domingo, 7 de junho de 2009

Utilidade clínica da ultra-sonografia tridimensional e angiografia com Power Doppler no diagnóstico do carcinoma endometrial


Utilidade clínica da ultra-sonografia tridimensional e angiografia com Power Doppler no diagnóstico do carcinoma endometrial



Luis T. Mercê e Col realizaram um estudo cujo propósito é estabelecer se o volume endometrial em 3D e os índices do Power Doppler podem discriminar entre hiperplasia e carcinoma endometrial, assim como avaliar a possível invasão miometrial.

Oitenta e quatro mulheres com sangramento vaginal e diagnóstico histopatológico de hiperplasia endometrial (n=29) e carcinoma endometrial (n=55) foram examinadas no pré-operatório com a ultra sonografia transvaginal 3D e a angiografia com Power Doppler.

Foram mensurados o espessamento endometrial, o volume endometrial, o índice de vascularização (VI), o índice de fluxo (FI), o índice de vascularização-fluxo (VFI) e a resistividade intra tumoral (RI). O diagnóstico histopatológico foi realizado pela biópsia endometrial por histeroscopia ou curetagem. O volume endometrial avaliado pelo ultra-som endovaginal 3D e os índices do Power Doppler 3D (VI, FI, VFI) foram significantemente maiores nas pacientes com carcinoma endometrial do que na hiperplasia endometrial, enquanto que o RI foi significantemente menor neste caso (P<0.05).

O VFI = 2.07 foi o melhor ponto de corte para predizer o carcinoma endometrial, com sensibilidade de 76.5% e especificidade de 80.8%. O espessamento endometrial não apresentou diferenças significantes. O VI endometrial foi significantemente maior quando o estágio tumoral era acima de I.

Todos os índices do Power Doppler 3D foram significantemente maiores nos casos de infiltração tumoral miometrial maior que 50% .O RI foi significantemente menor nos casos de carcinoma de alto grau, infiltração miometrial maior que 50% e metástases linfonodais.

Conclusões: este estudo nos mostra que o VI, os índices do Power Doppler 3D e o RI são mais úteis do que o espessamento endometrial na diferenciação entre hiperplasia e carcinoma endometrial. O fluxo intratumoral mensurado com o Doppler pulsátil e a angiografia com Power Doppler 3D pode ainda avaliar a invasão miometrial do carcinoma endometrial.

Fonte: J Ultrasound Med

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