quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cientistas criam laser a partir de células humanas
Técnica inédita pode revolucionar fotomedicina


Células sobreviveram à experiência
Pela primeira vez na história da ciência, um organismo vivo foi induzido a produzir raios laser, através de uma técnica que se baseia numa célula programada geneticamente para produzir uma proteína capaz de emitir luz e que é encontrada naturalmente numa espécie de medusa.

O trabalho dos cientistas Malte Gather e Seok Hyun Yun, do Wellman Center for Photomedicine do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, foi publicado na revista científica “Nature Photonics” e pode ter aplicações na criação de imagens microscópicas de qualidade superior às actuais e também em tratamentos médicos que utilizam luzes.

A luz laser diferencia-se da luz normal porque tem um espectro mais reduzido de cores, como ondas de luz que oscilam juntas, em sincronia. As formas mais modernas de laser utilizam materiais sólidos construídos cuidadosamente para produzí-lase podem ser empregues em diversos aparelhos electrónicos, entre eles, scanners de supermercados, leitores de DVDs e robôs industriais.

A dupla de investigadores recorreu a uma proteína verde fluorescente (Green Fluorescent Protein ou GFP) como forma de amplificar a luz. Esta molécula, que é alvo de muitos estudos, revolucionou a biologia ao agir como uma "lanterna" que pode iluminar sistemas vivos.

Gather e Yun programaram células do rim humano para produzir GFP. As células foram colocadas, uma de cada vez, entre dois micro-espelhos que funcionaram como uma "cavidade laser" na qual raios de luz foram reflectidos múltiplas vezes. Quando a célula foi exposta à luz azul, passou a emitir luz verde intensa e direccionada.

As células continuaram vivas durante e depois da experiência. Além disso, de acordo com os cientistas, este sistema vivo é “auto-regenerativo”. Ou seja, se as proteínas que emitem luz são destruídas no processo, a célula produz novas proteínas.

Fonte: Revista Ciência Hoje

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