foi publicada na revista Molecular Psychiatry. A depressão é um dos sintomas psiquiátricos mais comuns na doença de Alzheimer e evidências sugerem que o transtorno depressivo maior aumenta o risco dessa doença neurológica, no entanto, até o momento, os mecanismos moleculares subjacentes à associação entre a depressão clínica e Alzheimer ainda não eram claros. Oligômeros solúveis do peptídeo beta-amiloide (AßOs), ou oligômeros de Abeta, se acumulam nos cérebros de pacientes com Alzheimer e são cada vez mais reconhecidos como as neurotoxinas responsáveis pela falha de sinapse e déficits de memória característicos do Alzheimer. A equipe decidiu investigar se os AßOs podem estar mecanicamente ligados a mudanças comportamentais no Alzheimer. A fim de testar esta hipótese, eles injetaram uma única dose da toxina em ratos que foram posteriormente avaliados em três tipos de testes utilizados para diagnosticar casos de depressão em roedores. Os animais foram avaliados em dois períodos distintos: durante as primeiras 24 horas após a aplicação da toxina e oito dias depois da injeção dos oligômeros. Em comparação com ratinhos injetados com um placebo, os camundongos que receberam AßOs exibiram um aumento significativo nos sintomas depressivos. Os resultados mostraram que os animais com Alzheimer e sintomas depressivos que foram tratados com o medicamento antidepressivo fluoxetina apresentaram melhoras na perda de memória e nas alterações do humor. Como o déficit de memória é o principal sintoma clínico do Alzheimer, a equipe investigou o impacto dos AßOs na memória dos camundongos usando a tarefa de reconhecimento do objeto. Os resultados mostraram que 24 h após a injeção, os camundongos tratados com AßO gastaram quantias iguais de tempo explorando tanto objetos antigos (familiares) quanto novos, indicando déficit claro na memória de reconhecimento, enquanto os animais que receberam placebos exibiram preferência pelo objeto novo. O tratamento com a fluoxetina também impediu o déficit de memória induzido por AßOs. Segundo os pesquisadores, os resultados indicam que AßOs têm um impacto agudo na aprendizagem, memória e humor em camundongos, e que o tratamento com fluoxetina impediu tanto o comprometimento cognitivo quanto o comportamento depressivo induzido por AßOs. Resposta inflamatória As ações benéficas da fluoxetina foram parcialmente atribuídas ao seu efeito anti-inflamatório. Isso levou os pesquisadores a perguntar se AßOs desencadearam uma resposta inflamatória no cérebro dos ratos. Eles então analisaram os cérebros dos animais para os níveis de citocinas pró-inflamatórias após a injeção de AßOs ou placebo. Animais injetados com a toxina mostraram níveis cerebrais significativamente elevados de interleucina-1ß e a-fator de necrose tumoral em comparação com animais injetados com o placebo. Os resultados mostraram que AßOs ligam problemas de memória e comportamento depressivo em camundongos. De acordo com os cientistas, isso fornece evidências clínicas que associam o Alzheimer com o transtorno depressivo. Fonte: Isaude.net

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O livre arbítrio do paciente e as diretivas antecipadas de vontade

