quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cadeira eléctrica para o tratamento da osteoporose
Tecnologia, desenvolvida no Brasil, está a ser testada em idosos

Numa pessoa sem osteoporose, ossos têm células que captam sinais mecânicos
Um novo equipamento desenvolvido por investigadores das universidades de São Paulo (USP), de São Carlos e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no Brasil, está a ser testado no tratamento para a osteoporose.


Trata-se de uma cadeira que emite sinais eléctricos. O tratamento é indolor e as sessões não excedem os 20 minutos. Actualmente, as terapêuticas para a osteoporose são realizadas com recurso a medicamentos e exercícios físicos.
A nova tecnologia produz sinais eléctricos que atingem directamente os ossos mais prejudicados pela doença: fémur, coluna e bacia. Para realizar o tratamento, basta ao paciente ficar sentado sentado na cadeira e premir um botão.

A cadeira usufrui de duas placas, colocadas debaixo do estofo, que formam um campo eléctrico. Não há dor. Ao todo, são cinco sessões por semana e, quando o tratamento é concluído, o aparelho envia um alerta.

Segundo a fisioterapeuta da Unifesp, Ana Paula Lirani Galvão, quando o campo eléctrico atinge os ossos, algumas células do organismo captam os sinais e estimulam a formação de uma nova massa óssea, o que aumenta a absorção de cálcio.

Galvão explica que, numa pessoa sem osteoporose, os ossos têm células que captam sinais mecânicos – gerados, por exemplo, pela acção de andar ou correr – e enviam uma carga eléctrica para outras células responsáveis por formar mais ossos. O objectivo da nova técnica é criar os sinais eléctricos que o corpo deixou de enviar e, assim, estimular a formação da nova massa óssea.

Os primeiros testes foram realizados em ratos de laboratório e os resultados foram positivos. Agora, a experiência já está a ser aplicada a uma centena de idosos, que estão internados em três lares de São Paulo – 40 deles sob placebos, ou seja, sem efeitos reais.

Orivaldo Lopes da Silva, professor de bioengenharia da USP de São Carlos e responsável pelo equipamento, avançou que pretende pôr o produto no mercado até 2012, a um preço acessível.

Fonte: Revista Ciencia Hoje

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