terça-feira, 19 de julho de 2011

Planta 'pata de camelo' pode ser usada para tratar epilepsia

Planta 'pata de camelo' pode ser usada para tratar epilepsia
Alternativa também pode ser usada para estresse e ansiedade.
Espécie é usada na medicina tradicional de país africano.

Uma planta conhecida como “pata de camelo” (Filoestigma reticulatum) pode ajudar no tratamento da epilepsia ao baixar a temperatura corporal humana, aliviando o estresse e a ansiedade. A descoberta foi feita por Elisabeth Ngo Bum, da Universidade de Ngaoundere, de Camarões, e apresentada no Congresso Mundial de Neurociência, que ocorre em Florença, na Itália, até o dia 18 de julho.
A planta não causa dependência nem sonolência e pode ser usada em crianças e em adultos"

A pata de camelo é usada na medicina tradicional de Camarões para tratar a ansiedade e agitação. Até pouco tempo, a professora tinha apenas experiências comprovadas no seu cotidiano, de que quando ingerido o chá da planta, elas mudavam de comportamento e ficavam mais tranquilas. No entanto, não havia provas científicas de como ela agia no cérebro.

Foram feitos vários testes em três diferentes modelos animais que comprovaram o resultado efetivo da pata de camelo, diminuindo o estresse e a ansiedade provocados nos ratos.

A pesquisadora também provou que o medicamento, tomado em doses prescritas corretamente, não causa efeito colateral nem dependência. “A planta tem efeito parecido como os bendiazepinicos, pode ser usada tanto em crianças como em adultos, não causa dependência nem sonolência, pode ser retirada a qualquer momento do paciente sem causar nenhum dano".

O uso da planta foi uma alternativa encontrada para tratar a população africana que não têm acesso a medicamentos mais caros. “Só a minoria das pessoas na África recebe os tratamentos básicos normais e dignos de saúde. Nossa pesquisa pode prover uma eficiente medicina tradicional para tratar os problemas locais e de países com baixo poder aquisitivo”, diz a cientista.

A expectativa é de que em dois anos o medicamento já esteja disponível em hospitais locais.


Fonte: G1

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