O livre arbítrio do paciente e as diretivas antecipadas de vontade Décio Policastro, conselheiro e membro da Comissão de Estudos de Ética Profissional do Instituto dos Advogados de São Paulo.
A autonomia do indivíduo de submeter-se ou não a tratamentos médicos não é novidade. Sua autodeterminação e o livre direito de escolha são reconhecidos nas leis civis e no Código de Ética Médica. Portanto devem ser respeitados. Tanto é assim que o Código Civil e o Código de Ética Médica não permitem desrespeitar o livre arbítrio da pessoa de decidir sobre procedimentos a serem realizados em seu corpo bem como a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas. Partindo dos comentários acima, vê-se que o absolutamente capaz, apto a praticar os atos da vida civil, doente ou não doente, pode deixar orientações a respeito de condutas futuras, porquanto não há impedimento médico em acatá-las. Diretivas antecipadas de vontade, por conseguinte, são instruções deixadas pela pessoa acerca de tratamentos e não tratamentos que deseja ser submetida, caso acometida de enfermidade fora das possibilidades terapêuticas que a faça, mesmo temporariamente, inconsciente ou incapaz de expressar a vontade quando chegar ao final dos seus dias. Podem ser feitas em documento particular ou público, revogadas ou modificadas em qualquer momento, ainda que verbalmente, apenas por quem as produziu; não podem ser contestadas por familiares e independem de serem levadas a registro público. A expressão " testamento vital" , embora não sendo das mais felizes, possui igual significado de disposições ou diretivas antecipadas de vontade, consideradas mais corretas. Encontrando-se o doente terminal em estado de inconsciência, a conduta médica regrar-se-á na vontade manifestada previamente pelo enfermo de alguma forma ou na da família ou, então, se não houver ninguém, no próprio julgamento científico e humanitário do profissional que poderá decidir o melhor para o doente. Em nosso país, embora com manifestações favoráveis admitindo a validade de instruções dessa natureza, não há lei dispondo sobre o assunto, de modo que não sendo obrigatório acatá-las, seu cumprimento no meio médico dependerá dos familiares ou de quem tiver sido indicado pelo enfermo para representá-lo. Entretanto, a tendência é admiti-las como válidas. Veja-se como exemplo o Enunciado 527 aprovado pelo Conselho Nacional de Justiça na V Jornada de Direito Civil: "É válida a declaração de vontade expressa em documento autêntico, também chamado " testamento vital" , em que a pessoa estabelece disposições sobre o tipo de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar a sua vontade." Sempre atento à liberdade de decisão do paciente e enfatizando que os avanços científicos têm de ser empregados de forma adequada, sem exageros e sem deificar a tecnologia, de modo a evitar condutas que apenas prolongam a vida sem benefício algum, o Conselho Federal de Medicina, em boa hora, editou a Resolução CFM n. 1.995/2012 dispondo sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes. A resolução, ao tempo em que dá mais conforto para o médico agir, possibilita a ele estabelecer com o doente os limites terapêuticos. Define as diretivas como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pela pessoa, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar livre e autonomamente sua vontade. Acentua que o médico deve registrá-las no prontuário quando lhes forem comunicadas diretamente pelo paciente e dispõe que prevalecerão sobre qualquer parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares e terceiros acatando-as, porém, desde que de acordo com os ditames do Código de Ética Médica. Inexistindo determinações do paciente, na falta de familiares ou de consenso entre eles e nem havendo representante designado pelo doente para falar em seu nome, se surgirem conflitos éticos o médico, caso entender necessário e conveniente, recorrerá ao Comitê de Bioética da instituição onde estiver atendendo o enfermo ou à Comissão de Ética Médica do hospital ou, então, ao Conselho Regional e Federal de Medicina. Enfim, os familiares juntamente com o médico decidirão se cumprirão ou não o desejo da pessoa. Quando possível, devem respeitá-lo sem, contudo, irem além dos limites éticos e legais. Fonte: CFM

Descoberto o processo de metástase do câncer de estômago

Descoberto o processo de metástase do câncer de estômago Proteína que impede a proliferação de células cancerosas tem sua produção comprometida no câncer gástrico.
Cientistas da Universidade de Liverpool descobriram que a produção de uma proteína que impede o crescimento e disseminação de células cancerígenas é comprometida em pacientes com câncer de estômago. A descoberta pode contribuir para futuras terapias contra este tipo de câncer, segunda maior causa de mortes entre as doenças malignas em todo mundo, restaurando as funções da proteína chamada TGFâig-h3. A TGFâig-h3 é liberada por células chamadas miofibroblastos, parte integrante do tecido que reveste as células cancerosas. O ambiente de miofibroblastos, vasos sanguíneos e outros tipos de células, permite que o câncer sobreviva, podendo chegar a significar 90% da massa total do tumor. Os cientistas na Liverpool descobriram que, em tumores com câncer gástrico avançado, os miofibroblastos diminuem a libertação da proteína que normalmente inibe o crescimento e propagação da doença. De acordo com a professora Andrea Varro, do University' s Institute of Translational Medicine, "esta proteína normalmente atua como uma âncora para vincular outras células de proteínas aos ambientes vizinhos onde as células cancerosas se desenvolveram. Isso nos possibilita um excelente alvo para o tratamento, já que as células do câncer ficam concentradas. O problema é que, em estádios avançados da doença, os efeitos desta proteína são diminuídos, aumentando o risco de que a doença se espalhe para outras partes do corpo. Fonte: Isaude.net

