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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Sucesso Profissional – Inteligência Emocional
Sucesso Profissional – Inteligência Emocional
O sucesso profissional sempre foi um desejo de consumo de muitos – embora poucos tenham o atingido – devido ao status que isso lhe apresentaria diante a sociedade, o poder que isso representaria em sua vida, visto que no cerne da sociedade uma boa condição social representa um grande nível de poder.
Esse anseio que em épocas mais remotas eram destinados apenas aos homens, pois, haviam valores sociais e morais que convergiam essa ideologia como responsabilidade masculina e de certa forma afirmava um grau de virilidade, deixou de ser uma regra a partir dos anos 60 quando a chegada da chamada liberdade sexual trouxe consigo uma tendência igualitarista, onde homens e mulheres viveriam de uma forma mais homogênea, ambos tentando se destacar dentro dos padrões vigentes.
Desde então, as mulheres cada vez mais estão em busca do sucesso profissional investindo no aprimoramento de suas atividades profissionais. Isso reflete a grande disputa de mulheres em cargos cada vez mais importantes no modelo de sociedade atual, hoje ambos os sexos possuem a ânsia de múltiplas conquistas e sucessos.
Mas qual será o segredo para o sucesso profissional? Quais as tendências do mercado atual? Qual seria o modelo de profissional competente? Qual a importância dos fatores psicológicos nesse processo? Qual a importância de um desenvolvimento emocional completo? Qual a importância do equilíbrio emocional no desenvolvimento das atividades profissionais? O conhecimento técnico é tudo que necessito para obter sucesso profissional?
Ao cogitar sobre essas questões estabeleci uma linha de raciocínio respaldada na importância da maturidade emocional como fator primário para o desenvolvimento de um indivíduo bem sucedido profissionalmente. As próximas linhas deste texto foram desenvolvidas basicamente, tendo como referência obras de Flavio Gikovate, médico psiquiatra formado pela USP e Daniel Goleman psicólogo membro visitante do corpo docente da Harvard University e co-presidente do conselho do Consórcio para a Aprendizagem Social e Emocional no Local de Trabalho.
Segundo Goleman, o desenvolvimento do coeficiente emocional é cada vez mais importante para o sucesso profissional e alguns estudos na área comprovam que a probabiliade de uma pessoa inteligente emocionalmente ser bem sucedida profissionalmente é maior do que de uma pessoa com baixa inteligência emocional.
A inteligência emocional está na capacidade de gerenciar as emoções em si mesmo e nos outros, aspecto importante do desenvolvimento profissional.
Um indivíduo inteligente emocionalmente é um individuo que possui um trato de delicadeza para lidar com dificuldades e tensões geradas no ambiente profissional, lembrando que cada vez mais o mercado de trabalho atenua a entrada de pessoas indiciplinadas e agressivas.
Um indivíduo imaturo emocionalmente é um indivíduo que não desenvolveu sua capacidade emocional, indivíduos que após a vida adulta continuam a ter reações infantis, ou seja, conceitos infantis ainda presentes no processo emocional de um indivíduo desenvolvido cronologicamente. Tais indivíduos adotam comportamentos típicos de uma criança, isto é, pouca tolerância a contrariedades e frustrações, agindo de forma agressiva quando contrariados, assim como crianças mimadas que não aceitam que suas idéias sejam bloqueadas.
Outra característica de imaturidade emocional é a ação acusativa presente na conduta do indivíduo, ou seja, quando há um erro cometido no ambiente profissional sempre é o outro o responsável nunca ele, sempre egoísta e acredita que seus direitos estão acima dos direitos dos outros.
Esses indivíduos não desenvolveram a prática da empatia, que se resume no ato de se colocar no lugar do outro para entender ou ao menos supor o que está presente em sua mente e a partir daí tomar uma atitude. Pensamento este que se aproxima muito do conceito do filósofo Neerlandês, Spinoza em relação à sua ética.
Spinoza afirma que a partir da imaginação o indivíduo pode utilizar a razão para identificar o que há de comum entre os homens e a partir daí conseguir compreender funcionamentos gerais e estabelecer noções comuns, o que resultaria em uma atitude ética.
Pessoas emocionalmente fracas não são capazes de ver ou supor o mundo pelo ângulo do outro e curiosamente justificam suas atitudes agressivas com a idéia de que possuem personalidade forte, mas na verdade são indivíduos emocionalmente fracos que não conseguiram absorver grandes conceitos da vida e a palavra respeito não existe em seu vocabulário.
O bom senso é um requisito primordial para a maturidade emocional, podendo ser denominado como o ponto da justiça, um ponto intermédio entre as polaridades, ou seja, não abro mão do que é meu em favor do outro nem atribuo para mim o que não é direito meu. Na atualidade este conceito é requisito fundamental para quem quer ter sucesso na carreira profissional.
Como já citado o indivíduo imaturo emocionalmente possui pouca tolerância a contrariedades e frustrações, por isso, não se aventura em novas possibilidades e não arriscando não pode inventar nada, nem se destacar no mercado de trabalho, aliás, a criação se da por um processo de exploração das possibilidades e o ato de explorar tais possibilidades geram dúvidas e frustrações, o que são fatores intoleráveis ao imaturo emocional.
E as grandes idéias da vida não surgem como um passe de mágica, elas necessitam de um estado mental, de uma maturidade emocional, depende de uma coragem para o fracasso.
O processo de criar, produzir, reinventar permanentemente é o grande fascínio da vida, pois, a vida é um processo e não a chegada, algumas pessoas acreditam que vencer é chegar ao topo, mas depois de tê-lo atingido o que lhe resta? Trabalhar novamente naquilo que o levou ao topo, ou seja, continuar criando, produzindo e reinventando.
Rodrigo Pigozzi de Carvalho
Fonte: Site playmagem
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