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terça-feira, 23 de outubro de 2012
Composto elimina resistência da superbactéria MRSA a antibióticos
Aditivo torna patógeno incapaz de reconhecer medicamento como ameaça e impede processo defensivo que provoca resistência
Pesquisadores da North Carolina State University, nos EUA, aumentaram a potência de um composto que reativa a ação de antibióticos contra a bactéria Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), uma forma resistente de Staphylococcus que é difícil de tratar.
O aditivo elimina a resistência das bactérias aos antibióticos e permite que o medicamento se torne mais uma vez eficaz a níveis de dosagem normais.
O pesquisador Christian Melander já havia mostrado a eficácia do composto 2-aminoimidazole na reativação de antibióticos contra estirpes bacterianas resistentes. No entanto, o composto original não era potente o suficiente.
No novo trabalho, Melander e seus colegas descobriram uma forma de aumentar a potência desse composto. A pesquisa os coloca a um passo da realização de testes in vivo.
É possível medir a eficácia de antibióticos pelo número de bactérias que crescem na presença dele. A concentração que normalmente desejamos usar é de cerca de um micrograma por mililitro ou menos do antibiótico para impedir o crescimento bacteriano. Nesse ponto, a estirpe bacteriana é considerada susceptível a e tratável por este antibiótico. Se uma maior concentração de antibiótico é necessária para impedir o crescimento de bactérias, a estirpe bacteriana em questão é considerada intratável. "Algumas das estirpes de MRSA com as quais trabalhamos exigem 512 microgramas por mililitro do antibiótico para controlar o crescimento, ou seja, 500 vezes acima do limite. A adição do nosso composto reduziu o nível para um micrograma por mililitro de novo", explica Melander.
O composto funciona eliminando a capacidade da bactéria para montar uma defesa contra o antibiótico.
Quando os antibióticos interagem com a Staphylococcus, os receptores na superfície do patógeno identificam o antibiótico como uma ameaça e as bactérias podem então escolher o que fazer para sobreviver. A MRSA ou cria um biofilme ou sofre mudanças genéticas que impedem que o antibiótico perturbe sua estrutura celular.
De acordo com Melander, o composto torna a bactéria incapaz de reconhecer o antibiótico como uma ameaça, essencialmente impedindo o processo defensivo antes que ele possa começar.
Fonte: Isaude.net
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