Tecnologia 4D revela que fetos saudáveis são capazes de bocejar

Pesquisa sugere que bocejo é processo de desenvolvimento que poderia ser usado pelos médicos como índice de saúde de um feto.
Os seres humanos adquirem a capacidade de bocejar ainda no útero da mãe. É o que indica estudo realizado por pesquisadores das universidades de Durham e Lancaster, no Reino Unido. A pesquisa sugere que o bocejo é um processo de desenvolvimento que poderia ser usado pelos médicos como um índice de saúde de um feto. O estudo foi publicado na revista PLoS ONE. O trabalho foi realizado em oito fetos do sexo feminino e sete fetos do sexo masculino entre as semanas 24 e 36 de gestação. A equipe, liderada por Nadja Reissland avaliou os fetos por meio da tecnologia 4D, um tipo de ultrassom que permite ver detalhes tridimensionais dos fetos em tempo real. Usando seus critérios recém-desenvolvidos, a equipe de pesquisa descobriu que mais da metade das aberturas de boca observadas no estudo foram classificadas como bocejos. Enquanto alguns pesquisadores sugeriram que os fetos bocejam, outros discordam e afirmam que é a abertura da boca simples. No entanto, a equipe afirma que o exame 4D distingue claramente o 'bocejo' de 'abertura de boca aleatória' , com base na duração da abertura. Embora a função e a importância do bocejo ainda sejam desconhecidas, os resultados do estudo sugerem que o bocejo pode estar ligado ao desenvolvimento fetal, e, como tal, poderia fornecer mais uma indicação da saúde do feto para os médicos. "Os resultados deste estudo demonstram que o bocejo pode ser observado em fetos saudáveis. Nosso estudo longitudinal mostra que o bocejo diminui com o aumento da idade fetal. Ao contrário de nós, os fetos não bocejam de forma contagiosa, nem bocejam porque estão sonolentos. Em vez disso, a frequência dos bocejos no útero pode ser ligada ao amadurecimento do cérebro no início da gestação", afirma Reissland. Ela acrescenta que o bocejo pode estar relacionado com a maturação do sistema nervoso central, mas mais pesquisas envolvendo a mãe e o feto ainda são necessárias para examinar esta teoria. Fonte: Isaude.net

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Composto presente na uva torna tumores de próstata mais sensíveis à radioterapia

Composto presente na uva torna tumores de próstata mais sensíveis à radioterapia Resveratrol aumenta chances de recuperação completa de todos os tipos de câncer de próstata, incluindo tumores agressivos
Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos EUA, descobriram que o resveratrol, composto encontrado na casca da uva e no vinho tinto pode tornar as células tumorais da próstata mais suscetíveis ao tratamento de radiação. A pesquisa revela que o consumo da substância aumenta as chances de uma recuperação completa de todos os tipos de câncer de próstata, incluindo tumores agressivos. "Outros estudos observaram que o resveratrol torna as células tumorais mais sensíveis à quimioterapia, e queríamos ver se tinha o mesmo efeito para a terapia de radiação. Verificamos que, quando expostos ao composto, as células tumorais são mais susceptíveis à radioterapia", afirma o pesquisador Michael Nicholl. Células tumorais da próstata contêm níveis muito baixos de duas proteínas, perforina e granzima B, que podem funcionar em conjunto para matar as células. No entanto, ambas as proteínas têm de ser altamente "expressas" para matar as células tumorais. No estudo atual, quando Nicholl introduziu resveratrol nas células de tumor da próstata, a atividade das duas proteínas aumentou consideravelmente. Após o tratamento com radiação, os pesquisadores descobriram que até 97% das células tumorais morreram, porcentagem muito mais elevada do que o tratamento com a radiação sozinha. "É crítico que ambas as proteínas, perforina e granzima B, estejam presentes a fim de matar as células tumorais, e verificamos que o resveratrol ajudou a aumentar a atividade das mesmas em células de tumor da próstata. Após o tratamento com radiação fomos capazes de matar muitas células tumorais. É importante notar que a abordagem matou todos os tipos de células de tumor da próstata, incluindo células de tumor agressivo", afirma Nicholl. Resveratrol está presente na casca da uva e no vinho tinto. No entanto, a dosagem necessária para ter um efeito sobre as células tumorais é tão grande que muitas pessoas experimentam efeitos secundários desconfortáveis. "Não precisamos de uma grande dose no local do tumor, mas o corpo processa este composto de forma tão eficiente que uma pessoa tem de ingerir uma grande quantidade de resveratrol para ter certeza suficiente de que ele chegue ao tumor. Devido a esse desafio, temos de olhar para métodos de entrega diferentes para que este composto seja eficaz. Ele é muito atraente como um agente terapêutico, uma vez que é natural e é altamente consumido", destaca Nicholl. O próximo passo da equipe será testar o procedimento em um modelo animal antes que quaisquer ensaios clínicos possam ser iniciados. Fonte: Isaude.net

