Diagnóstico por imagem em crianças
A grande utilização de exames de diagnóstico por imagem em crianças trouxe à tona a
preocupação com a crescente dose de radiação absorvida na realização de um exame
radiográfico. O objetivo desta pesquisa foi realizar avaliação das práticas de raios X na
radiologia pediátrica, visando a otimização dos procedimentos radiológicos e a produção de
imagens com qualidade para o diagnóstico com a menor dose ao paciente. A metodologia
foi baseada no acompanhamento de exames pediátricos e medidas dosimétricas através do
uso de dosímetros termoluminescentes TLDs e software específico (DoseCal) para a
constatação da realidade dos serviços de radiologia pediátrica. Medidas de pacientes
pediátricos em exames radiográficos de tórax foram realizadas em um hospital público de
Curitiba e em uma clínica em Cascavel. Grupos com diferentes faixas etárias foram
formados na avaliação de exames rotineiros de tórax nas projeções AP/PA e LAT, e ossos
da face na projeção lateral, onde foram divididos em grupos de 0-1 ano, 1-5 anos, 5-10 anos
e 10-15 anos. As doses obtidas através do software DoseCal foram comparadas entre si
para determinar sua variabilidade. A DEP determinada pelos TLDs foi comparada com os
valores de referência dados pela comunidade européia para verificar as doses utilizadas. Os
valores de dose para crianças de até 1 ano apresentaram-se altos em comparação com os
demais grupos avaliados, um fator justificado em partes pela limitação dos equipamentos
utilizados. Na radiologia convencional os valores obtidos através dos TLDs foram
satisfatórios, obedecendo a referência máxima descrita pela comissão européia. Na
radiologia digital indireta obtivemos valores acima dos referenciados, fator este resultante
da implantação e da adaptação das técnicas radiológicas a nova forma de captação de
imagem. Concluí-se que o aprimoramento técnico das equipes em radiologia pediátrica é
uma das melhores maneiras de se obter bons resultados na diminuição da dose.
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