Criança também tem enxaqueca, pedra no rim...
Graças ao enorme número de pequenos obesos, sedentários ou atarefados demais, males típicos de adultos andam cada vez mais comuns nos pequenos
Se a cabeça dói pode ser enxaqueca. Um trabalho realizado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior paulista, mostra que a predisposição genética, a dieta, as alterações hormonais e a privação do sono estão por trás do tormento.
E, entre as crianças com a agenda lotada, as crises são muito mais frequentes.“Constatamos que o excesso de atividades extracurriculares piora a intensidade delas”, conta o pediatra e neurologista Marco A. Arruda, líder do estudo.
Quando a dor de cabeça é duradoura, leva à interrupção do sono no meio da noite e prejudica o desempenho escolar, é preciso buscar ajuda médica urgente para avaliar as causas e encontrar o melhor tratamento.
Remédio além da conta
“O uso abusivo de analgésicos, ou seja, algo em torno de duas ou mais doses por semana, pode provocar a dependência física”, alerta Marco A. Arruda. “E aí, ao menor sinal de dor, o cérebro passa a exigir mais e mais medicamentos.”
A tendência é que os pais cedam às queixas do filho e dêem remédios por conta própria. Assim o consumo infantil de analgésicos vai aumentando. Como uma bola-de-neve.
As doloridas pedras
Os cálculos renais andam cada vez mais corriqueiros entre a criançada. E os gordinhos são as principais vítimas, segundo estudiosos do Children’s Hospital Boston, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
Eles ainda não sabem explicar direito o porquê dessa relação, mas há suspeitas. “A alta ingestão de alimentos carregados de sódio e o desequilíbrio hormonal são capazes de modificar a composição da urina”, acredita o urologista Caleb Nelson, autor do trabalho americano.
Para que seu filho fique longe das temidas pedras, ajude-o a prevenir a obesidade. Quanto mais cedo, melhor. Alguns sinais denunciam a presença de cálculos nos rins. “Dores na região do abdômen e sangue na urina precisam ser analisados”, conta o urologista. Os pais devem ficar atentos e buscar o quanto antes o auxílio de um especialista.
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