Dispositivo utiliza 'tentáculos' de DNA para caçar células tumorais circulantes

Dispositivo utiliza 'tentáculos' de DNA para caçar células tumorais circulantes Tecnologia vai permitir que médicos acompanhem pacientes com câncer para determinar a eficácia dos tratamentos
Equipe de pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, criou um novo dispositivo microfluídico capaz de isolar células tumorais circulantes (CTCs) para detecção e monitoramento do câncer. Inspirada pelos tentáculos de uma água-viva, a equipe revestiu um canal microfluídico com longas cadeias de DNA que agarram as proteínas específicas encontradas nas superfícies das células de leucemia conforme elas fluem pelo corpo. Usando esta estratégia, eles alcançaram taxas de fluxo 10 vezes mais elevadas do que os dispositivos existentes, rápido o suficiente para tornar os sistemas práticos para utilização clínica. A equipe acredita que usando esta tecnologia, os médicos poderão acompanhar os pacientes com câncer para determinar se o tratamento está funcionando. "Se você tivesse um teste rápido que pode dizer se há mais ou menos destas células ao longo do tempo, isso iria ajudar a monitorar a progressão do tratamento e a progressão da doença", afirma o pesquisador Jeff Karp. Este tipo de dispositivo pode também permitir tratamentos personalizados. Uma vez que as células são isoladas de um paciente, os médicos podem testar drogas diferentes sobre elas para determinar quais são mais eficazes. Tentáculos de DNA O número de CTCs encontrado em um mililitro de sangue de um paciente em particular pode variar de apenas alguns para milhares. Para isolar as células raras, os investigadores têm tentado construir canais microfluídicos pontilhados com anticorpos específicos para a proteína encontrada nas células-alvo. No entanto, com essa abordagem, a captura de células pelos anticorpos é lenta. Para ampliar o alcance das moléculas de captura, Karp e seus colegas imitaram os tentáculos da água-viva, criando longas fitas repetitivas de sequências de DNA. Essas sequências, conhecidas como aptâmeros, atacam uma proteína encontrada em grande número nas células de leucemia. As cadeias de DNA são ligadas a um microcanal com um padrão em ziguezague. Essas nervuras fazem com que o sangue gire à medida que flui através do canal, aumentando as possibilidades de que células individuais entrem em contato com os tentáculos. Isto permite que os pesquisadores aumentem a taxa de fluxo sanguíneo. "Normalmente, o que acontece com altas taxas de fluxo são as células realmente não chegarem perto da superfície, e isso atrapalha a captura das células-alvo. No entanto, a combinação destes sulcos em ziguezague para misturar a solução e colocar as células em contato com superfícies permite taxas de captura muito elevadas", observa o pesquisador Rohit Karnik. As taxas de fluxo do novo dispositivo são 10 vezes maiores do que as relatadas para os dispositivos anteriores, e o sistema pode capturar 60 a 80% das células alvo. No atual modelo, a taxa de fluxo é de um mililitro por hora. Ao tornar o dispositivo maior, os pesquisadores dizem que podem aumentar a taxa de fluxo para 100 mililitros de sangue por hora, rápido o suficiente para processar rapidamente 10 a 20 mililitros de amostras que seriam necessárias para obter uma contagem CTC precisa de um doente individual. Uma vez que os "tentáculos" são feitos de DNA, eles podem ser facilmente abertos com enzimas, liberando as células capturadas para análise posterior. A equipe afirma que esta tecnologia é uma alternativa interessante para as abordagens existentes para capturar células raras, acrescentando que são necessários mais testes para validar sua utilidade. Os dispositivos de captura de CTCs podem oferecer uma alternativa à análise da medula óssea para determinar se o tratamento do câncer está funcionando em um paciente com leucemia, por exemplo. A equipe está atualmente adaptando as cadeias de DNA para reconhecer outras moléculas, tais como os receptores encontrados na superfície das células deslocadas de tumores sólidos. Fonte: Isaude.net

