domingo, 7 de junho de 2009

Médicos que solicitam RM devem estar atentos para o risco de fibrose sistêmica nefrogênica em pacientes renais crônicos


Médicos que solicitam RM devem estar atentos para o risco de fibrose sistêmica nefrogênica em pacientes renais crônicos



A Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN) é uma doença nova, rara e que pode evoluir com fibrose extensa, grave e debilitante, envolvendo vários órgãos de pacientes com insuficiência renal crônica terminal ou em diálise.Tem sido sugerida a relação com os meios de contrastes à base de gadolínio, embora outros co-fatores possam estar envolvidos. Por não existir ainda tratamento específico, a melhor alternativa é evitar a utilização de contraste (quelatos de gadolínio) em pacientes com RFG menor que 30mL/min/1,73m2.

Embora a causa da FSN ainda seja desconhecida, recentes notificações relacionam a FSN com os contrastes à base de gadolínio, especialmente gadodiamida (em cerca de 90% dos casos), mas, também, gadoversetamida e gadopentato de dimeglumina. Em todos os casos, a insuficiência renal crônica estava presente, sendo que 90% estavam em hemodiálise ou diálise peritoneal. Nenhum caso foi relatado em pacientes com função renal normal.

Quando o uso do gadolínio for contra-indicado em pacientes com insuficiência renal crônica terminal e outros exames não invasivos forem insuficientes, provavelmente o uso de contrastes contendo iodo parece
ser a única alternativa viável (exceto em pacientes alérgicos). Apesar de seus riscos, causam distúrbios geralmente reversíveis, contrariamente à FSN desenvolvida pelos contrastes contendo quelatos de gadolínio.

A Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN) é uma rara doença fibrótica sistêmica e grave, geralmente progressiva, debilitante e potencialmente fatal que afeta a derme, fáscia subcutânea e músculos estriados. Pode também causar fibrose em pulmões, miocárdio e fígado, ocorrendo em pacientes com insuficiência renal crônica grave ou em tratamento dialítico, apesar de também poder ocorrer em casos de insuficiência renal aguda, particularmente com síndrome hepatorenal. Quanto mais grave o envolvimento sistêmico, pior será a evolução. Foi descrita inicialmente em 1997, em uma unidade de transplante renal na Califórnia, pelo Dr. Shawn Cowper, e denominada “Dermopatia Fibrosante Nefrogênica” por apresentar lesões semelhantes ao escleromixedema e de etiologia desconhecida. Posteriormente, foi modificada para “Fibrose Sistêmica Nefrogênica” após surgimento de casos com envolvimento sistêmico.

Até o momento, não existe tratamento específico conhecido para impedir ou retardar o surgimento das lesões fibróticas. Estas podem algumas vezes se estabilizar e raramente entrar em remissão espontânea.

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