terça-feira, 30 de outubro de 2012

Novo alvo para o câncer de mama pode ajudar em tratamento personalizado

Novo alvo para o câncer de mama pode ajudar em tratamento personalizado Pesquisadores da Universidade de São Paulo investigam a influência do estroma associado a progressão dos tumores.
Ao apontar um novo alvo para o câncer de mama, uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) poderá contribuir para o tratamento personalizado contra a doença. Estudo sobre a anatomia molecular do estroma - associada ao câncer de mama e seus aspectos funcionais e resposta à droga - é o objetivo de um Projeto Temático financiado pela Fapesp. Evidências na literatura científica mostram que células estromais associadas ao tumor podem influenciar o comportamento do câncer, daí a estratégia do grupo de pesquisadores. De acordo com a professora Mitzi Brentani, da FMUSP, que coordena a pesquisa, a importância de colocar o estroma como alvo se deve ao fato de esse ser um elemento importante não somente no processo de invasão tumoral, como também para a metástase (formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra). O projeto, iniciado há três anos, envolve pesquisadores do Departamento de Radiologia da FMUSP, do Hospital A.C. Camargo, do Hospital do Câncer de Barretos, do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer e do Hospital Pérola Byington e poderá vir a ter impacto clínico no tratamento do câncer de mama pela identificação da contribuição dos genes estromais com sensibilidade a drogas. Terapia neoadjuvante Em um projeto anterior, o grupo de pesquisadores identificou padrões de expressão gênica em células epiteliais tumorais que permitiram classificar tumores de acordo com a resposta à quimioterapia. A partir daí, com o objetivo de testar a hipótese de que quimioterápicos podem agir sobre o estroma, os pesquisadores realizaram uma terapia neoadjuvante - feita antes da cirurgia com a função de reduzir a dimensão tumoral e permitir a ressecção dos tumores -, utilizando quimioterápicos. Os quimioterápicos empregados foram doxorubicina, ciclofosfamida e paclitaxel, que são agentes inibidores tumorais comprovados. O objetivo foi buscar correlacionar a resposta ao tratamento com as análises do perfil gênico dos fibroblastos. Mitzi Brentani aponta que esse subprojeto, que inclui aproximadamente 70 pacientes do Hospital de Câncer de Barretos, poderá levar à identificação de novos alvos teraupêuticos e contribuir para o estabelecimento de uma quimioterapia personalizada baseada em fatores preditivos de resposta. Veja mais detalhes sobre a pesquisa. Com informações da Fapesp Fonte: Isaude.net

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