domingo, 11 de novembro de 2012

Investindo em seu Desenvolvimento e sua Capacitação Profissional

Cuidar do planejamento e do desenvolvimento da carreira é uma obrigação do profissional preocupado com sua competitividade
Devido à crise financeira mundial, o mercado vem se tornando cada vez mais competitivo. Com o número de vagas sobrando em contraponto à quantidade de desempregados, os profissionais precisam se enquadrar às novas exigências impostas pela globalização, com foco no investimento contínuo em capacitação. Segundo Hamel & Prahalad, no livro Competindo pelo Futuro, o conceito de competitividade implica a “capacidade de chegar no futuro entre os primeiros”, com a exigência de enfrentar a concorrência e investir na construção de um lugar singular no mercado. Porém, mesmo diante desse cenário atual de redução de custos e de pessoal, há processos seletivos em que, por vezes, sobram vagas devido à escassez de candidatos que preencham o perfil traçado. A qualidade da mão de obra vem melhorando, mas ainda é um aspecto que preocupa. Isso só reforça a hipótese de que a empregabilidade depende, cada vez mais, de um investimento contínuo. E, embora seja necessário também um investimento financeiro (cursos de línguas, atualizações, capacitações, etc.), há outros que merecem destaque: de tempo, força de vontade, persistência e, acima de tudo, foco. Há um grande número de profissionais que reconhecem a necessidade de estar sempre buscando o seu desenvolvimento visando vencer a concorrência, mas ainda há os que acreditam que a iniciativa deve partir da empresa. E mais: que a empresa deve arcar com os custos da capacitação. Esse é um mito que merece ser desfeito. Embora haja empresas que se disponham a fazer tal investimento, vale ressaltar que essa iniciativa é um plus, e não uma obrigação. A razão é muito simples: por mais que a empresa ganhe com o aperfeiçoamento de sua equipe, o maior beneficiado é o profissional. Afinal, conhecimento e experiência são ganhos que cada um inevitavelmente carrega consigo aonde for. Ou seja: cuidar do próprio desenvolvimento é uma tarefa que cabe a cada um de nós, independentemente das oportunidades que venham, ou não, a surgir. De início, é sempre bom ter um planejamento de carreira. Cada profissão oferece um leque de opções, e, quanto mais direcionados os esforços, mais eficazes eles tendem a ser. Portanto, é preciso assumir uma posição ativa na construção do seu projeto profissional. Apenas quando estabelecemos um objetivo e, com base nele, planejamos nossas ações focadas no futuro, temos uma visão mais clara do que nos é oferecido. Isso significa identificar melhor o que de fato é uma oportunidade e o que constitui uma ameaça à carreira profissional. Dessa forma, desde o começo da formação, é importante o exercício do autoconhecimento: reconhecer as áreas e atividades com que se identifica; os pontos fortes, as habilidades e os talentos; o que precisa ser aperfeiçoado; e, principalmente, o que se deseja conquistar. É com base nisso que o profissional deve começar a planejar e investir na carreira. O segundo passo é ter a perseverança e autodisciplina para “fazer acontecer” o que foi planejado, o que exige acompanhamento permanente. E, por último, manter o foco, de modo a ter resultados mais sólidos e sustentáveis. É bom lembrar que todo investimento na carreira, se bem direcionado e aproveitado, é de fato um investimento, e não somente um custo. É preciso, desde cedo, ter uma visão de longo prazo para distinguir as duas coisas e fazer escolhas corretas, visando à melhor maneira para vencer a concorrência e conquistar um lugar no mercado de trabalho. Fonte: http://www.intero.com.br/blogdaagilis/blog/?p=496 Acessado em 01/03/2011 as 11:00.

