O setor de imagem está entre os que mais crescem em termos de novas aplicações tecnológicas na medicina. O diagnóstico é de Carlos Alberto Moreira, diretor-superintendente do Instituto de Ensino e Pesquisa do hospital Albert Einstein, referência no país.
As técnicas de tomografia computadorizada e ressonância magnética, por exemplo, têm conquistado espaço no diagnóstico de problemas cardiovasculares e na neurorradiologia. O mercado de trabalho, no entanto, ainda não sentiu os efeitos dessa evolução.
"A tecnologia está cada vez mais interessante, mas ainda é muito cara. São poucos os locais que podem contar com ela", afirma André Scatigno Neto, presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.
Segundo Neto em geral o estudante brasileiro tem contato com as novas técnicas durante a faculdade, mas, quando vira profissional, não. "É uma frustração." Os que conseguem colocações nos grandes hospitais e laboratórios não têm esse problema, mas têm de fazer residência mínima de três anos e mais um ou até dois anos de especialização. É comum estudarem física e informática.
"Tive de aprender a linguagem de programação na ressonância magnética para poder pesquisar", diz o neurorradiologista Edson Amaro, 35, que produz diagnósticos com a ajuda, entre outros, do PET (tomografia por emissão de pósitrons, em português), técnica na qual uma substância radioativa é injetada no paciente para a obtenção das imagens.
A robótica também ganha espaço na saúde. O próprio Einstein implantou, um centro de treinamento com simulação realística (em que o robô reproduz as reações humanas e responde a estímulos) e cirurgias com a ajuda de máquinas. O Centro de Treinamento Berkeley, no Rio de Janeiro, é o único na América Latina hoje a usar a robótica para treinar acadêmicos e profissionais de saúde.
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