Entenda como funciona o tratamento de câncer no Brasil

Enquanto na rede pública brasileira o paciente com câncer enfrenta uma longa espera por consultas, exames e pelo tratamento contra a doença, na rede privada é preciso lidar com a espera pela autorização dos convênios e com a falta de cobertura para remédios oncológicos.
Saiba como o paciente é encaminhado para o tratamento contra o câncer nos dois casos. Rede pública Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o paciente deve ir até a unidade de saúde mais próxima de onde mora quando apresentar um sintoma ou queixa de saúde. Caso esta unidade não tenha condições de dar um atendimento para o caso, ele será encaminhado para um ambulatório de especialidades ou para um hospital. Lá, ele será visto por um médico especialista na área, que vai pedir exames para comprovar a existência do câncer. Segundo o oncologista Rafael Kaliks, do Instituto Oncoguia, este é o primeiro momento em que a pessoa pode enfrentar atrasos. “Os pedidos são frequentemente recusados por falta de médicos e horários. O paciente pode esperar meses até conseguir uma consulta”, diz. A depender da região onde está, o paciente pode ser encaminhado diretamente para um hospital ou clínica que seja uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), capacitada para tratar os tipos de câncer mais comuns no Brasil, ou para um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), que pode tratar qualquer tipo. Outra opção é que a pessoa seja encaminhada para um centro de excelência, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, ou o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Para ser aceito nestes locais, é preciso ter sido indicado por uma unidade que faça parte do sistema de referências do centro, que tem autorização para encaminhar pacientes para ele. Além disso, o paciente tem que apresentar os exames específicos que comprovem o câncer. Em seguida, o paciente é cadastrado e passa por uma nova triagem, que determinará se ele necessita de tratamento oncológico naquele local. No Inca e no Icesp, dois centros de referência no Brasil, o tempo de espera entre a triagem e a autorização para o início do tratamento chega a 30 dias, de acordo com os médicos. A partir deste momento, o paciente começa a espera por uma vaga para os tratamentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgia, que pode ultrapassar os três meses. Rede privada Ao apresentar sintomas, a pessoa deve ir ao ambulatório de um hospital na rede de cobertura do seu plano ou marcar uma consulta com um médico dessa mesma rede. “Os convênios de saúde privados têm a obrigação de conseguir uma consulta para o paciente com câncer dentro do prazo de um mês. Por isso, caso não seja possível marcar com um ou mais médicos do plano dentro desse prazo, o paciente pode ligar para a empresa e exigir a consulta”, diz Rafael Kalilks. Após a consulta, o médico precisa pedir autorização para o convênio para realizar os exames. De um modo geral, a empresa tem até cinco dias úteis para autorizá-lo, mas esse prazo pode ser estendido por mais cinco dias caso a empresa peça “informações adicionais” ao médico. Depois dos exames, o convênio ainda precisará aprovar o tratamento indicado para o paciente. De acordo com o caso, o tratamento pode começar imediatamente depois da autorização ou em cerca de duas semanas. No entanto, o paciente da rede privada ainda pode ter que enfrentar problemas durante o tratamento com remédios prescritos pelo médico, segundo Kaliks. “Os convênios quase nunca cobrem a compra de medicamentos orais porque a ANS (Agência Nacional de Saúde) não exige que eles cubram. Mas cerca de 30% de todos os medicamentos do tratamento oncológico são por via oral, e esse número deve chegar a 80% nos próximos anos.” Caso não possa pagar pelos remédios, que chegam a custar R$ 15 mil por mês, o paciente pode entrar na Justiça contra o Estado brasileiro. Mas em geral, o processo dura menos de um mês e é favorável ao paciente. Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111101_cancer_passoapasso_cc.shtml Acessado em 03/11/2011 as 10:52.